quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Tacuara veio para ficar


A alegria com que Cardozo festejou o hat-trick contra o Marítimo não é normal num jogador circunspecto, introvertido, que parece triste. Esta esfusiante celebração, que já tinha ocorrido contra o Sporting, só pode ter um motivo: a renovação.
E estamos em condições de garantir que Óscar Cardozo, o goleador paraguaio que é o melhor marcador estrangeiro de sempre do Benfica, se prepara para assinar por mais 3 anos com o clube da Luz. Com esta renovação, "tacuara" termina o seu vínculo de jogador profissional com o Benfica em 2017. Ou seja, daqui a 5 anos, quando tiver 34 anos de idade.
Se nenhuma proposta milionária surgir - e ela terá de ser sempre superior a 20 milhões de euros - Óscar Cardozo, o "matador" triste, vai continuar a marcar golos à velocidade da luz com a camisola do Benfica, até final da sua carreira. E em 2017 terá atingido um total de 11 anos de ligação ao Benfica e contabilizado, provavelmente, perto ou mesmo mais de 200 golos.
A Direcção do Benfica mostra-se, assim, atenta e reconhecida a um jogador que, para além de marcar golos como nenhum a nível nacional e poucos a nível europeu, sempre mostrou um carácter e uma postura profissional de elogiar.
Nunca é de mais lembrar o seu silêncio mesmo quando foi injustiçado no tempo de Quique Flores. Agora "tacuara" tem o contrato que merece e os adeptos que merece. Em paz consigo e com o terceiro anel, só tem é que continuar a marcar golos. Como ele sabe.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Ninguém pode facilitar

O jogo amanhã com o Marítimo assume uma importância crucial neste campeonato. Com o fcporto em Setúbal hoje à noite, tendo sempre no horizonte um resultado menos positivo, o Benfica não pode perder pontos, quando se está à beira do interregno natalício da Liga.
Uma vitória garantirá, quase de certeza, a manutenção da liderança. Este facto não é de somenos, dado que confirmará uma travessia quase incólume após as saídas de Witsel e Javi Garcia. Dir-me-ão que a Liga dos Campeões já se foi. É verdade, mas temos de esperar para ver se a campanha na Liga Europa não vai compensar em termos de prestígio internacional, sendo que no campo do encaixe financeiro a diferença, sem importante para os dias que correm, não pode ser considerada significativa.
Até porque, o Benfica pode ambicionar alcançar este título europeu, o que representa a comparência para disputar a Supertaça Europeia e um reforço significativo dos cachets televisivos e de jogos amigáveis. Tudo sopesado, no actual contexto, a eliminação da Liga dos Campeões terá um efeito menor. O que importa mesmo é não descuidar o campeonato.
A vitória em Alvalade, onde o fcporto ainda não foi, foi determinante. A de amanhã, antes da paragem, contra o Marítimo, uma das equipas da primeira metade da tabela, é incontornável. Até porque, depois, damos um saltinho ao Estoril e recebemos no Inferno da Luz o fcporto. Não facilitar é a palavra de ordem.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

As lágrimas de Vieira


As lágrimas que Luís Filipe Vieira verteu quando, há dias, assistia a um vídeo sobre o pai, já falecido, durante a apresentação do livro “Missão Benfica”, que conta a história da sua década à frente do clube da Luz, deram azo a muitos comentários, nomeadamente nas redes sociais.
Alguns rivais chamaram-lhe propaganda, como se os sentimentos de uma pessoa possam ser adjectivados dessa maneira, mesmo que se trate do Presidente do Sport Lisboa e Benfica. Muitos ficaram surpreendidos: como era possível que um líder forte, austero, negociador implacável e disciplinador rígido sucumbisse às emoções?
Quando vi as fotos e as imagens do momento da emoção de Luís Filipe Vieira, veio-me logo à memória o livro “O erro de Descartes” do cientista português António Damásio sobre a “inteligência emocional”. Nele, António Damásio explica a importância decisiva das emoções na tomada de decisões.
Outros autores têm mostrado a importância da Inteligência emocional no exercício de uma liderança eficaz, concluindo que “para que possamos liderar pessoas, primeiro temos que nos conhecer, decifrar nossos sentimentos, para que assim possamos entender com profundidade os outros”.
Com aquele aparente momento de fraqueza, Luís Filipe Vieira mostrou que um líder que publicamente se emociona é aquele que está mais apto para liderar uma grande instituição como o Sport Lisboa e Benfica.
Porque, por debaixo do chefe intransigente com os erros e implacável com as deslealdades e traições, está um homem sensível, humano, amigo do seu amigo, solidário e justo. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Missão Benfica

Nos próximos dois anos, Luís Filipe Vieira terá formatado o Benfica do futuro. A conclusão do Museu, a solidificação dos direitos televisivos, a concretização plena do Grupo comunicacional do Sport Lisboa e Benfica, com a criação da Rádio Benfica, a aposta decisiva e definitiva nas plataformas digitais e nas novas tecnologias, serão as eventuais últimas pedras num edifício que em 2000 ameaçava ruir com fragor.
Tudo isto será feito e concretizado numa altura em que o desempenho desportivo do clube é algo de assinalável: a equipa de futebol está na liderança da Liga e a um jogo de poder ser apurada para os oitavos da Champions; as modalidades - basquetebol, futsal, andebol, hóquei em patins, andebol, voleibol, caminham na liderança dos respectivos campeonatos.
Acresce que o projecto do Benfica B está a fazer o seu caminho com sucesso. Nomes como André Gomes, André Almeida ou João Cancelo, são a face mais visível de um Benfica português que mantém a sua competitividade, aposta forte na formação, e promete dar mais jogadores à Selecção Nacional, quando se aproxima a passos largos o Mundial de 2014, no Brasil.
Mas a "Missão Benfica" de Luís Filipe Vieira não está terminada. Continuaremos a falar do futuro. Aqui.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Para memória futura


É no mínimo ousado chamar-lhe rescaldo. Já lá vão quase 15 dias sobre as eleições no Sport Lisboa e Benfica. O resultado foi uma vitória esmagadora de Vieira nas urnas e 3 vitórias esmagadoras do Benfica no relvado.
Estará uma coisa ligada à outra? A vitória de Luís Filipe Vieira estimulou a equipa ao ponto de lhe dar um ânimo que a levou a esmagar Gil Vicente, Vitória de Guimarães e Spartak de Moscovo? O futuro o dirá.
Estes dias que já passaram sobre o dia da vitória de Vieira trouxeram a vantagem de ter podido ler muitas reflexões e análises nos jornais, nas televisões, nas rádios e nas redes sociais sobre uma tão concludente vitória - 83% vs. 13%.
O que li, ouvi e vi é-me muito útil para este pequeno comentário de rescaldo, apesar do "delay". A primeira impressão com que fico é que os que comentaram as eleições no Benfica não conhecem o Benfica. Não conhecem o sentimento mais profundo dos benfiquistas.
Aqueles que falaram no "défice" desportivo de Vieira ou, ignomínia das ignomínias, na "compra" das Casas do Benfica, ou no facto de, disseram, Vieira dar pouco tempo ao Benfica e muito às suas empresas, deviam corar de vergonha e pintar a cara com tinta preta.
O que não percebem e nunca perceberam, nem nunca vão perceber, é que Luís Filipe Vieira não pensa no Benfica como um todo apenas nos 15 dias de campanha eleitoral. O Presidente do Benfica não pensa apenas nas Casas do Benfica em campanha eleitoral.
Quantos fim de semana, quantas horas semanais, mensais, anuais, estariam dispostos os pseudo-candidatos a Presidente do Benfica a "gastar" em visitas às Casas do Benfica de Portugal e do Mundo, deixando as suas famílias, os seus "hobbys", os seus negócios, os seus momentos de lazer?
Esta é a pergunta que aqueles que no futuro se perfilarem ao lugar vão ter de responder. Perguntem a Vieira para começarem a ter uma pequena ideia da tarefa...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Acusações sem nomes

Há uma linha que separa a coragem da afronta gratuita; a ética da maledicência; a honestidade intelectual da mentira dissimulada. Há uma linha que separa a frontalidade do jogo sujo; a indignação da insinuação trauliteira.
Lamento dizê-lo, mas um juíz de um Estado de Direito não pode ultrapassar essa linha. Rui Rangel tinha a obrigação de manter esta campanha a nível elevado. É juíz desembargador, como não se cansa de repetir e de sublinhar tudo o que faz em prol da cidadania.
O problema é que, pela sua cabeça ou mal aconselhado, enveredou por um caminho que se vai virar contra ele amanhã. Não se pode atirar a pedra e esconder a mão. Não se pode atirar lama para cima das pessoas e sair incólume.
As Casas do Benfica foram ameaçadas - acusou Rangel. Quais Casas? Não disse. Os funcionários do Benfica foram ameaçados - acusou Rangel. Quais funcionários? Não disse. Há pessoas no Benfica que enriqueceram - acusou Rangel. Quem? Não disse.
É feio, muito feio, e vai sair-lhe caro. Amanhã se verá...!!!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Estou esclarecido


