quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Um jogo que foi mais do que isso

O Benfica - Zenit de ontem na Luz tem que se lhe diga. Jorge Jesus tem razão: isto é como acaba e não como começa. Ontem começou mal e acabou bem, com os adeptos a apoiarem o clube como se estivéssemos a um passo da final da Champions. Foi bonito, foi único, foi inesquecível.
JJ nunca viu nada assim. O Presidente do Benfica foi rápido a reagir e a elogiar e enaltecer o apoio da massa associativa. Luís Filipe Vieira tem razão: isto dá novo ânimo e nova alma. A equipa está motivada, unida, solidária.
A janela de oportunidades que se abre daqui para a frente só faz pensar em coisas positivas, brilhantes e gloriosas. O Benfica tem hoje uma tal comunhão de ideias, de conceitos, de estratégias e de rumo, que o resultado final só pode ser ganhar, ganhar, ganhar.
Enquanto que nos nossos adversários principais, a convulsão e confusão internas parecem estar a minar tudo e a fazer perder a cabeça a muitos, no Benfica a estabilidade, a serenidade, é a palavra de ordem. Ontem à noite nunca se viu coisa assim nas bancadas, mas também já não me lembro de ver um clube tão firme e ao mesmo tempo tão sereno e tão convicto das suas ideias, das suas decisões, do seu rumo e do seu posicionamento no mundo do futebol.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Fecho de mercado

O mercado de transferências fechou. No rescaldo destes loucos meses de defeso futebolístico, o que pode dizer é que o Benfica ficou mais forte, o FC Porto comprou muito e o Sporting ainda anda a aprender.
O Benfica, depois das notícias catastrofistas que davam conta de uma debandada geral, afinal viu o plantel reforçado com peso e medida. É certo que saíram alguns jogadores, mas quem no seu perfeito juízo abdicava de 16 milhões de euros por um guarda-redes em início de carreira; Garay saiu barato? Depende. Em Janeiro saía de graça. Markovic? Um miúdo que chegou ao Benfica por um saco de caramelos e sai por 25 milhões de euros. Rodrigo? Serve o que se disse de Markovic. André Gomes? Um suplente, dispensado pelo FC Porto e que valeu um encaixe de 15 milhões. Cardozo? Por tudo o que se passou saiu bem e a bem. Siqueira? Um bom defesa-esquerdo que não pertencia ao Benfica.
O que vale a pena sublinhar é que as jóias da coroa ficaram: Enzo e Gaitán. Que foi contratado um dos melhores guarda-redes do Mundo, Júlio César. Que Talisca vai ser reforço sério e pegar de estaca. Que Cristante é um diamante a lapidar.
Falta talvez mais um homem de área, mas o óptimo é inimigo do bom, e Gonçalo Guedes é um nome a ter em conta.
Ou seja, o Presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, geriu com mestria uma das fases mais difíceis da época. Se no ano passado o tempo foi de vacas gordas e Vieira “deu” a Jesus o campeonato, agora, em tempo de vacas magras, conseguiu segurar os jogadores que fazem a diferença, contratar mais-valias e, pelo meio, ainda fazer um encaixe financeiro significativo.
Quanto ao FC Porto, o que se deve realçar é que quem manda é Lopetegui. No Benfica manda o Presidente, no FC Porto manda o treinador. No ano passado, dizia-se que o Benfica tinha uma armada sérvia, com 5 jogadores oriundos daquele país. E agora, o FC Porto, com uma dezena de espanhóis, tem o quê? Um contratorpedeiro?
O Sporting ainda não sabe o que quer e anda a aprender. O seu presidente quer fazer voz grossa, mas soa a bazófia. E a bazófia, geralmente, dá maus resultados.
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