segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Benfica, sem Witsel e/ou Gaitán, será sempre o Benfica


Esta pré-época tem sido atípica. A euforia que geralmente tomava conta dos adeptos, muito por culpa de uma comunicação social que exacerbava as nossas contratações e os nossos resultados, para estar arredia, desta vez.
É bom que assim seja. E, no entanto, os resultados parecem animadores, à excepção do 3-1 com o PSV. O jogo com o Real Madrid, apesar da goleada, serviu para manter a moral a níveis aceitáveis, mas, mesmo assim, não parece ter contagiado, por aí além, a malta.
Repito: é bom. O momento nacional não é para euforias, mas o momento do Benfica requer cautelas e caldos de galinha. Como disse o Presidente do Benfica a este blogue, "o mundo mudou, o mundo do futebol mudou e o modelo de negócio vai ter de mudar". Nada mais certo.
É por isso que quando se diz e escreve que o Benfica está mais atrasado do que os outros dois concorrentes porque tem mais indefinições no seu plantel, isso apenas ajuda a explicar que se está a fazer uma gestão cuidada, sensata e rigorosa.
Axel Witsel vai embora por 40 milhões? Abençoado negócio e abençoado comprador. Falta um lateral direito e mais um lateral esquerdo? Há-de vir gente com capacidade e competência para envergar a camisola do Benfica. E há uma equipa B pronta a socorrer a A quando isso for preciso.
Gaitán está de partida? Venham mais umas dezenas de milhões e estaremos reconhecidos ao argentino pelo seu génio. A questão, neste momento, passa por não ir atrás de quimeras e de ilusões voláteis como o vento. O Benfica e a sua solidez estão primeiro. Para que ao virar da primeira esquina não se tenha de acabar com o basquetebol ou que se tenha de vender ao desbarato para salvar a pele.  

sexta-feira, 27 de julho de 2012

As eleições no Benfica, Luís Filipe Vieira, o FB e o Grupo da Luz


A 3 meses das eleições, o Benfica começa a agitar-se. Um denominado "Grupo da Luz", de que se conhece apenas o rosto de Bruno Carvalho, ex-candidato à Presidência do Sport Lisboa e Benfica nas últimas eleições, então estrondosamente derrotado por Luís Filipe Vieira, promete avançar com um "candidato surpresa".
Nada que surpreenda os mais atentos e os mais bem informados. Bruno Carvalho, de quem sou amigo, cujas opiniões respeito, e em quem reconheço algumas boas qualidades de gestor, tem vindo nas últimas semanas a utilizar o facebook para atacar a gestão de Luís Filipe Vieira.
O problema é que o Benfica não "vive" nem se "discute" no facebook. O Benfica vive-se e discute-se nas Casas do Benfica espalhadas pelo País e pelo Mundo, vive-se e discute-se nos´orgãos sociais do Benfica, nos fóruns de benfiquistas, na Benfica TV.
O Benfica tem locais próprios para discutir os seus assuntos, em liberdade e democracia, como sempre o fez, desde os tempos de Cosme Damião. Daqui a até Outubro, o que se pede aos benfiquistas é que saibam exercer as suas divergências com grande sentido de responsabilidade, de maneira frontal mas civilizada.
O que se pede aos benfiquistas é que percebam que vivemos tempos difíceis, imprevisíveis e o futuro é incerto. Não queiramos meter mais incerteza dentro de casa e tudo aquilo que se construiu nestes últimos 10 anos não pode ser posto em causa em troca de ilusões e fantasias que estão sempre condenadas ao insucesso.
Como afirmou Luís Filipe Vieira em exclusivo a este blogue: "O Mundo mudou e esta indústria vai sofrer uma grande alteração, o que quer dizer que temos de mudar o nosso modelo de negócio e não o podemos fazer com demagogia. Vamos aguardar o que vem nos tempos mais próximos".