Termina amanhã a campanha para as eleições à Presidência do Benfica. Na sexta-feira, os benfiquistas, que se espera sejam dezenas de milhar, vão eleger o próximo Presidente do Sport Lisboa e Benfica, o maior clube do Mundo e a maior instituição portuguesa.
Não é, por isso, uma eleição qualquer. É um acto eleitoral de grande importância e o resultado assume um significado transcendental. Vivemos em tempo de dificuldades e de muitas incertezas.
Não vamos, por isso, criar mais dificuldades e mais incertezas ao futuro do Benfica. O tempo não está para aventuras nem para saltos no escuro. O tempo está para apostar na estabilidade, para investir na união, para caminharmos juntos pelo futuro.
Os benfiquistas são pessoas responsáveis e que sabem o que querem e o que não querem. Como benfiquista, esta campanha eleitoral foi muito esclarecedora. Dizem-me, "mas não houve debates..."...
Pelo contrário, houve muito debate, muita informação, muitas entrevistas, muita troca de ideias e pontos de vista. Fiquei, por isso, completamente esclarecido. Nos últimos dias, vi e ouvi algumas entrevistas de um candidato a Presidente do Benfica.
Como disse, fiquei esclarecido. E como eu, os milhares de benfiquistas que vão votar na sexta-feira. Esse candidato disse o que ia fazer para o Benfica ganhar sempre o campeonato? Não. Esse candidato disse como ia acabar com o passivo do Benfica? Não. Esse candidato disse quais eram as suas ideias e as suas propostas para o futuro do Benfica? Não.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Eleições no Benfica, parte III

Lançada a candidatura de Luís Filipe Vieira, os dados estão quase todos em cima da mesa. Rui Rangel vai a jogo. Ainda bem. No Benfica não gostamos de ganhar por falta de comparência. Mas não basta a Luís Filipe Vieira ganhar. Não, não estou a falar de percentagens.
Aqueles que já começam a perspectivar uma percentagem de votos inferior ao de outras eleições estão de má fé e ignoram o que é o desgaste do poder, no futebol, como na política, como em qualquer outro sector. O adversário de Vieira não é Rangel. O desafio principal de Luís Filipe Vieira é passar as suas mensagens para o universo benfiquista. É por isso que sou de opinião que o Presidente do Benfica deve "ignorar" o candidato a Presidente do Benfica.
Rangel vai tentar "puxar" Vieira para o combate público, para o debate aberto, para a polémica acesa. Não cair nesta armadilha é essencial para Vieira. O seu foco deve ser, no imediato, sublinhar 4 temas: a extraordinária pujança das modalidades, que faz do Benfica, mesmo em tempo de crise, o clube mais eclético do Mundo (não acabamos com nenhuma modalidade); o grande projecto do Museu, importante fonte de receitas e repositório de uma História inigualável; a capacidade da marca Benfica em garantir parcerias internacionais de grande valor acrescentado (outros procuram, procuram, mas não encontram); e o investimento na formação. Estes 4 temas fazem com que Vieira possa assumir que o Benfica é "mais que um clube", como o Barcelona. 
Lá para os dias finais da campanha deve apostar os trunfos todos em sublinhar que o Benfica tem hoje todas as condições para ombrear com as melhores equipas do Mundo - lembrar que no ano passado só fomos eliminados, por erros de arbitragem, pelo Chelsea, que se tornaria campeão europeu.
Rangel vai desafiar Vieira para vários debates. Julgo que deve haver só um, na Benfica TV. Rangel vai falar de passivo e contas chumbadas. Domingos Soares Oliveira é um homem com credibilidade e acima de qualquer suspeita para responder ao candidato. Rangel vai falar de mau desempenho desportivo. Rui Gomes da Silva, da sua tribuna televisiva, saberá por os pontos nos is. Rangel vai insistir nos direitos televisivos. José Eduardo Moniz sabe disso como ninguém.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Eleições no Benfica, parte II

Rui Rangel começa mal. O comentador do programa "Justiça Cega", na TVI24, e possível candidato à Presidência do Benfica, foi confrontado pelo Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, com a primeira página do Record, onde se dizia que Rangel era candidato.
"É verdade ou não?", questionava, no seu estilo meio gozão, Marinho Pinto. Lamento que Rui Rangel não o tenha colocado no sítio ao dizer que a conversa sobre esse assunto terminava ali, porque não admitia ser confrontado ali, num programa sobre questões da Justiça, com um assunto de outro âmbito.
Ao invés, Rangel, em jeito quase amedrontado, alimentou, por uns bons minutos, aquela paródia, onde também entrou a jornalista Cecília Carmo, que talvez lembrando-se do seu passado de jornalista desportiva lá ia tentado tirar nabos da púcara.
Antevendo que iria ser bombardeado com estas questões, Rangel devia ter-se precavido. Não o fez e ficou mal na fotografia. Que isto lhe sirva de exemplo para o futuro.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Eleições no Benfica, parte I


Pouco tempo depois da turbulenta assembleia geral do Benfica em que o relatório e contas foi chumbado, Rui Rangel salta para as páginas dos jornais a indiciar uma candidatura à Presidência do clube.

Essa candidatura já vem sendo trabalhada desde à meses, conforme este blogue anunciou em tempo oportuno (ver no link). O mais curioso é que Rui Rangel, um respeitável e respeitado juiz e comentador televisivo, aproveite um eventual sinal de fragilidade de Luís Filipe Vieira para dar sinais de que pretende avançar.
Ora, descontado o eventual oportunismo e calculismo da situação, é preciso perguntar: existe alguma relação de causa-efeito entre o que aconteceu naquela assembleia geral, com um grupúsculo de pessoa a incentivar à arruaça, e o provável anúncio da candidatura de Rui Rangel?
Eu, no lugar do juiz, teria a preocupação de clarificar esta situação. Porque não o fazer é alimentar a suspeição. Um candidato a presidente do Benfica não pode deixar que esta névoa lhe tolde a campanha.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ter medo não é vergonha


Jorge Jesus disse na véspera que “respeito sim, medo não”. Ora, o que eu vi ontem à noite na Luz foi um treinador do Benfica cheio de medo. Medo de um resultado que o fizesse perder uma equipa, ainda a tentar reorganizar-se depois de perder Javi, Witsel e Luisão. Medo de que um resultado muito desnivelado tivesse consequências psicológicas na Liga.
Quem pode criticar Jesus? Quem pode criticar um treinador que assumiu este ano que é para apostar todas as fichas na Liga nacional? Ao deixar Rodrigo no banco, atirando Lima, sozinho, para o meio das feras, JJ disse ao que vinha.
É engraçado, mas tudo isto não abala a minha convicção de que o Benfica tem de olhar para Jorge Jesus como o seu “Alex Ferguson”. Jesus não é o melhor treinador do Mundo, se é que uma classificação dessas pode ser feita sem grande subjectividade, mas é o homem certo no lugar certo.
O tempo não está para revoluções nem para grandes mudanças. A estabilidade, nos tempos difíceis é um valor inestimáveis. As aventuras sabemos como começam mas nunca sabemos como acabam.
O Benfica perdeu com o Barcelona mas não perdeu a alma, o orgulho e a identidade. Jesus teve medo, mas foi um medo consciente e responsável. Perdeu o jogo mas não perdeu a equipa, nem perdeu os objectivos. O apuramento está perfeitamente ao alcance. E até ganhou um jogador: Matic.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A história repete-se

Rui Gomes da Silva costuma falar alto aquilo que muitos sussurram pelos corredores e pelos bastidores. Gosto de pessoas assim. Gosto da coragem. Gosto de quem não tem papas na língua. Gosto de quem não se esconde atrás de metáforas e hipérboles, de piruetas e frases redondas.
No rescaldo da vergonhosa arbitragem de Coimbra, Rui Gomes da Silva disse o óbvio: já sabíamos que isto ia acontecer. Caiu o Carmo e a Trindade. Em Portugal cai sempre o Carmo e a Trindade quando se tem coragem, mesmo para dizer o óbvio.
O Benfica, o Rui Gomes da Silva e não só, não têm bolas de cristal, nem são bruxos. Ao Benfica e ao Rui Gomes da Silva chega muita informação sobre as manobras de bastidores. Era o que faltava que não chegasse.
É por isso que a arbitragem de Xistra só surpreende quem quer ser ingénuo. No passado, o Benfica, e o Rui Gomes da Silva, foram avisados para outras manobras - não quiseram ou não puderam denunciá-las. Agora, o caldo entornou-se. 
O ano passado, o história foi igual. o Benfica também já sabia antecipadamente o que se ia passar em alguns jogos. Há dois anos, idem, idem, aspas, aspas. É assim há muito tempo. Xistra, coitado, é o menos culpado. Faz o que lhe mandam.
O problema do Benfica é que fica sempre pela espuma dos dias. Fica sempre pelas palavras, mais ou menos acesas, mais ou menos contundentes. É preciso começar a construir um novo "edifício" para o futebol português. Antes que esta casa venha abaixo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Os abutres espreitam


A poucas horas do encontro em Glasgow com o Celtic, está tudo suspenso da equipa que Jesus vai escalonar para substituir Maxi, castigado, Luisão, castigado, e Javi e Witsel, vendidos. Ontem, pela mão da FIFA, surgiu o alargamento do castigo a Luisão aos jogos internacionais. A começar hoje em Glasgow.
Face a esta situação, as baterias parecem apontadas a Luís Filipe Vieira, se as coisas correrem mal hoje à noite e a partir daqui. Percebe-se. O Presidente do Benfica está a menos de um mês de ser reeleito.
Na oposição, já há quem esfregue as mãos à espera da tragédia. Como não foram capazes de arranjar um candidato com um mínimo de crédito, esperam agora na sombra pelo desastre desportivo para beliscar Vieira. Enfim, cada um caça com o gato que tem mais à mão.
O “caso” Luisão, porém, foi sujeito à mais suja contra-informação de que tenho memória. Vejamos, para qualquer pessoa de boa fé, Luisão não agrediu o árbitro alemão. Foi negligente? Foi. Foi trapalhão? Foi. O resto foi uma sequência desastrada de movimentos que apanharam Luisão à hora errada no local errado.
A partir daqui, o que fez o Benfica? Na ausência de Vieira – mais uma infelicidade para o Benfica – Carraça não conseguiu ter a completa percepção da situação. Quem já se tenha visto numa situação tão inusitada e invulgar que atire a primeira pedra.
Quanto assumiu as rédeas do “caso”, Luís Filipe Vieira fez o que um líder responsável e consciente deve fazer, defender em público o seu atleta, o seu capitão – um activo preciso do plantel. Quem não entender isto, não entende nada da liderança de grandes instituições.

