quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A história repete-se

Rui Gomes da Silva costuma falar alto aquilo que muitos sussurram pelos corredores e pelos bastidores. Gosto de pessoas assim. Gosto da coragem. Gosto de quem não tem papas na língua. Gosto de quem não se esconde atrás de metáforas e hipérboles, de piruetas e frases redondas.
No rescaldo da vergonhosa arbitragem de Coimbra, Rui Gomes da Silva disse o óbvio: já sabíamos que isto ia acontecer. Caiu o Carmo e a Trindade. Em Portugal cai sempre o Carmo e a Trindade quando se tem coragem, mesmo para dizer o óbvio.
O Benfica, o Rui Gomes da Silva e não só, não têm bolas de cristal, nem são bruxos. Ao Benfica e ao Rui Gomes da Silva chega muita informação sobre as manobras de bastidores. Era o que faltava que não chegasse.
É por isso que a arbitragem de Xistra só surpreende quem quer ser ingénuo. No passado, o Benfica, e o Rui Gomes da Silva, foram avisados para outras manobras - não quiseram ou não puderam denunciá-las. Agora, o caldo entornou-se. 
O ano passado, o história foi igual. o Benfica também já sabia antecipadamente o que se ia passar em alguns jogos. Há dois anos, idem, idem, aspas, aspas. É assim há muito tempo. Xistra, coitado, é o menos culpado. Faz o que lhe mandam.
O problema do Benfica é que fica sempre pela espuma dos dias. Fica sempre pelas palavras, mais ou menos acesas, mais ou menos contundentes. É preciso começar a construir um novo "edifício" para o futebol português. Antes que esta casa venha abaixo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Os abutres espreitam


A poucas horas do encontro em Glasgow com o Celtic, está tudo suspenso da equipa que Jesus vai escalonar para substituir Maxi, castigado, Luisão, castigado, e Javi e Witsel, vendidos. Ontem, pela mão da FIFA, surgiu o alargamento do castigo a Luisão aos jogos internacionais. A começar hoje em Glasgow.
Face a esta situação, as baterias parecem apontadas a Luís Filipe Vieira, se as coisas correrem mal hoje à noite e a partir daqui. Percebe-se. O Presidente do Benfica está a menos de um mês de ser reeleito.
Na oposição, já há quem esfregue as mãos à espera da tragédia. Como não foram capazes de arranjar um candidato com um mínimo de crédito, esperam agora na sombra pelo desastre desportivo para beliscar Vieira. Enfim, cada um caça com o gato que tem mais à mão.
O “caso” Luisão, porém, foi sujeito à mais suja contra-informação de que tenho memória. Vejamos, para qualquer pessoa de boa fé, Luisão não agrediu o árbitro alemão. Foi negligente? Foi. Foi trapalhão? Foi. O resto foi uma sequência desastrada de movimentos que apanharam Luisão à hora errada no local errado.
A partir daqui, o que fez o Benfica? Na ausência de Vieira – mais uma infelicidade para o Benfica – Carraça não conseguiu ter a completa percepção da situação. Quem já se tenha visto numa situação tão inusitada e invulgar que atire a primeira pedra.
Quanto assumiu as rédeas do “caso”, Luís Filipe Vieira fez o que um líder responsável e consciente deve fazer, defender em público o seu atleta, o seu capitão – um activo preciso do plantel. Quem não entender isto, não entende nada da liderança de grandes instituições.

É claro que estivesse Vieira na Alemanha à altura dos acontecimentos, a história seria outra. Mesmo assim, a intervenção do Presidente do Benfica minorou estragos externos e internos. Fazer mais era um milagre!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A democracia, essa chatice!!!!

