terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A propósito da renovação de JJ


As notícias que dão conta da incerteza à volta da renovação (ou não) de Jorge Jesus, são, como diria Mark Twain sobre as notícias da sua morte, “muito exageradas”. É certo que JJ termina contrato dentro de poucos meses e ainda não há decisão formal sobre a sua continuidade (ou não) no comando da principal equipa do Benfica.
Mas, ao contrário do que seria de esperar, não é JJ que parece nervoso com a falta de clarificação do seu vínculo laboral, o que seria natural num treinador que aufere um salário avultado.
São os jornalista que parecem estranhamente agitados face à ausência de uma posição oficial do Benfica sobre o assunto, quando, repito, se caminha a passos largos para o final da época. JJ, esse, continua a fazer, e bem, o seu trabalho.
Não parece nada perturbado com a torrente de perguntas que, conferência de imprensa a seguir a conferência de imprensa, procuram, sabe-se lá porquê, um “lapsus linguae” ou uma pequena inflexão na voz.
JJ mantém-se imperturbável e, o que não aconteceria noutros lados, não rejeita nenhuma resposta. Ainda ninguém se perguntou porquê? Ainda ninguém se colocou a pergunta: porquê tanta tranquilidade?
A resposta é simples: Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus já sabem muito bem o que vai acontecer no final da época, aconteça o que acontecer. Vá lá, leiam nas entrelinhas…!!!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Um rabo, duas cadeiras

Foi Bella Guttman, quem o disse. "O Benfica não tem rabo para duas cadeira". A frase serviu para justificar o título europeu de 62 e a perda do campeonato nesse ano. É, por isso, incompreensível para mim a polémica à volta das declarações de Jorge Jesus.
O treinador do Benfica não faz mais do que sublinhar uma dificuldade do futebol português: não é fácil lutar ao mesmo nível em todas as competições. O problema não vem do facto do Benfica não ter uma preparação ao nível das melhores equipas da Europa.
Se assim fosse, a equipa tinha soçobrado contra o Bayer Leverkusen, na Alemanha, quando jogou em condições atmosféricas adversas e invulgares em Portugal, com a neve a cair incessantemente durante todo o jogo.
E na 2ª mão, com o Bayer, uma das melhores equipas germânicas, a apostar todas as fichas nesse jogo, o Benfica foi capaz de controlar o jogo durante os 90 minutos e ter estado à altura quando foi posto à prova com o golo alemão.
O problema, que Jorge Jesus ainda não foi capaz de explicar e explicitar, é que o campeonato português é pouco competitivo, o que se traduz num falta de intensidade do Benfica na maior parte dos jogos e que, necessariamente, tem consequências nos jogos europeus.
Um exemplo: no jogo contra o 3º classificado do campeonato, o Paços de Ferreira, o Benfica não foi obrigado a grande esforço, nem físico nem mental, tendo o jogo sido transformado num mero treino. É isto que cria, depois, dificuldades nos jogos europeus mais competitivos.
É esta falta de competitividade interna, e não qualquer gestão do plantel menos adequada, que torna mais problemática a disponibilidade da equipa para estar ao mais alto nível mental e físico. Seja como for, é de salientar como Jorge Jesus tem estado à altura das exigências.
Depois de um jogo exigente em Leverkusen, a equipa foi capaz de ter estofo físico e mental para levar de vencida a Académica. O mesmo se passou com o Paços de Ferreira pós-Liga Europa. O mesmo não se pode dizer de Vítor Pereira: os jogos com o Olhanense e Rio Ave, levam a suspeitar uma equipa presa por arames, mesmo que a exigência europeia não seja de primeira linha.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Só faltou um bocadinho ... assim...!