É claro que estivesse Vieira na Alemanha à altura dos acontecimentos, a história seria outra. Mesmo assim, a intervenção do Presidente do Benfica minorou estragos externos e internos. Fazer mais era um milagre!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A democracia, essa chatice!!!!

Meus amigos, estou siderado. Agora, o Javi e o Witsel passaram a ser dois geniais jogadores. Insubstituivéis. Se aqueles que agora acham que a sua venda é um crime lesa pátria têm que revisitar as suas anteriores posições, onde diziam que o primeiro era um desconhecido que vinha do Osasuna e o outro mais desconhecido ainda que vinha do Standard de Liége, do obscuro campeonato belga.
É tudo um problema de coerência e de honestidade intelectual. Mas, enfim, ainda há gente que acha que criticar tudo e todos é que deve ser o caminho. Esses são os que nunca deram nada ao Benfica, os que nunca se lembraram de nada de positivo, os que nunca serão capazes de discorrer uma ideia sem acusarem, difamarem, destruírem, achincalharem.
Mas ao contrário de outros clubes, a esses o Benfica não persegue, não ataca, não agride, não dispensa. É verdade, não dispensa. Porque todos os benfiquistas, mesmo aqueles que vivem de dizer mal são Benfica, têm direito à sua opinião.
É essa opinião que de 4 em 4 anos é sufragada nas urnas, como a democracia exige. E por muito que lhes custe, por muito que achem que a sua opinião é válida, ela tem sido derrotada esmagadoramente pelos benfiquistas. A realidade é esta: a maioria dos benfiquistas acha que a gestão desportiva e financeira do Benfica é muito boa. É um problema, a Democracia...

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ser líder


É bem mais fácil criticar do que construir. É bem mais fácil ser demagogo do que falar a verdade. É bem mais fácil o valer tudo para ganhar do que ser credível. O Benfica é tão grande que tem gente que pensa destas duas maneiras.
Daqui a pouco mais de um mês, o Benfica vai a eleições. É uma coisa normal num clube que já era democrático antes de haver democracia em Portugal. Neste momento ainda não há candidatos oficiais, mas um denominado Grupo da Luz, cujo rosto mais visível é Bruno Carvalho, candiato à Presidência do Benfica nas últimas eleições, há 3 anos, já anunciou um candidato para 5 de Setembro, depois de amanhã, e é crível que Luís Filipe Vieira seja de novo candidato.
Se, como tudo indica, Vieira for candidato, esta será a 3ª vez que se sujeitará ao sufrágio dos benfiquistas. Não é coisa pouca. Os opositores do actual Presidente do Benfica falam de um líder déspota e autocrático, que resolveu alterar os estatutos para se perpetuar no poder.
Na verdade, não deixa de ser irónico que um Presidente que devolveu a grandeza ao Benfica seja objecto de ataques soezes e baixos que ignoram qual era a situação do Benfica há 10 anos atrás. É o custo da democracia, sem a qual não há Benfica mas há apito dourado.
Tendo em conta as circunstâncias e o contexto, Luís Filipe Vieira é o melhor Presidente de sempre do Sport Lisboa e Benfica. Já o disse e repito, com Borges Coutinho e Maurício Vieira de Brito completa uma tríade de líderes que ficarão para a posteridade.
Fez tudo bem? Claro que não. Mas depois de erguer a obra e de ser inovador em muitas áreas, vidé Fundação Benfica e Benfica TV, resistiu a tudo delapidar em troca de uma aleatória e vã glória. O exemplo do Malága, e de outros dentro de portas, está aí para lhe dar razão.
O homem que se sujeita a ser insultado em AG´s, desmentindo aqueles que lhe chamam ditador, vai lutar nas urnas por um 4º mandato. Se a gratidão chegasse, Vieira já tinha ganho. Mas ele não espera gratidão, espera responsabilidade dos benfiquistas.
E aos benfiquistas, termino com uma reflexão desportiva: aqueles que diziam que o Benfica não tinha hipóteses na Liga dos Campeões no ano passado, viram a nossa equipa dar um banho de futebol ao actual campeão europeu e ser injusta e traiçoeiramente eliminada.
Este ano, aguentando todas as jóias no plantel, o sonho de uma nova conquista da Europa deve estar mais presente que nunca, numa altura em que na Liga interna lideramos e damos espectáculo (já para não falar nas modalidades). Em Outubro logo se vê...

Post - Scriptum: PARECE QUE DEPOIS DE JOÃO PARADA, O DENOMINADO GRUPO DA LUZ ESTÁ A PENSAR EM RUI RANGEL PARA CANDIDATO.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O papel de Moniz


A poucos dias de se saber se o Benfica terá um lateral-esquerdo de raiz e quem será o candidato que o Grupo da Luz vai tirar da cartola para as eleições de Outubro – qualquer nome que não seja o de Bagão Félix, Mira Amaral o Domingos Piedade significa uma 4ª escolha e um profundo fracasso na estratégia de disputar palmo a palmo os votos com Luís Filipe Vieira – uma coisa ficou a saber-se, desde já, vamos ter um novo “ponta de lança”.
Chama-se José Eduardo Moniz e foi Vieira quem o trouxe pela mão para assinar contrato. O nome tem selo de garantia e qualidade e promete fazer correr muita tinta. Para já a discrição é a palavra de ordem, porque os tempos não são para mostrar o jogo todo.
Certo, certo é que enquanto uns se entretêm em jogar à bisca lambida, Vieira garantiu já um às de trunfo, que irá, a seu tempo, dizer ao que vem. Aliás, o papel que estará reservado a Moniz neste processo eleitoral será um dos assuntos fortes da campanha.
O “Mr. Televisão” não será um actor secundário. Um lugar na administração da SAD, com a responsabilidade de gerir o dossiê dos direitos televisivos e de retirar todas as potencialidades das várias plataformas comunicacionais ao serviço do Benfica, maxime a Benfica TV, será, tudo o indica, o papel que lhe estará reservado.
Depois de ter sonhado com a cadeira do poder na Luz, Moniz deixou-se seduzir pelo projecto que Vieira tem para o Benfica do futuro. Enquanto Jorge Jesus espera pelo reforço do plantel, Vieira parece apostado em construir uma equipa dirigente de luxo. Em tempo de vacas magras, contratar um homem como Moniz que gosta de jogar com o melhor baralho, é uma jogada de mestre.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Duas ou três coisas (que ainda não foram ditas) sobre o "caso" Luisão


Depois de um empate que mantém a tradição de não ganhar na 1ª jornada do campeonato, o Benfica percebeu, ontem, que tem tudo para ganhar este campeonato, desde que não dê, como também é tradição, tiros nos pés.
O problema é que a pouco mais de 2 meses das eleições, os tiros nos pés são uma atracção irresistível para alguns benfiquistas. A esses, um conselho básico para as semanas que se avizinham: se um nosso adversário (ou inimigo) assumir uma opinião, a nossa obrigação é ter uma opinião oposta.
Acefalismo? Acriticismo? Não, inteligência. O “caso” Luisão foi paradigmático a este respeito. Quais virgens ofendidas, alguns dos nossos adversários (ou inimigos) vieram a terreiro lançar campanhas (ou cruzadas cobardes, como disse e bem Luís Filipe Vieira) contra o Benfica, o seu capitão de equipa e os seus dirigentes.
Infelizmente, alguns benfiquistas foram na onda e deixaram-se intoxicar. Felizmente, Vieira não anda a dormir e, embora não tenha ficado agradado com o episódio, defendeu como líder do clube um dos seus mais emblemáticos jogadores.
Era o que faltava que assim não fosse. Queriam que Vieira fizesse o jogo do nosso adversário (ou inimigo)? Queriam que fragilizasse o nosso capitão e em consequência toda a equipa? Aqueles que, no nosso seio, defendem o politicamente correcto, defendem que o Benfica devia ter censurado o comportamento do jogador, ou são pouco inteligentes (não é o caso de Bagão Félix, nem de Leonor Pinhão), ou nunca foram nem serão líderes na vida, ou são pura e simplesmente “infiltrados” ao serviço do nosso adversário.
Aos benfiquistas, sugiro esta reflexão: terá Vieira já falado em privado com Luisão, demonstrando-lhe todo o seu apoio, embora lhe pedindo mais cuidado daqui para a frente? É que os abutres espreitam e só a união nos pode levar ao título.

sábado, 18 de agosto de 2012

A idade dos génios!


