segunda-feira, 30 de abril de 2012

Tributo aos "heróis" 2011/2012

Os meus parabéns ao Fidélis – não se esqueçam da faixa para ele – e ao Benquerença. Um grande bem-haja ao Hugo Viana e ao Paulo Batista – eles merecem por são dignos intérpretes do futebol fantasia.

Um abraço do tamanho do mundo (não confundir com o abraço de urso) para o Ricardo Santos, essa anónima personalidade que um dia a justiça irá lembrar para a posteridade e elevar ao Olimpo do deuses. Não se sabe ainda se a justiça civil, a justiça dos homens ou a justiça divina, mas para o caso tanto faz.

Ah, e não esquecer de agraciar esses eloquentes símbolos da seriedade e da competência, que dão pelo nome de Carlos Xistra e Hugo Miguel. Tudo sem aspas, se faz favor, que o cinismo não é para aqui chamado, quanto mais a ironia.

E, por último, não esquecer esse bravo entre bravos, o senhor Vítor Pereira, não esse, o outro, a quem o país tanto deve e certamente surgirá em breve num qualquer púlpito a dizer de sua justiça. Obrigado a todos por honrarem um país que já a perdeu há muito – a honra.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A minha opinião, no link

Publiquei (ver link) http://www.noticias-do-futebol.com/content/jorge-jesus-porque-sim este texto no sítio "Notícias do Futebol". JJ ainda é parte da solução. Mas a sua margem de erro, a partir de agora, não é curta, é zero. Amanhã pode ser um bom dia para começar a preparar o futuro.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Parte da solução ou do problema?

A derrota de ontem à noite culminou um período de 2/3 meses da mais desastrosa gestão desportiva de que tenho memória no Benfica. E numa altura em que se entregou de mão beijada ao fcporto, a não ser que aconteça um golpe de teatro, um campeonato que tivemos seguro, uma questão deve ser já colocada: Jorge Jesus é parte da solução ou parte do problema?

A resposta não é fácil, não é pacífica, nem pode ser definitiva. Ela depende de muitos factores, desportivos e não só, mas é nela que deve ser encontrado o caminho do futuro sucesso desportivo do Benfica.

Os prós e contras da continuidade ou não de Jesus são equivalentes. A contabilização de um lado e do outro da balança terá de ser feita por quem está lá dentro, próximo da esfera restrita do treinador, e o voto de qualidade pertencerá por direito a Luís Filipe Vieira.

A braços com dossiers estruturais para resolver e onde se jogará o futuro a médio/longo prazo do Benfica, como o dos direitos televisivos, Vieira vê-se confrontado com a necessidade de desfocar as suas atenções para resolver um problema imediato: a questão JJ.

Ir pelo lado mais fácil pode ser sedutor para quem tem também de gerir uma próxima época desportiva cujo início colide com a realização de eleições no Sport Lisboa e Benfica. Mas o Presidente do Benfica sabe por experiência própria que o problema nem sempre está onde parece mais evidente.

A época não terminou. A Taça da Liga e a entrada directa na Champions são objectivos que devem ser atingidos. Os recursos humanos que foram colocados à disposição de Jesus, através de uma política de investimento desportivo ambiciosa e certeira, não podem ser desbaratados.

Jesus terá de fazer um mea culpa interno para voltar a ganhar a confiança de todos. Nem tudo está perdido quando se assumir onde se falhou. É esse “relatório e contas” de que Luís Filipe Vieira está à espera. Na sua elaboração, JJ joga o seu futuro. Espero que seja tão sagaz a escrevê-lo como o é tantas vezes no banco.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Do fundamentalismo



Portugal é um país estranho. Belo, sem grande conflitualidade social, de clima ameno. Um grande país para se viver. O problema, já dizia o outro, são as pessoas. Não que os portugueses sejam cidadãos de segunda, mas porque a nossa congénita inveja (ai os Lusíadas) faz de nós um povo assaltado por sentimentos mesquinhos.
Gostamos da intriga, da hipocrisia, de morder pela calada. Temos receio de dar a cara, de emitir opiniões, preferimos a ambiguidade. Convivemos mal com a frontalidade e a transparência, preferimos a dissimulação e a palmadinha nas costas.
Indignamo-nos com pouco e encolhemos os ombros face às maiores aleivosias. Há dias, devíamos todos ter corado de vergonha pelos ataques soezes que sofreu uma professora da Ericeira que brincou com os seus alunos, juntando a uma cançoneta infantil a expressão "Viva o Benfica". A escola foi apelidada de madrassa pelo erudito site do fc porto e a professora catalogada de taliban.
Há dias, um conhecido comentador desportivo, João Gobern, foi "apanhado" a festejar o 2º golo do Benfica durante o programa em que participa na RTP com Bruno Prata, enquanto este usava da palavra. Daí até aos insultos na blogosfera e no facebook foi um ápice.
Vivemos tempos conturbados, mas é por isso que pessoas como Joel Neto, um sportinguista que ironizou com brilhantismo sobre a "madrassa" da Ericeira escrevendo n´O Jogo que também educadoras do Sporting e do FC Porto podiam e deviam adicionar slognas clubísticos a outras cantigas, e como João Gobern, um benfiquista que não conheço pessoalmente mas ouço com regularidade no, provavelmente, melhor programa da rádio em Portugal, o Hotel Babilónia, me fazem continuar a ter esperança na natureza humana.
E claro, um grande bem-haja para a professora da Ericeira, cujo suposto "fundamentalismo" não meteu medo às suas crianças. Medo tenho eu dos fundamentalistas e talibans sem rosto, sem nome e sem opinião.
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