quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Nélson Oliveira e Mika no topo do mundo

Nélson Oliveira e Mika são dois jogadores com futuro assegurado no futebol português. As suas prestações no Mundial de sub-20 não deixaram margem para dúvidas, e a sua inclusão no plantel sénior vai ser gradual, mas sólida, pois a médio – prazo afiguram-se como titulares e referências do clube.

Nélson Oliveira, o melhor jogador dos sub-20, foi recentemente considerado pelo jornal italiano “Gazzetta dello Sport” como um jogador de elevadíssimo potencial, com capacidades para num futuro próximo alcançar uma dimensão semelhante à de Cristiano Ronaldo. Depois de emprestado ao Paços de Ferreira, este ano Nélson vai por certo entrar na equipa profissional muitas vezes, até se fixar como titular. Não tenho dúvidas disso.
Também Mika tem motivos para sorrir. A forma como não sofreu golos em cinco jogos da fase final do Mundial prova que está habituado a lidar com a pressão, e nem a sua juventude o deve impedir de guardar a baliza do Benfica por diversas vezes. Na Taça da Liga, ou mesmo na Taça de Portugal, o jovem internacional – talvez já um dos melhores guarda-redes nacionais – vai poder tomar o pulso a uma baliza encarnada que será sua a médio – prazo.

Ambos os jogadores são, também, certezas da selecção nacional. Uma selecção que carece de guarda-redes e de pontas – de – lança, com o Benfica a contribuir para o preenchimento dessa carência, com um trabalho ao nível da formação que é considerado de referência. Seja como for, as jovens jóias da coroa são sempre as mais ansiadas. No entanto, a Direcção encarnada, atenta, saberá como proteger as suas pérolas. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Benfica contribui para êxito da selecção sub-20

Em jeito de caricatura, poder-se-ia dizer que a selecção nacional de sub-20 é o reflexo do país: jogo à defesa, muita contenção e, no meio da aflição, lá conseguimos marcar um golo de bola parada, ou de grande penalidade discutível. É a imagem do verdadeiro português especialista em viver na “corda – bamba”.
Mais a sério, esta selecção é um produto da visão realista do seu treinador. Ilídio Vale não construiu uma equipa de estrutura megalómana: reconheceu o sector defensivo como seu ponto forte, e fez desse atributo a principal “lança” com que vai derrotando os seus adversários. Gostando-se ou não do estilo, certo é que o técnico português nunca viveu na ilusão.
Na equipa, há muito produto das escolas de formação encarnada. Desde logo dois nomeados para o troféu de melhor jogador da competição: Danilo Pereira e Nélson Oliveira. Se o primeiro, médio-defensivo, já foi vendido ao Parma, o segundo tem presença garantida no plantel de Jorge Jesus, sendo inclusive a alternativa mais viável a Óscar Cardozo.

Em termos de rendimento, Nélson Oliveira tem, sozinho, sido um mestre na forma como lidera o processo ofensivo, lendo bem os processos de lançamento longo, e desmarcando-se com muita inteligência. Desacompanhado, tem movido montanhas, ele que conseguiu disfarçar a ausência de Saná(médio – ofensivo), por lesão, dupla que tanto êxito teve nas camadas jovens do Benfica ao longo dos anos.  As suas exibições têm, inclusive, motivado o interesse de clubes europeus, mas da Luz já veio a garantia que não vai sair esta temporada.
Em grande destaque tem estado também Mika. Apesar do estilo pouco convencional – não é o típico guarda-redes elegante – tem confirmado apetência para jogar ao mais alto nível, não acusando a pressão das grandes competições. Resta saber se é, ou não,prejudicial para o seu futuro  estar um ano sem jogar, na sombra de Artur Moraes e Eduardo. Certo é que tem maturidade suficiente para se ver como titular da selecção “A” a médio – longo prazo.

Decisão inteligente é a de manter Luís Martins no plantel sénior. De facto, o jovem lateral foi um “oásis” no meio da desordem que pautou a equipa de sub-19 da temporada passada: na Colômbia tem estado muito atento na defesa, e também astuto nas subidas pelo flanco, fazendo frente de forma destemida aos extremos que lhe apareceram pelo frente, mesmo aos argentinos, jogo onde foi dos melhores em campo.
Seja como for, o campeonato do mundo de sub-20 tem sido um bom “viveiro de talentos”. Destaque para algumas revelações, casos das sólidas selecções do Egipto ou da Coreia do Sul ou mesmo da Nigéria que, anarquia táctica à parte, tem um bom lote de jogadores. Oportunidade de negócio proveitosas não faltam. Basta estar atento
No seguimento, tomei a liberdade de construir o meu “onze ideal” do Campeonato do Mundo de Sub-20.

1-      Mika(S.L.Benfica/Portugal)

2-      Hugo Mallo(Celta de Vigo/Espanha)

3-      Nuno Reis(Cercle Brugge(emprestado pelo Sporting)/Portugal)

4-      Gonzalez Pirez(River Plate/Argentina)

5-      Lucas Tagliafico(Banfield/Argentina)

6-      Clement Grenier(Lyon, França)

7-      Oriol Romeo(Chelsea/Espanha)

8-      Luis Muriel(Udinese/Colômbia)

9-      Henrique(São Paulo / Brasil)

10-   Philippe Coutinho(Inter de Milão / Brasil)

11-   Antoine Griezmann(Real Sociedad/França)

Assinado: Gil Nunes
Ex - Membro do Departamento de Prospecção do S. L. Benfica
Colunista "Academia de Talentos"

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O que é a CMVM papá?

A CMVM, para quem não saiba a Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários, assim uma espécie de polícia da bolsa, resolveu pedir explicações ao Benfica sobre o negócio Roberto. Não satisfeita com as explicações resolveu pedir mais explicações.
Há instituições em Portugal que face à actividade de regulação que exercem deviam ter mais recato, mais rigor e mais independência. A CMVM é uma dessas instituições. Mas, também aqui, o bichinho mediático pega-se.
E no caso Roberto, a CMVM resolveu mostrar ao país que existia, não fosse dar-se o caso de algum português médio não saber o que é a CMVM. Pronto: os 15 minutos de fama já foram conseguidos - e, para isso, o Benfica é sempre o melhor pretexto.
Ok CMVM, agora passada a euforia mediática, vamos por os pés na terra. O Benfica vendeu Roberto e fez com ela uma mais-valia - um excelente negócio de Luís Filipe Vieira. O Benfica comunicou o negócio à CMVM. A CMVM, pelos vistos, não colocou nenhuma dúvida sobre o negócio. O negócio concretizou-se. O presidente do Saragoça, clube comprador, disse como foi arranjado o dinheiro para comprar o Roberto.
Com o país de boca aberta, alguns comentadores encartados e incomodados resolveram ironizar. E, zás, a CMVM fez um comunicadozinho para agradar aos irónicos.
Pronto: acabou a novela. A CMVM pode voltar ao seu recato. A vida continua. Já repararam nas vezes em que escrevi CMVM? Porra, que não se repita...
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