Tinha decidido fazer este pequeno “break” de férias para escrever algumas coisas sobre o “caso” Luisão, depois de ter lido e ouvido nos últimos dias as mais delirantes interpretações sobre o episódio de Dusseldorf, com a agravante de algumas terem surgido da parte de pessoas que tenho por inteligentes, como Bagão Félix e Leonor Pinhão.
O problema é que neste intervalo surgiu o Benfica – Braga. O resultado vale o que vale, o problema é mais grave e mais profundo. Começo por dizer que o cérebro de Jorge Jesus deve ser imediatamente colocado ao serviço da ciência, quando o treinador do Benfica dele não precisar mais – o que se deseja daqui a muitos e muitos anos.

Já não bastava a delirante opção por Emerson quando todos viam a sua inépcia como lateral-esquerdo, com as consequências que todos sabemos. Agora o desvario recaiu sobre Melgarejo, um jovem com potencialidades atirado às feras.
Da interminável lista de potenciais laterais-esquerdos que surgiu diariamente nos jornais, nem um acabou na Luz, quando se via à distância a necessidade de colmatar aquela lacuna. Pelo contrário, Jesus resolveu virar as atenções para Salvio, quando o lugar já estava mais que preenchido, com opções no mínimo equivalentes. Dos milhões de Salvio, não sobrou nada para o lateral-esquerdo, Jorge Jesus? Vá lá a gente entender os génios!!!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Resposta ao Bruno Carvalho

O Bruno Carvalho, ex-candidato à Presidência do Sport Lisboa e Benfica, brindou-me com um texto no facebook (lá está...!!!) (ler aqui) a propósito de um outro texto que eu tinha escrito no meu blogue (e que pode ser aqui consultado).
Utilizando a técnica do Bruno Carvalho, vou rebater, ponto por ponto, as suas ideias:

1º A Benfica TV é um projecto inovador e pioneiro, que outros clubes tentam atabalhoadamente copiar. Costumo ver a Benfica TV e apesar de não concordar com algumas das coisas que são emitidas, parece-me um espaço de liberdade e, principalmente de benfiquismo, de benfiquistas para benfiquistas. O seu sucesso está na expansão do canal para outros espaços lusófonos;
2º A Benfica TV não está ao serviço de ninguém, apenas do Benfica e dos benfiquistas. O canal não é nenhum projecto político, nem de poder, pelo que, segundo uma linha editorial que apoio, não deverá nunca servir para por benfiquistas contra benfiquistas;
3º O voto electrónico é uma manifestação de modernidade. Quem tem dúvidas da legalidade dos actos, deve recorrer para os locais próprios. Aliás, que eu saiba, todos os candidatos têm direito a nomear delegados para acompanhar o acto eleitoral. Parece-me estranho quem tanto gosta do facebook para divulgar mensagens e depois contesta o voto electrónico. Se calhar o melhor era regressarmos ao tempo do voto por pombo correio;
4º Quem sou eu para contestar a estratégia de campanha do Presidente do Benfica. Quanto ao resto, já vi e ouvi bem pior em muitas das campanhas eleitorais que acompanhei;
5º Os estatutos do Benfica foram apresentados, debatidos e votados em Assembleia Geral (e, que eu saiba, não foi por voto electrónico!). A democracia é uma chatice!;

Nota Final: Tenho a certeza que o Grupo da Luz tem "pessoas de bem, que discutem com elevação, com democracia, discordando e concordando". O que me parece é que também há lá pessoas que não discutem com elevação. Mas, enfim, o Benfica é tão grande, tão grande, que tem de haver de tudo.

Um abraço Bruno.



segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Benfica, sem Witsel e/ou Gaitán, será sempre o Benfica


Esta pré-época tem sido atípica. A euforia que geralmente tomava conta dos adeptos, muito por culpa de uma comunicação social que exacerbava as nossas contratações e os nossos resultados, para estar arredia, desta vez.
É bom que assim seja. E, no entanto, os resultados parecem animadores, à excepção do 3-1 com o PSV. O jogo com o Real Madrid, apesar da goleada, serviu para manter a moral a níveis aceitáveis, mas, mesmo assim, não parece ter contagiado, por aí além, a malta.
Repito: é bom. O momento nacional não é para euforias, mas o momento do Benfica requer cautelas e caldos de galinha. Como disse o Presidente do Benfica a este blogue, "o mundo mudou, o mundo do futebol mudou e o modelo de negócio vai ter de mudar". Nada mais certo.
É por isso que quando se diz e escreve que o Benfica está mais atrasado do que os outros dois concorrentes porque tem mais indefinições no seu plantel, isso apenas ajuda a explicar que se está a fazer uma gestão cuidada, sensata e rigorosa.
Axel Witsel vai embora por 40 milhões? Abençoado negócio e abençoado comprador. Falta um lateral direito e mais um lateral esquerdo? Há-de vir gente com capacidade e competência para envergar a camisola do Benfica. E há uma equipa B pronta a socorrer a A quando isso for preciso.
Gaitán está de partida? Venham mais umas dezenas de milhões e estaremos reconhecidos ao argentino pelo seu génio. A questão, neste momento, passa por não ir atrás de quimeras e de ilusões voláteis como o vento. O Benfica e a sua solidez estão primeiro. Para que ao virar da primeira esquina não se tenha de acabar com o basquetebol ou que se tenha de vender ao desbarato para salvar a pele.  

sexta-feira, 27 de julho de 2012

As eleições no Benfica, Luís Filipe Vieira, o FB e o Grupo da Luz


A 3 meses das eleições, o Benfica começa a agitar-se. Um denominado "Grupo da Luz", de que se conhece apenas o rosto de Bruno Carvalho, ex-candidato à Presidência do Sport Lisboa e Benfica nas últimas eleições, então estrondosamente derrotado por Luís Filipe Vieira, promete avançar com um "candidato surpresa".
Nada que surpreenda os mais atentos e os mais bem informados. Bruno Carvalho, de quem sou amigo, cujas opiniões respeito, e em quem reconheço algumas boas qualidades de gestor, tem vindo nas últimas semanas a utilizar o facebook para atacar a gestão de Luís Filipe Vieira.
O problema é que o Benfica não "vive" nem se "discute" no facebook. O Benfica vive-se e discute-se nas Casas do Benfica espalhadas pelo País e pelo Mundo, vive-se e discute-se nos´orgãos sociais do Benfica, nos fóruns de benfiquistas, na Benfica TV.
O Benfica tem locais próprios para discutir os seus assuntos, em liberdade e democracia, como sempre o fez, desde os tempos de Cosme Damião. Daqui a até Outubro, o que se pede aos benfiquistas é que saibam exercer as suas divergências com grande sentido de responsabilidade, de maneira frontal mas civilizada.
O que se pede aos benfiquistas é que percebam que vivemos tempos difíceis, imprevisíveis e o futuro é incerto. Não queiramos meter mais incerteza dentro de casa e tudo aquilo que se construiu nestes últimos 10 anos não pode ser posto em causa em troca de ilusões e fantasias que estão sempre condenadas ao insucesso.
Como afirmou Luís Filipe Vieira em exclusivo a este blogue: "O Mundo mudou e esta indústria vai sofrer uma grande alteração, o que quer dizer que temos de mudar o nosso modelo de negócio e não o podemos fazer com demagogia. Vamos aguardar o que vem nos tempos mais próximos".

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O novo "ano zero"

Escrevi o texto abaixo em 23 de maio de 2011, num outro blog para o qual colaborei. Parece um texto datado, mas não é. Parece mais actual que nunca. Com eleições à porta, o início de época vai ser fundamental para Luís Filipe Vieira. Não que algum eventual adversário nas próximas eleições impeça o Presidente do Benfica de dormir tranquilo, mas porque Vieira já percebeu que vai iniciar um ciclo decisivo para a definição do seu reinado à frente do SL Benfica. Ou seja, será a partir de agora que os sócios do Benfica vão começar a consolidar as opiniões sobre a liderança de LFV. E, como em tudo, os portugueses são de extremos: Vieira pode vir a ser eleito o melhor Presidente de sempre do SL Benfica ou apenas mais um da galeria dos que se sentaram no cadeirão da Luz. Pode ser injusto? Certamente. Mas LFV sabe que a memória dos homens é curta e a dos adeptos muito mais.



O "ano zero" de Luís Filipe Vieira


Terminada a época desportiva é tempo de projectar a próxima época do Benfica. Para Luís Filipe Vieira, este é o seu "ano zero", aquele onde vai ter de se confrontar com uma verdadeira prova de fogo, depois de 10 anos de Benfica, 8 dos quais como Presidente.

Para Vieira chegou o momento da verdade. Não que não tenham existido épocas desportivas mais negras no passado, mas os benfiquistas pressentiam que Vieira tinha lançado mãos a uma obra hérculea, a de levantar o Benfica do chão depois dos tratos de polé de Vale e Azevedo.

A obra, cujo principal responsável é Vieira, aí está e deixou de poder ser utilizada como álibi para justificar os resultados desportivos. Acresce que, esta época foi má de mais. Os confrontos com o fc porto redundaram em derrotas humilhantes; a eliminação aos pés do Braga, na meia-final da Liga Europa é algo ainda inimaginável.

Vieira tem de recomeçar tudo de novo, com as eleições de Outubro de 2012 no horizonte. Começou bem, ao garantir Jesus para a próxima época e ao adoptar um discurso de auto-crítica e pacificador. Mas a divulgação dos nomes de Couceiro e, principalmente, Octávio Machado para um cargo que parece ser o de director-geral, não auguram nada de bom.

