sexta-feira, 16 de maio de 2014

O imenso Benfica


O ano passado estive em Amesterdão, onde vi o Benfica dar um banho de futebol ao Chelsea e perder por 1-2 a final da Liga Europa. Este ano fiz 4 mil quilómetros para ver o Benfica em Turim, dar um banho de futebol ao Sevilha e perder a final da Liga Europa nos penáltis.
Não estou arrependido de ter ido a Amesterdão e a Turim. Não sou mais nem menos do que um dos milhões de benfiquistas que seguiram a final nos quatro cantos do Mundo, em hotéis, em Casas do Benfica, no sossego do lar, nos cafés e restaurantes, no espaço público onde houvesse um ecrã de televisão, colados às montras de lojas de electrodomésticos.
Não sei se as ruas de Lisboa e de todo o país estavam vazias à hora do jogo, porque estava em Turim. Mas aposto que a circulação automóvel baixou para níveis etiopianos. Eu estava lá, no estádio da Juventude, com mais 10/15/20 mil benfiquistas. Não sei o número ao certo mas certo era que a balança de apoio inclinava claramente a favor do Benfica numa percentagem de 70%/30%.
O estádio da Luz foi, por uma noite, deslocalizado para Turim. Eu estava lá e vi e sofri e vivi. Mas isso não me faz ser mais nem menos benfiquista do que todos os milhões que estavam nos 4 cantos do Mundo a ver e a sofrer.
Eu gostava que todos os benfiquistas tivessem estado em Turim. Mas tenho a certeza que os milhões que não puderam estar se sentiram bem representados nos milhares que lá estiveram. E se nada apaga a mágoa de mais uma derrota injusta e infringida por métodos fraudulentos, sobra o orgulho de ver escrito no jornal desportivo francês L´Équipe de ontem que na final da Liga Europa o Sevilha defrontou o "imenso" Benfica. É isso que o Benfica é "imenso" na sua Glória e na sua massa de adeptos. E essa vitória, nenhum apitados vigarista nos pode tirar.

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