Meus amigos, estou siderado. Agora, o Javi e o Witsel passaram a ser dois geniais jogadores. Insubstituivéis. Se aqueles que agora acham que a sua venda é um crime lesa pátria têm que revisitar as suas anteriores posições, onde diziam que o primeiro era um desconhecido que vinha do Osasuna e o outro mais desconhecido ainda que vinha do Standard de Liége, do obscuro campeonato belga.
É tudo um problema de coerência e de honestidade intelectual. Mas, enfim, ainda há gente que acha que criticar tudo e todos é que deve ser o caminho. Esses são os que nunca deram nada ao Benfica, os que nunca se lembraram de nada de positivo, os que nunca serão capazes de discorrer uma ideia sem acusarem, difamarem, destruírem, achincalharem.
Mas ao contrário de outros clubes, a esses o Benfica não persegue, não ataca, não agride, não dispensa. É verdade, não dispensa. Porque todos os benfiquistas, mesmo aqueles que vivem de dizer mal são Benfica, têm direito à sua opinião.
É essa opinião que de 4 em 4 anos é sufragada nas urnas, como a democracia exige. E por muito que lhes custe, por muito que achem que a sua opinião é válida, ela tem sido derrotada esmagadoramente pelos benfiquistas. A realidade é esta: a maioria dos benfiquistas acha que a gestão desportiva e financeira do Benfica é muito boa. É um problema, a Democracia...

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ser líder


É bem mais fácil criticar do que construir. É bem mais fácil ser demagogo do que falar a verdade. É bem mais fácil o valer tudo para ganhar do que ser credível. O Benfica é tão grande que tem gente que pensa destas duas maneiras.
Daqui a pouco mais de um mês, o Benfica vai a eleições. É uma coisa normal num clube que já era democrático antes de haver democracia em Portugal. Neste momento ainda não há candidatos oficiais, mas um denominado Grupo da Luz, cujo rosto mais visível é Bruno Carvalho, candiato à Presidência do Benfica nas últimas eleições, há 3 anos, já anunciou um candidato para 5 de Setembro, depois de amanhã, e é crível que Luís Filipe Vieira seja de novo candidato.
Se, como tudo indica, Vieira for candidato, esta será a 3ª vez que se sujeitará ao sufrágio dos benfiquistas. Não é coisa pouca. Os opositores do actual Presidente do Benfica falam de um líder déspota e autocrático, que resolveu alterar os estatutos para se perpetuar no poder.
Na verdade, não deixa de ser irónico que um Presidente que devolveu a grandeza ao Benfica seja objecto de ataques soezes e baixos que ignoram qual era a situação do Benfica há 10 anos atrás. É o custo da democracia, sem a qual não há Benfica mas há apito dourado.
Tendo em conta as circunstâncias e o contexto, Luís Filipe Vieira é o melhor Presidente de sempre do Sport Lisboa e Benfica. Já o disse e repito, com Borges Coutinho e Maurício Vieira de Brito completa uma tríade de líderes que ficarão para a posteridade.
Fez tudo bem? Claro que não. Mas depois de erguer a obra e de ser inovador em muitas áreas, vidé Fundação Benfica e Benfica TV, resistiu a tudo delapidar em troca de uma aleatória e vã glória. O exemplo do Malága, e de outros dentro de portas, está aí para lhe dar razão.
O homem que se sujeita a ser insultado em AG´s, desmentindo aqueles que lhe chamam ditador, vai lutar nas urnas por um 4º mandato. Se a gratidão chegasse, Vieira já tinha ganho. Mas ele não espera gratidão, espera responsabilidade dos benfiquistas.
E aos benfiquistas, termino com uma reflexão desportiva: aqueles que diziam que o Benfica não tinha hipóteses na Liga dos Campeões no ano passado, viram a nossa equipa dar um banho de futebol ao actual campeão europeu e ser injusta e traiçoeiramente eliminada.
Este ano, aguentando todas as jóias no plantel, o sonho de uma nova conquista da Europa deve estar mais presente que nunca, numa altura em que na Liga interna lideramos e damos espectáculo (já para não falar nas modalidades). Em Outubro logo se vê...

Post - Scriptum: PARECE QUE DEPOIS DE JOÃO PARADA, O DENOMINADO GRUPO DA LUZ ESTÁ A PENSAR EM RUI RANGEL PARA CANDIDATO.
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