Vieira tem de se desmarcar rapidamente destes nomes, principalmente do de Octávio, cuja entrada na Luz já foi rejeitada em assembleia geral, no tempo de Artur Jorge. Octávio está ligada à pré-história do futebol português e os seus métodos não têm nada a ver com a cultura do Benfica.

A argúcia de Luís Filipe Vieira vai ser agora posta à prova. A forma como lidar com o "caso" Rui Costa; o nome que escolher para director-geral do futebol; ou a continuação de Coentrão (um jogador à volta do qual se tem de construir uma grande equipa) - vão marcar a época e a liderança de Luís Filipe Vieira.

O Presidente do Benfica já percebeu o erro histórico e estratégico cometido esta época com a insistência numa guerra de palavras com o fc porto. Ainda tem tempo e toda a margem de manobra para dar a volta por cima, mas não pode errar.

De uma forma mais ou menos detectável, as movimentações nos bastidores já vão agitando o universo benfiquista e Outubro de 2012 não vem longe.

terça-feira, 3 de julho de 2012

O nome que falta



Carlinhos Neves é um homem completamente desconhecido do futebol português (aqui um pouco do seu currículo). No entanto, ele é um dos mais conceituados preparadores físicos do mundo, sendo actualmente o responsável pela preparação física da Selecção do Brasil, o famoso escrete canarinho, que está a preparar os Jogos Olímpicos como ensaio para a Copa do Mundo de 2014, a disputar precisamente no Brasil.
Este homem tem por isso muito trabalho e muita responsabilidade à sua frente, mas não desdenharia um salto para o muito competitivo futebol europeu, o que lhe daria também um maior grau de visibilidade. Ontem, o Benfica iniciou uma época que se deseja de sucesso. E só será de sucesso de conseguir alcançar o título de campeão nacional. Para lá dos obstáculos arbitrais que nos impediram de, em momentos decisivos, chegar ao ceptro, foi mais uma vez evidente a quebra física que a equipa sofreu no último terço do campeonato.
É por isso que Carlinhos Neves caberia que nem uma luva na equipa técnica liderada por Jorge Jesus. É algo de impossível? No futebol não há impossíveis. Com ele, estou certo que o título de campeão ficaria bem mais perto.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Obrigado Lisboa!

Carlos Lisboa é um símbolo do Benfica. Como Eusébio ou Coluna. Foi durante muitos anos o “Eusébio” do basquetebol. Parece que ainda o estou a ver a levar um pavilhão da Luz ao rubro, a deitar por fora, naquelas loucas noites europeias de basquetebol.
O Benfica esmagava quem lhe aparecia pela frente, interna e externamente. Podia ter chegado bem mais longe, se o basquetebol tivesse a importância mediática e económica que tinha, por exemplo, em Espanha.Lisboa era o porta-estandarte dessa fabulosa equipa: Pedro Miguel, José Carlos Guimarães, Steve Rocha, Mike Plowden, Jean Jacques, Henrique Vieira – comandados por Tim Shea ou Mário Palma.
Quando deixou de jogar, ganhando tudo o que havia para ganhar, deixou um vazio que nunca mais ninguém colmatou, nem no Benfica, nem no basquetebol português. Regressou à Luz como dirigente e agora como treinador, para resgatar um título que tínhamos perdido no ano passado.
Carlos Lisboa tem o talento, o carisma, a competência e a mística dos ganhadores. É um líder nato. Só quem nunca o viu jogar pode agora tentar manchar uma personalidade enérgica, vibrante, impulsiva, mas sempre dentro dos limites da dignidade.
O genial triplista estará sempre na primeira linha dos maiores fenómenos desportivos que este país já gerou. E orgulhamo-nos de ter como referência alguém que foi um atleta de excepcionais aptidões e é um treinador com a auréola dos campeões. Obrigado Lisboa!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O Benfica e “A Bola”

Nos últimos dias, o presidente do fcporto, destravado pela conquista de um campeonato através de um sistema “dejá vu”, lançou mais umas atoardas para o ar, que fizeram as delícias dos tablóides do burgo.

A primeira teve como alvo o jornal “A Bola”; a segunda teve como alvo o próprio Benfica. No primeiro caso, colocou a “A Bola” sob a suspeição de ter sido parte de uma estratégia comunicacional gizada no interior do clube da Luz; no segundo, acusou o Benfica de ser o “clube do fascismo” (sic).

É claro que a história e a História o desmente ponto por ponto, mas não deixa de ser irónica este duplo ataque contra duas das instituições que mais lutaram, cada uma com as suas armas, contra o Estado Novo e a ditadura.

“A Bola”, aliás, foi fundada por Cândido de Oliveira, um homem que foi preso político no Tarrafal, e sempre utilizou as suas páginas para passar mensagens codificadas para denunciar o Estado Novo.

Lembro-me, por exemplo, da célebre manchete que dava conta da ida de Joaquim Agostinho para participar na Volta à França, em bicicleta: “É tempo de emalar a touxa” – uma frase de uma canção de Zeca Afonso.

No Benfica, a tradição democrática vem de longe, de muito longe, como diria o José Mário Branco, porque mesmo antes do 25 de abril de 74 havia eleições democráticas, que persistem até hoje.

A génese democrática faz parte da fundação, da tradição e da história do Benfica e do jornal “A Bola”, e só isso bastaria para ter um enorme respeito pelas duas. É claro que para o presidente do fcporto tudo isto é estranho e incompreensível. E, por isso, será sempre um defensor da iliteracia.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Um por todos

O Presidente do Benfica vai dar uma entrevista à televisão. Como a especulação é livre, um faço a minha: vai anunciar a recandidatura à liderança do Benfica. Se assim for, faz bem. Como fez bem em deixar assentar a poeira levantada em volta das últimas entrevistas protagonizadas por altos responsáveis do Benfica.
O tempo não é de limpar armas, nem contar espingardas. O tempo é de unir e não de dividir. Só um Benfica unido pode levantar-se e aparecer mais forte na próxima época. Como só Luís Filipe Vieira pode garantir um novo mandato com garantias reais de sucesso.
Vieira pode, lá no fundo, ambicionar concorrência, mas os benfiquistas, lá no fundo, sabem que ninguém está à altura do desafio. Um desafio que obriga a um conhecimento profundo dos dossiers (como o dos direitos televisivos), a um alto grau de experiência, e a uma liderança forte e incontestada.
Aqueles que quiseram acicatar o Presidente do Benfica com críticas às suas ausências ou ao seu silêncio, perceberam que o Benfica não é gerido de fora para dentro, nem por pressões, nem insinuações, nem acusações.
Vieira tem os seus "timings". A bela exibição do Benfica em Setúbal é bem o quadro em que o Benfica do futuro se deve rever: esforço, sacríficio, luta, talento, competência, amizade e solidariedade. Os jogadores do Benfica mostraram no Bonfim que existe tudo isso no balneário. E é essa imagem que é preciso tornar permanente.
O balanço desta época futebolística foi o que foi. As causas do insucesso na liga estão apontadas e escalpelizadas. O que não podemos é olhar para a árvore e não ver a floresta. Há quanto tempo o Benfica não lutava até ao fim em todos os escalões jovens (e em iniciados já somos campeões)? Há quanto tempo não estávamos em óptimas condições para vencer em três modalidades: basquetebol, hóquei em patins e futsal? O resto, meus amigos, são cantigas...

terça-feira, 8 de maio de 2012

Uma questão de timing...

Na última semana, o Benfica lançou um violento ataque às arbitragens que marcaram negativamente este campeonato. Depois de Jesus, e de Carraça, foi a vez de João Gabriel. Compreendo-os bem. Se, como se diz, "quem não se sente não é filho de boa gente", então o Benfica deve gritar bem alto a sua indignação.
Nunca fui adepto de silêncios tácticos, calculistas ou cúmplices. Acho que quando se tem de falar deve-se fazê-lo no momento e na altura certa. O Benfica muitas vezes esquece isso. Por estratégia, por táctica ou... por esquecimento.
Não faço avaliações definitivas de situações ou estratégias que não conheço. Mas sempre me pareceu claro que o Benfica devia ter agido e não, como agora está a fazer, a reagir. Ou seja, devia ter jogado por antecipação.
Admito que o jogo de Guimarães, logo após o jogo da Champions em S. Petersburgo, contra o Zenit, tenha corrido mal e causado mossas internas, até porque se tratava da primeira derrota. Acho que neste jogo ninguém errou. Foi uma derrota, é certo; houve um penálti sobre Rodrigo, é certo, mas as atenuantes eram muitas: jogo da Champions, viagem longa, lesão de Rodrigo, resultado que marcou psicologicamente face à sua evolução.
O que já me custa aceitar é que, aparentemente, ninguém tenha percebido o que aí vinha. O jogo de Coimbra é crucial. Ao não lançar, naquela altura, e sem dó nem piedade, um ataque aos árbitros, como o que agora está a fazer, o Benfica hipotecou o campeonato. A seguir foi Olhão, foi Porto na Luz, foi Sporting em Alvalade, até, vejam lá, Rio Ave, em Vila do Conde. Houve, sem dúvida, uma errada gestão do timing - quem cala, consente.
Há dois anos, depois da célebre golpada de Guimarães (outra vez Guimarães, não acham estranho), o Benfica não perdeu tempo e estancou a hemorragia. O problema é que a diferença era já muito grande e havia Roberto. Que, pelo menos, isto sirva de lição...

