segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Só faltou um bocadinho ... assim...!



Eu gosto da Briosa. Criança, menino e moço, pela mão do meu tio, ia deslumbrado ao Calhabé ver as grandes equipas da Académica de Toni e Artur, o ruço, Artur Jorge e Rui Rodrigues, Alhinho e Gervásio, os irmãos Campos, o meu conterrâneo Manuel António e Brasfemes. E tantos outros...
O meu saudoso tio, apaixonado pela Académica, tentou, como é normal, passar-me a sua paixão, mas apenas me conseguiu passar uma enorme simpatia pela Briosa. A paixão dediquei-a ao Benfica. Nesta altura, finais da década de 60, início da década de 70, a Académica era a "equipa dos estudantes", e talvez por isso, tinha uma auréola muito especial.
No ano passado vibrei com a sua vitória na Taça de Portugal, mas custa-me ver a Briosa ser uma espécie de apeadeiro de alguns treinadores que ali parece fazerem o seu tirocínio, em jeito de prestar provas para ver se têm estaleca para dar o salto. Foi assim com Vilas Boas, com Jorge Costa, com Domingos Paciência. É assim com Pedro Emanuel. 
E este é um estigma que a briosa Académica não merece. Não merece estar submetida aos fretes que alguns aceitam para mostrar serviço. O que ontem se passou na Luz foi uma vergonha para a história da Académica. Nem um remate à baliza em 90 minutos.
A exibição de ontem devia fazer corar de vergonha os antigos adeptos da Briosa, e faria certamente corar de vergonha o meu tio, se cá ainda estivesse. Quanto ao resto, apraz-me registar que a Académica continua a suscitar grandes simpatias. Só é pena que essas simpatias sejam pontuais e específicas.
Espero, no entanto, que não desça de divisão. Mas uma coisa é certa: ontem, na Luz, "não jogou um caralho"...!!!

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