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O novo "ano zero"

Escrevi o texto abaixo em 23 de maio de 2011, num outro blog para o qual colaborei. Parece um texto datado, mas não é. Parece mais actual que nunca. Com eleições à porta, o início de época vai ser fundamental para Luís Filipe Vieira. Não que algum eventual adversário nas próximas eleições impeça o Presidente do Benfica de dormir tranquilo, mas porque Vieira já percebeu que vai iniciar um ciclo decisivo para a definição do seu reinado à frente do SL Benfica. Ou seja, será a partir de agora que os sócios do Benfica vão começar a consolidar as opiniões sobre a liderança de LFV. E, como em tudo, os portugueses são de extremos: Vieira pode vir a ser eleito o melhor Presidente de sempre do SL Benfica ou apenas mais um da galeria dos que se sentaram no cadeirão da Luz. Pode ser injusto? Certamente. Mas LFV sabe que a memória dos homens é curta e a dos adeptos muito mais.



O "ano zero" de Luís Filipe Vieira


Terminada a época desportiva é tempo de projectar a próxima época do Benfica. Para Luís Filipe Vieira, este é o seu "ano zero", aquele onde vai ter de se confrontar com uma verdadeira prova de fogo, depois de 10 anos de Benfica, 8 dos quais como Presidente.

Para Vieira chegou o momento da verdade. Não que não tenham existido épocas desportivas mais negras no passado, mas os benfiquistas pressentiam que Vieira tinha lançado mãos a uma obra hérculea, a de levantar o Benfica do chão depois dos tratos de polé de Vale e Azevedo.

A obra, cujo principal responsável é Vieira, aí está e deixou de poder ser utilizada como álibi para justificar os resultados desportivos. Acresce que, esta época foi má de mais. Os confrontos com o fc porto redundaram em derrotas humilhantes; a eliminação aos pés do Braga, na meia-final da Liga Europa é algo ainda inimaginável.

Vieira tem de recomeçar tudo de novo, com as eleições de Outubro de 2012 no horizonte. Começou bem, ao garantir Jesus para a próxima época e ao adoptar um discurso de auto-crítica e pacificador. Mas a divulgação dos nomes de Couceiro e, principalmente, Octávio Machado para um cargo que parece ser o de director-geral, não auguram nada de bom.

Vieira tem de se desmarcar rapidamente destes nomes, principalmente do de Octávio, cuja entrada na Luz já foi rejeitada em assembleia geral, no tempo de Artur Jorge. Octávio está ligada à pré-história do futebol português e os seus métodos não têm nada a ver com a cultura do Benfica.

A argúcia de Luís Filipe Vieira vai ser agora posta à prova. A forma como lidar com o "caso" Rui Costa; o nome que escolher para director-geral do futebol; ou a continuação de Coentrão (um jogador à volta do qual se tem de construir uma grande equipa) - vão marcar a época e a liderança de Luís Filipe Vieira.

O Presidente do Benfica já percebeu o erro histórico e estratégico cometido esta época com a insistência numa guerra de palavras com o fc porto. Ainda tem tempo e toda a margem de manobra para dar a volta por cima, mas não pode errar.

De uma forma mais ou menos detectável, as movimentações nos bastidores já vão agitando o universo benfiquista e Outubro de 2012 não vem longe.

terça-feira, 3 de julho de 2012

O nome que falta



Carlinhos Neves é um homem completamente desconhecido do futebol português (aqui um pouco do seu currículo). No entanto, ele é um dos mais conceituados preparadores físicos do mundo, sendo actualmente o responsável pela preparação física da Selecção do Brasil, o famoso escrete canarinho, que está a preparar os Jogos Olímpicos como ensaio para a Copa do Mundo de 2014, a disputar precisamente no Brasil.
Este homem tem por isso muito trabalho e muita responsabilidade à sua frente, mas não desdenharia um salto para o muito competitivo futebol europeu, o que lhe daria também um maior grau de visibilidade. Ontem, o Benfica iniciou uma época que se deseja de sucesso. E só será de sucesso de conseguir alcançar o título de campeão nacional. Para lá dos obstáculos arbitrais que nos impediram de, em momentos decisivos, chegar ao ceptro, foi mais uma vez evidente a quebra física que a equipa sofreu no último terço do campeonato.
É por isso que Carlinhos Neves caberia que nem uma luva na equipa técnica liderada por Jorge Jesus. É algo de impossível? No futebol não há impossíveis. Com ele, estou certo que o título de campeão ficaria bem mais perto.
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