quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Coisas que faltavam dizer

No dia em que o FC Porto cai aos pés de um Atlético de Madrid secundário, e com as bancadas do mítico Vicente Caldéron às moscas (triste jogo que em nada abona a Liga Milionária), suscitou-me um paralelismo com o nosso Benfica, que também fica fora da Champions.
Não vou falar no dobro dos pontos que o Benfica teve em comparação com o FC Porto (10 para 5), nem dizer que enquanto o Atlético de Madrid ambiciona um boa "Champions" (chegar aos quartos-fe-final), o PSG ambiciona a final.
Vou falar em algo a que, surpreendentemente, se deu pouca importância nos órgãos de comunicação social, mas que quero realçar aqui. Nas últimas semanas, os líderes históricos de Benfica e FC Porto, respectivamente, Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa, tiveram problemas de saúde.
É irrelevante, para o caso, saber qual o problema de saúde mais grave. Não sou médico e, por isso, não vou por aí. Ora, enquanto que o problema de saúde de Pinto da Costa suscitou uma onda de notícias e comentários sobre a sua sucessão e sobre a fragilidade do FC Porto no pós-PC, no caso do Benfica e de Luís Filipe Vieira, o assunto foi tratado como deve ser, sem ondas nem especulações.
Isto leva-me a concluir que o Benfica - ao contrário do FC Porto - tem uma liderança forte e estável, uma organização sólida e estruturada e o futuro do clube assenta numa estratégia pensada, planificada e imune a qualquer tipo de situações mais ou menos imprevisíveis.
O Benfica - e aqui o mérito cabe em larga escala a Luís Filipe Vieira - não está dependente de A, B ou C, nem dos humores de D, E ou F. O nosso clube tem o glorioso futuro à sua frente, independentemente dos imponderáveis, porque nos últimos anos foi construída uma estratégia que pensou unicamente no futuro sustentado do Benfica e não nas vaidades pessoais deste ou daquele. E isso vai fazer toda a diferença.

Post-Scriptum: Também não vi nenhum comentário sobre o facto de Luís Filipe Vieira ter escolhido o centro de estágio do Seixal para tratar-se e recuperar da sua doença. E esta opção merecia ter sido realçada. Ao agir assim, Vieira mostrou a confiança que tem na eficácia e na qualidade das instalações e equipamentos do Benfica e nos recursos humanos do clube, nomeadamente os ligados à parte médica. E isso faz toda a diferença num líder...

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