Eu gosto da Briosa. Criança, menino e moço, pela mão do meu tio, ia deslumbrado ao Calhabé ver as grandes equipas da Académica de Toni e Artur, o ruço, Artur Jorge e Rui Rodrigues, Alhinho e Gervásio, os irmãos Campos, o meu conterrâneo Manuel António e Brasfemes. E tantos outros...
O meu saudoso tio, apaixonado pela Académica, tentou, como é normal, passar-me a sua paixão, mas apenas me conseguiu passar uma enorme simpatia pela Briosa. A paixão dediquei-a ao Benfica. Nesta altura, finais da década de 60, início da década de 70, a Académica era a "equipa dos estudantes", e talvez por isso, tinha uma auréola muito especial.
No ano passado vibrei com a sua vitória na Taça de Portugal, mas custa-me ver a Briosa ser uma espécie de apeadeiro de alguns treinadores que ali parece fazerem o seu tirocínio, em jeito de prestar provas para ver se têm estaleca para dar o salto. Foi assim com Vilas Boas, com Jorge Costa, com Domingos Paciência. É assim com Pedro Emanuel. 
E este é um estigma que a briosa Académica não merece. Não merece estar submetida aos fretes que alguns aceitam para mostrar serviço. O que ontem se passou na Luz foi uma vergonha para a história da Académica. Nem um remate à baliza em 90 minutos.
A exibição de ontem devia fazer corar de vergonha os antigos adeptos da Briosa, e faria certamente corar de vergonha o meu tio, se cá ainda estivesse. Quanto ao resto, apraz-me registar que a Académica continua a suscitar grandes simpatias. Só é pena que essas simpatias sejam pontuais e específicas.
Espero, no entanto, que não desça de divisão. Mas uma coisa é certa: ontem, na Luz, "não jogou um caralho"...!!!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

And the Óscar goes to....



Contas feitas, a safra é boa. É certo que o ensaio foi mau, mas como dizem os especialistas em teatro, um mau ensaio dá uma estreia em grande. O ensaio, está visto, foi o que se viu na Choupana. Mau o resultado, más as incidências do jogo, péssima a arbitragem.
Aliás, já que falei em teatro, e agora que estamos em pré-época dos óscares, espero que PP, mais conhecido por Pedro Proença, seja nomeado para melhor actor secundário, pois ele não tem classe para principal.
Julgo mesmo que ele sonhou em pequeno ser vedeta de music-hall e ter tirado um qualquer curso no Actor´s Studio de Nova Iorque. Em pequeno devia assistir deleitado à série "Fame". Viram aquelas expressões melodramáticas. Eu, que nunca frequentei o Actor´s Studio, devo apenas dizer que PP tinha muito que suar para dar um ar mais profissional à sua postura e largar aquelas expressões meio apalhaçadas.
Bem, vamos em frente. E, por falar em óscares, em frente vamos na Liga Europa. Ensaio mau, estreia brilhante. Lá está. As superstições do teatro estão correctas. Óscar, pois então. O nosso Óscar Cardozo, que na Choupana caiu na coreografia de PP, agora, em Leverkusen foi protagonista de um lance de uma beleza plástica fantástica. Do céu, não caiu uma estrela. Não uma mas muitas estrelas passearam classe no Bay Arena, enquanto sobre o palco do jogo caíam flocos de neve, dando uma imagem cénica a um tempo surrealista e épica
Por fim, António Lahoz. Quem???? O árbitro espanhol do jogo Bayer Leverkusen - Benfica. Não sei porquê mas ao ver a sua arbitragem voltou-me a vontade de ter árbitros estrangeiros a arbitrar os melhores jogos do campeonato português. O que é que isto tem a ver com PP? Nada, rigorosamente nada!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Jamor, sempre!

Confesso: adoro o Jamor, o Estádio Nacional, o Estádio Municipal de Oeiras, ou lá como quiserem chamar.  Adoro! Por mim, a final da Taça de Portugal nunca sairia de lá. Vi lá grandes finais. Das quais recordo o hat-trick de Néné ao FCPorto, em 80/81, o golo de César, o brasuca, também contra o FC Porto, no ano anterior, os dois de Diamantino contra o Sporting, o de Fyssas e Simão contra o Fc Porto de Mourinho. E, cereja no bolo, o de Carlos Manuel, contra o FC Porto, em pleno estádio da Antas. Antas? Mas e então o Jamor?
Pois... Depois de uma novela interminável, e duas finais consecutivas perdidas, o FC Porto quis a toda a força ganhar em casa, evitando o campo neutro do Jamor. A novela percorreu todo o Verão e só terminou ia Agosto avançado com o golo de Carlos Manuel.
Estou, aliás, convencido que outra novela se preparava, não tivesse sido o FC Porto eliminado pelo SC Braga. Assim, Jamor aí vamos nós! E, por isso, aplaudo Jorge Jesus, quando em recente conferência de imprensa disse: "Vou dizer bem alto, quero jogar a final da Taça de Portugal no Jamor"! E, por isso, ainda, fiquei satisfeito quando ontem à noite ouvi Rui Santos, no Tempo Extra, da SIC Notícias, afirmar que a decisão da FPF estava tomada: JAMOR! Assim seja!
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