Post-Scriptum: Também me custa aceitar que o Benfica não tenha percebido o que vinha aí, quando o FCPorto lançou um ataque contra os ditos "bloqueios" do Benfica nas bolas paradas. Ao não ter respondido na mesma moeda, o Benfica deu "carta branca" ao árbitros para o prejudicarem. 

domingo, 6 de maio de 2012

Vieira em exclusivo, depois da vitória no futsal

Depois da vitória de hoje na Taça de Portugal em futsal, que também é um título mais para contabilizar pelo Presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, reagiu assim, em exclusivo ao "O Inferno da Luz": "Ainda vou ajudar o Benfica a ganhar muitos mais títulos". Os benfiquistas sabem que essa é uma verdade indesmentível!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Fica e fica bem...

A entrevista de Jorge Jesus hoje ao jornal "A Bola" tem a validade de uma renovação do contrato. É certo que ele tem mais um ano, mas quem diz o que ele disse - e disse-o muito bem - só pode ficar - e fica muito bem.
No futebol, como um dia disse Pimenta Machado, o que hoje é verdade amanhã é mentira. Contudo, uma coisa é certa: em Portugal, Jorge Jesus fechou todas as portas, apenas o Benfica será a sua casa. Estrangeiro? Pode ser, mas não acredito.
JJ não tem o perfil de emigrante, além do mais, como ele diz e bem, chegou ao topo e tem um ordenado que lhe permite viver desafogado até ao fim dos seus dias. Posto isto assim, a entrevista colocou um ponto final nas especulações e vem na altura certa. O mundo muda muito depressa e a volatibilidade das coisas é o nosso dia-a-dia, mas Jorge Jesus está para ficar. Ainda bem.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Tributo aos "heróis" 2011/2012

Os meus parabéns ao Fidélis – não se esqueçam da faixa para ele – e ao Benquerença. Um grande bem-haja ao Hugo Viana e ao Paulo Batista – eles merecem por são dignos intérpretes do futebol fantasia.

Um abraço do tamanho do mundo (não confundir com o abraço de urso) para o Ricardo Santos, essa anónima personalidade que um dia a justiça irá lembrar para a posteridade e elevar ao Olimpo do deuses. Não se sabe ainda se a justiça civil, a justiça dos homens ou a justiça divina, mas para o caso tanto faz.

Ah, e não esquecer de agraciar esses eloquentes símbolos da seriedade e da competência, que dão pelo nome de Carlos Xistra e Hugo Miguel. Tudo sem aspas, se faz favor, que o cinismo não é para aqui chamado, quanto mais a ironia.

E, por último, não esquecer esse bravo entre bravos, o senhor Vítor Pereira, não esse, o outro, a quem o país tanto deve e certamente surgirá em breve num qualquer púlpito a dizer de sua justiça. Obrigado a todos por honrarem um país que já a perdeu há muito – a honra.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A minha opinião, no link

Publiquei (ver link) http://www.noticias-do-futebol.com/content/jorge-jesus-porque-sim este texto no sítio "Notícias do Futebol". JJ ainda é parte da solução. Mas a sua margem de erro, a partir de agora, não é curta, é zero. Amanhã pode ser um bom dia para começar a preparar o futuro.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Parte da solução ou do problema?

A derrota de ontem à noite culminou um período de 2/3 meses da mais desastrosa gestão desportiva de que tenho memória no Benfica. E numa altura em que se entregou de mão beijada ao fcporto, a não ser que aconteça um golpe de teatro, um campeonato que tivemos seguro, uma questão deve ser já colocada: Jorge Jesus é parte da solução ou parte do problema?

A resposta não é fácil, não é pacífica, nem pode ser definitiva. Ela depende de muitos factores, desportivos e não só, mas é nela que deve ser encontrado o caminho do futuro sucesso desportivo do Benfica.

Os prós e contras da continuidade ou não de Jesus são equivalentes. A contabilização de um lado e do outro da balança terá de ser feita por quem está lá dentro, próximo da esfera restrita do treinador, e o voto de qualidade pertencerá por direito a Luís Filipe Vieira.

A braços com dossiers estruturais para resolver e onde se jogará o futuro a médio/longo prazo do Benfica, como o dos direitos televisivos, Vieira vê-se confrontado com a necessidade de desfocar as suas atenções para resolver um problema imediato: a questão JJ.

Ir pelo lado mais fácil pode ser sedutor para quem tem também de gerir uma próxima época desportiva cujo início colide com a realização de eleições no Sport Lisboa e Benfica. Mas o Presidente do Benfica sabe por experiência própria que o problema nem sempre está onde parece mais evidente.

A época não terminou. A Taça da Liga e a entrada directa na Champions são objectivos que devem ser atingidos. Os recursos humanos que foram colocados à disposição de Jesus, através de uma política de investimento desportivo ambiciosa e certeira, não podem ser desbaratados.

Jesus terá de fazer um mea culpa interno para voltar a ganhar a confiança de todos. Nem tudo está perdido quando se assumir onde se falhou. É esse “relatório e contas” de que Luís Filipe Vieira está à espera. Na sua elaboração, JJ joga o seu futuro. Espero que seja tão sagaz a escrevê-lo como o é tantas vezes no banco.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Do fundamentalismo



Portugal é um país estranho. Belo, sem grande conflitualidade social, de clima ameno. Um grande país para se viver. O problema, já dizia o outro, são as pessoas. Não que os portugueses sejam cidadãos de segunda, mas porque a nossa congénita inveja (ai os Lusíadas) faz de nós um povo assaltado por sentimentos mesquinhos.
Gostamos da intriga, da hipocrisia, de morder pela calada. Temos receio de dar a cara, de emitir opiniões, preferimos a ambiguidade. Convivemos mal com a frontalidade e a transparência, preferimos a dissimulação e a palmadinha nas costas.
Indignamo-nos com pouco e encolhemos os ombros face às maiores aleivosias. Há dias, devíamos todos ter corado de vergonha pelos ataques soezes que sofreu uma professora da Ericeira que brincou com os seus alunos, juntando a uma cançoneta infantil a expressão "Viva o Benfica". A escola foi apelidada de madrassa pelo erudito site do fc porto e a professora catalogada de taliban.
Há dias, um conhecido comentador desportivo, João Gobern, foi "apanhado" a festejar o 2º golo do Benfica durante o programa em que participa na RTP com Bruno Prata, enquanto este usava da palavra. Daí até aos insultos na blogosfera e no facebook foi um ápice.
Vivemos tempos conturbados, mas é por isso que pessoas como Joel Neto, um sportinguista que ironizou com brilhantismo sobre a "madrassa" da Ericeira escrevendo n´O Jogo que também educadoras do Sporting e do FC Porto podiam e deviam adicionar slognas clubísticos a outras cantigas, e como João Gobern, um benfiquista que não conheço pessoalmente mas ouço com regularidade no, provavelmente, melhor programa da rádio em Portugal, o Hotel Babilónia, me fazem continuar a ter esperança na natureza humana.
E claro, um grande bem-haja para a professora da Ericeira, cujo suposto "fundamentalismo" não meteu medo às suas crianças. Medo tenho eu dos fundamentalistas e talibans sem rosto, sem nome e sem opinião.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Mais cedo ou mais tarde, chegamos lá...

Ser pragmático é pensar que o Benfica pode ir a Londres vencer o Chelsea e ser apurado para as meias-finais da Liga dos Campeões. Ser realista é pensar que o Benfica não é inferior a este Chelsea e que a eliminatória ainda está em aberto.
Estas são as minhas opiniões. Mas elas não me fazem ignorar que o Benfica ainda tem um longo caminho a percorrer até recuperar o seu lugar no topo do futebol europeu. Os anos de Vale e Azevedo que quase destruíram o Benfica e os anos anteriores de direcções fracas, erráticas, desastrosas, com o epicentro máximo no mandato Manuel Damásio, deixaram sequelas graves e profundas, que demoram a curar.
O Benfica esteve muitos anos longe da ribalta europeia. Como esteve o Ajax e o Liverpool, para só citar dois dos casos mais flagrantes. E isso paga-se. Paga-se, como se viu ontem, de duas maneiras: inexperiência e falta de "peso político", ou seja, falta de força ao mais alto nível para obrigar os árbitros a terem respeito pelo clube.
A falta de experiência viu-se a olho nu no lance de golo do Chelsea. A falta de "peso político" na alta esfera do futebol europeu viu-se na não marcação de um penálti evidente por mão de Terry na grande área do Chelsea.
Temos, ainda, de ser objectivos: Emerson não pode ter lugar num equipa que tenha sustentadas intenções de atingir uma meia-final da Liga dos Campeões; e a Jardel faltam ainda alguns anos ao mais alto nível; como faltam a Gaitán, a Witsel ou a Nolito. E Rodrigo? Deixou de saber jogar à bola?
Dir-me-ão: é fácil agora dizer isto. Não é verdade. Isto são evidências de toda a gente. O Benfica tem condições, ainda, para eliminar o Chelsea, mas tem de continuar a ganhar músculo a este nível durante muitos anos seguidos. 
É por isso que estar na Champions de forma frequente e sustentada é decisivo. O Benfica vai chegar lá. Não tenho dúvidas. O Benfica pode estar a um pequeno passo (2/3 anos) de voltar a ganhar uma Liga dos Campeões.
Para isso, a actual direcção do Benfica, liderada por Luís Filipe Vieira, não se pode desviar um milímetro do caminho traçado pelo Presidente do Benfica, e que passa, em primeira mão, por dois vectores fundamentais: assegurar a continuidade de jogadores-chave, com a renovação dos contratos de Aimar, Luisão, Maxi, Cardozo (é claro que quem bater as cláusulas de rescisão pode sempre assegurar o jogador); garantir a entrada na equipa principal de cada vez mais jogadores portugueses oriundos da formação, de que são exemplos maiores Nélson Oliveira, Luís Martins e Mika.
A estratégia está montada e bem montada. O Benfica vai chegar lá. E, com um pouco de sorte (como teve o Chelsea, ontem na Luz), até pode já dar um passo decisivo nesta caminhada na actual edição da Champions. 

terça-feira, 27 de março de 2012

Tempo perdido

Acabo de assistir ao Dia Seguinte, na SIC Notícias. Não consigo perceber o alinhamento daquele programa. Na véspera do Benfica - Chelsea para os quartos-de-final da Liga dos Campeões (que já é hoje), mais de 80% do programa foi para escalpelizar os erros arbitrais dos jogos Olhanense - Benfica e Paços de Ferreira - fc porto.
Porra, o Benfica jogou na sexta-feira, há 3 dias, portanto, e toda a gente viu, toda a gente sabe, que o Benfica foi prejudicado - penálti sobre Cardozo, penálti sobre Javi, Aimar expulso mas não Maurício, nem Toy. Toda a gente viu, toda a gente sabe que o fc porto foi beneficiado em Paços de Ferreira.
Rui Gomes da Silva tem de responder às perguntas e esteve à altura, mas devia ter dito: "alto e pára o baile, vamos falar do jogo da Champions onde está o Benfica e não está o fc porto nem o sporting".
Os benfiquistas gostavam de ter ouvido Rui Gomes da Silva falar desse grande jogo, e gostavam de ver as caras de dor de corno de José Guilherme Aguiar e de Dias Ferreira. Assim, perdeu-se tempo com coisas já gastas e perdeu-se uma boa ocasião para promover mais o jogo de logo à noite. Um jogo em que o Benfica tem tudo para fazer uma grande noite europeia. E era bem mais bonito e eficaz ter falado disso não era Rui?

quinta-feira, 22 de março de 2012

Notícias do bloqueio

“Notícias do bloqueio” é o título de um livro de 1982 do poeta nortenho Egito Gonçalves. Nem ele imaginava que o nome do seu livro pudesse tornasse numa palavra senha para tentar condicionar o resto do campeonato em prejuízo do Benfica e em benefício do fc porto.

Devo dizer que já me cansa este filme, tantas vezes repetido, sempre com os mesmos argumentistas, mas cujos guiões já cheiram a mofo. O pretexto foi o 2º golo do Benfica, na passada terça-feira, da autoria de Nolito.

Um golo tão claro como o azul do céu. Mas, à falta de melhor guião o filme de série B tem como objectivo condicionar os árbitros até final do campeonato. Bloqueio no golo do Benfica? Imaginação não falta a estes artistas de circo.

O problema é que não me espantará nada se no jogo amanhã com o Olhanense, o árbitro não começar a interromper a marcação dos pontapés de canto ou os livres mesmo antes da bola partir.

Uma coisa é certa: os porta-vozes do regime azul e branco vão decorar este guião à letra e tentar levá-lo à cena na maioria das casas de espectáculo. Por isso é preciso estar muito atento e actuar em conformidade. Cá por mim, já sinalizei um, em artigo que publiquei no site “Notícias do Futebol”.

terça-feira, 20 de março de 2012

Um agradecimento, um registo e uma correcção

O artigo que escrevi no site "Notícias do Futebol" sobre os direitos televisivos foi recuperado por um dos mais relevantes blogues benfiquistas: "Blog do Manel". Agradeço ao Manuel Oliveira, a gentileza de ter partilhado no seu blogue a minha opinião.
Li com atenção todos os comentários ao meu artigo. Desde já, quero dizer uma coisa para que fique registado: recusar-me-ei sempre a atacar um benfiquista, por muito que discorde das suas opiniões; nunca serei crítico "ad hominem", porque isso enfraquece-nos e fortalece os nossos adversários/inimigos.
Aceito quem pense o contrário. Comigo, é assim: leio as críticas e, às vezes, acusações a raiar o insulto mas não me desvio um milímetro do meu percurso: ataques a benfiquistas, comigo nunca!.
Quanto ao resto: não retiro uma vírgula ao que escrevi sobre direitos televisivos. Mas estarei sempre disponível para, no futuro, reconhecer que errei, se for esse o caso.

Post- Scriptum: a um dos "comentadores", apenas uma correção: eu não sou do Novo Benfica. Eu sou do Benfica. Fui durante algum tempo colunista do blogue Novo Benfica, como o foram, nessa altura, o Júlio Machado Vaz, o Pedro Ribeiro, entre outros. Sou editor e único elemento do "O Inferno da Luz", desde sempre.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Os árbitros estrangeiros

Escrevi o meu segundo artigo para o site "Notícias do Futebol". Defendi a nomeação de árbitros estrangeiros para determinados jogos do futebol português. O jogo da passada sexta-feira entre Benfica e Porto era um dos que devia ter sido arbitrado por um juiz estrangeiro. Mais fiquei convencido disso depois de ter visto a arbitragem de Howard Webb no Benfica - Zenit.
Os árbitros estrangeiros são melhores que os portugueses? São. Os árbitros estrangeiros são imunes a pressões? Em Portugal, sim. Os árbitros estrangeiros não erram? Sim, erram. Os árbitros estrangeiros terminavam com o clima de suspeição? Sim, terminavam. Com árbitros estrangeiros a verdade desportiva estava melhor defendida? Sim, estava. Com árbitros estrangeiros os jogos de poder e de bastidores sofriam um grande abalo? Sim, sofriam.
E pronto, aos meus leitores aqui está a minha opinião. E, se a nomeação de árbitros estrangeiros for para a frente, prometo não criticar nenhum mesmo que ele erre em prejuízo do Sport Lisboa e Benfica.

quarta-feira, 7 de março de 2012

A história não acaba aqui, pois não Jorge?


E pronto, os quartos de final já cá cantam. Agora venha o Chelsea, como quer Jesus, ou o Napóles, ou Inter, Milão ou Marselha, Apoel ou Lyon, Bayern ou Basileia. Sou sincero: Real ou Barcelona, na final. Ontem, Jesus ouviu e leu as críticas ao jogo de sexta-feira. Fez bem. Ninguém é imune a críticas e quando elas são construtivas e apenas querem ajudar o Benfica a ser mais forte são sempre bem-vindas. Jorge Jesus, estou certo, compreendeu isso.
A abordagem ao jogo com o Zenit foi a mais correcta e as alterações que fez durante o jogo foram um sinal de que Jesus aprende com os erros e com as críticas. Acresce que o treinador do Benfica está a "crescer" na Liga dos Campeões. Não são só os jogadores jovens que crescem com os jogos e com jogos de maior dificuldade.
Também os treinadores são cada vez mais completos quanto mais jogos de alta dificuldade as suas equipas são obrigadas a enfrentar. Jorge Jesus pode ser um "catedrático do futebol", pode ser um "mestre da táctica", mas ninguém nasce ensinado.
Ontem, Jesus mostrou que é um treinador inteligente e cada vez mais competente e completo. Nélson Oliveira pode dar-se por feliz por ter caído nas mãos de um "fazedor" de grandes jogadores. E Jesus sabe que são os jogos da Champions que lhe podem dar cada vez mais competências - do futebol interno sabe ele para dar e vender.
Até na conferência de imprensa Jesus foi ontem um mestre. Deixou de lado o ar carregado e mostrou bonomia contagiante. É de um Jesus assim que queremos sempre, dentro e fora do campo. E a história não acaba aqui, pois não Jorge?

segunda-feira, 5 de março de 2012

A culpa não pode morrer solteira (Proença "casa" com Jesus)

A ressaca acaba hoje porque amanhã é dia de Liga dos Campeões. Já agora, com quem vai jogar o porto? Ah, foi eliminado? Pelo Zenit e pelo Apoel? Bom, passemos à frente. Ou melhor, deixem-me dizer também algumas coisas sobre o Benfica - porto, de sexta-feira.
Mais uma vez a soberba atacou Jorge Jesus. Não podemos fazer de conta que a culpa morreu solteira, porque há culpados por estarmos, agora, a 3 pontos do porto. Falei no plural, porque há jogadores que não estiveram à altura das exigências, mas o dedo acusador tem de ser dirigido a Jorge Jesus, porque é o treinador, porque é o máximo responsável, porque teve esta época tudo o que pediu, porque só tinha de gerir 5 pontos de avanço ao entrar para o último terço do campeonato e fez tudo mal.
Atenção: Jorge Jesus é, na minha opinião, um bom treinador e um treinador que deve continuar na Luz, mas não está imune às críticas nem aos erros. Comecemos pelo fim: antes de se atirar, legitimamente e com toda a razão do mundo, a Pedro Proença, Jesus devia ter feito um "mea culpa", devia ter dito: "eu sou o culpado", "eu errei". Não há ninguém que lhe diga para assumir os erros quando eles são evidentes para toda a gente? Toda a gente erra e só ele é que não erra?
Pois bem, aqui vão os erros de Jorge Jesus: 1 - Fez como Koeman, apostou tudo na Liga dos Campeões e desvalorizou a Liga; ou seja, desvalorizou os jogos em Guimarães e em Coimbra, com a Académica, pensando que o título estava no bolso; 2 - O ano passado apostou até à exaustão em Roberto, este ano é em Emerson. A primeira teimosia custou-nos o campeonato do ano passado, esta segunda espero que não custe o deste ano; 3 - Será que Luís Martins (para já não falar de Capdevilla) não é capaz de fazer melhor que Emerson?; 4 - Qual a intenção de depois de meses de silêncio, se ter lembrado de começar a lançar farpas ao porto, como aquela de dizer que com Lucho e Janko o porto não tinha melhorado?
Há mais, mas fiquemos por aqui. Jorge Jesus está numa altura crucial da sua carreira. Tem experiência e competência suficiente para dar a volta por cima, mas tem de começar por corrigir erros crónicos de comunicação e de planeamento de época.
Pedro Proença foi aquilo que se sabia que ia ser: um árbitro internacional, com experiência, e por isso capaz de fazer o "trabalho sujo" sem sujar as mãos. Foi o que aconteceu. Proença não errou no 3º golo do porto, o fiscal de linha é que foi o culpado (um clássico do futebol português), mas toda a arbitragem foi no sentido de condicionar e amarrar o jogo do Benfica. Foi uma arbitragem armadilhada. O Benfica devia saber que ia ser assim e devia ter actuado em antecipação e não tipo "casa roubada, trancas na porta". Agora não vale a pena chorar sobre leite derramado. É eliminar amanhã o Zenit e confiar que ainda tudo está em aberto na Liga. O resto deve ser resolvido dentro de casa, ok?

sexta-feira, 2 de março de 2012

11 razões para uma vitória



O jogo de hoje culminará com uma vitória do Benfica pelas seguintes razões objectivas: 1 - Temos melhores jogadores; 2 - Temos melhor plantel; 3 - Temos um técnico mais competente, mais experiente e mais motivador; 4 - Jogamos no nosso estádio; 5 - Vamos ter o apoio de mais de 60 mil benfiquistas; 6 - Temos uma estrutura forte; 7 - Temos jogado com grande intensidade; 8 - Temos um futebol ofensivo de grande qualidade; 9 - Temos um finalizador nato, Cardozo; 10 - Temos o melhor jogador do campeonato, Aimar; 11 - Temos um puro génio em potência, Rodrigo.
Temos tudo isto e mais, como deixei bem claro no artigo que escrevi para o site "Notícias do Futebol" e que podem consultar aqui.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Queda, não! Quebra, sim!

A poucos dias daquele que já se apelida de jogo do título - o Benfica - FC Porto de sexta-feira -, é urgente fazer uma análise sobre os últimos resultados negativos obtidos pelo Benfica. O jornal "A Bola" chamou-lhe "a queda". Julgo que exagerou. A derrota em Guimarães e o empate em Coimbra não consubstanciam uma "queda" mas sim uma "quebra".
O que terá originado essa "quebra"? As opiniões são muitas e variadas. Vou dar a minha. Depois de uma primeira volta fortissima, a que se juntou uma impecável fase de grupos da Liga dos Campeões, o Benfica sentiu necessidade de abrandar.
Jorge Jesus, ao contrário do que querem fazer querer, não planeou mal a época; nem se agite o fantasma das equipas de Jesus começarem a quebrar no último terço do campeonato em virtude da elevada exigência que o técnico impõe desde o princípio - isso é um "mito urbano".
O abrandamento dá-se no "timing" correcto: segunda metade de Fevereiro, antes ainda de entrar na recta final da época. Acontece que Jorge Jesus não contou com diversas peripécias que prejudicaram este planeamento.
A primeira, o problema físico de Rodrigo, um alvo a abater por Bruno Alves; a segunda, a lesão de Javi Garcia, o pêndulo da equipa; a terceira, duas arbitragens claramente tendenciosas e que com um Benfica limitado e mais vulnerável puderam levar a água ao moinho.
Posto isto: Jesus é completamente inocente? Nada disso. O técnico foi, no limite, imprevidente. Com a sua experiência, sabia ou devia saber, que o Guimarães iria tentar fazer o jogo da sua vida; assim como a Académica, orientada por um "comissãrio" do Dragão.
É, por isso, que se deve ter uma dúvida razoável sobre a forma como Jorge Jesus preparou estes dois últimos jogos. Ninguém é infalível, Jesus também não. Seja como for, nada que coloque em causa a época. Por estes dias, o Benfica está calmo e tranquilo, sabe da competência do seu técnico e dos seus jogadores; sabe da força de uma estrutura que tem no Presidente Luís Filipe Vieira o mentor de uma estratégia ganhadora.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Uma questão de feitio...




Paulo Bento tem mais um problema para gerir: a convocação de Bruno Alves para o próximo europeu, que arranca dentro de poucos meses. Não é um problema menor. A entrada completamente assassina às pernas de Rodrigo que o ex-defesa do fcp, actualmente no Zenit, protagonizou ontem no jogo da Liga dos Campeões, não está a ser interpretada como um lance qualquer, pelo contrário.
Apesar da "água na fervura" que Jorge Jesus tentou colocar no final do jogo, a atitude do ex-portista foi vista como contendo indícios de premeditação, com o Benfica - FCP em pano de fundo. O presidente do Benfica, aliás, ficou "em brasa" e os comentários na viagem de regresso não foram meigos para Bruno Alves.
Sabendo como a selecção precisa do apoio da esmagadora maioria dos portugueses, este episódio pode vir a estragar a lua-de-mel com a equipa das quinas. Cabe a Paulo Bento decidir. A maneira como Bruno Alves será recebido na Luz para o jogo da 2ª volta pode ajudar na decisão.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Exclusivo: Jornalista russo fala sobre o Zenit-Benfica

Nota do editor: Grigory Telingater é um jornalista russo, do jornal diário "Sport-Express", que segue regularmente o Zenit de São Petersburgo. Em exclusivo para o "O Inferno da Luz", Telingater dá a sua opinião sobre quem vai substituir o português Danny, afastado da competição durante vários meses devido a lesão. E não tem dúvidas sobre quem será o eleito. À atenção de Jorge Jesus.

Faizulin no lugar de DannyDanny é o principal jogador do Zenit (acredito que regressa sem sequelas). Ele dirige a maioria dos ataques da equipa, pelo que a sua perda significa muitos problemas para o clube de São Petersburgo. Mas as dificuldades para alguém são sempre vantagens para outros. Eu não falo apenas do Benfica, que não chora muito por Danny. Eu falo sobretudo de Faizulin. É um jogador que esperava a sua chance há muito tempo. Faizulin é um dos mais talentosos jogadores do Zenit. Ele tem 25 anos, mas foi sempre uma esperança adiada. Mas os adeptos do Zenit continuam a ter muita esperança em Faizulin. E é muito provável que seja ele a substituir Danny na partida de amanhã contra o Benfica.
Grigory Telingater
 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

(ainda) a entrevista de Luís Filipe Vieira à RTP

A entrevista de Luís Filipe Vieira à RTP serviu, basicamente, para anunciar a renovação de Pablo Aimar, que seria oficializada poucas horas depois. No entanto, olhar para esta entrevista apenas sob este ângulo, seria redutor e injusto.
O Presidente do Benfica preparou muito bem esta entrevista. Nada lhe saiu ao acaso ou ao sabor de algum impulso do momento. Esteve sereno e cordial, mesmo quando as perguntas eram mais incómodas. Não hesitou em afirmar que o FCP teve mérito em ganhar o último campeonato, apesar do "charivari" que fez após a arbitragem do Guimarães - Benfica, ainda estávamos no primeiro terço da liga.
Isto foi assim porque Vieira sabe que é hoje um presidente tão incontestado como Pinto da Costa. Ainda a alguns meses do acto eleitoral, não se vislumbra quem lhe possa fazer frente. Mesmo que o Benfica perdesse o campeonato (cruzes canhoto! vade retro Satanás!), Luís Filipe Vieira seria sempre o vencedor das próximas eleições.
Isto porque nunca descansou, nunca se distraiu, nunca fez amanhã o que podia fazer hoje. Luís Filipe Vieira sabe bem como se constroem as coisas. Por isso, nunca começou nenhuma casa pelo telhado. Abriu, primeiro, as fundações e só depois começou a erguer o edifício.
No Benfica, fez a obra invisível - pagou as dívidas e recuperou a credibilidade para o clube; e fez a obra visível - o estádio e todas as outras infra-estruturas. Com as fundações seguras e o edifício estável, agarrou no futebol e nas modalidades para ganhar. O que já fez fala por si, mas o futuro ainda será mais radioso - a posteridade está aí ao virar da esquina.

Post-Scriptum: A negociação dos direitos televisivos vao precisar do melhor Luís Filipe Vieira. Na referida entrevista, foi inteligente ao atirar a pressão para o lado de Joaquim Oliveira, quando disse que é este que tem de avaliar quanto a sua empresa perde se ficar sem os jogos do Benfica. Vieira disse ter um número na cabeça e uma alternativa, a Benfica TV. O futuro do Benfica passa muito pelo sucesso desta decisão. E Vieira sabe-o como ninguém.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...