quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sorteio acaba com poder do Homem-Sombra



O que é que André Gralha e Olegário Benquerença têm em comum?
São ambos árbitros e foram nomeados para jogos do fim-de-semana passado onde participaram dois clubes com sede em Lisboa, Benfica e Sporting.
Para além disso, tudo o resto (o que se sabe, obviamente) são diferenças.
O primeiro, Gralha, tem 34 anos; Benquerença, 40.
O primeiro pertence à AF Santarém; o segundo à de AF Leiria.
O primeiro é um ilustre desconhecido, que começou a apitar em 1994; o segundo é uma “estrela”, árbitro internacional, árbitro FIFA, único árbitro português presente no Mundial da África do Sul e, qual cereja em cima do bolo, já foi homenageado pela AF Porto, a mais “poderosa” do país.
Ora, aqui chegados, e utilizando critérios de avaliação já em desuso mas aos quais lamentamos ter de recorrer por não conhecermos outros – Experiência, Mérito e Competência – era suposto; era, digamos, absolutamente definitivo, que Gralha fosse menos capaz que Benquerença; estivesse menos habilitado para cumprir as funções básicas da arbitragem: rigor, imparcialidade, conhecimento das leis do jogo, e – principalmente – ser imune a pressões, antes e durante os jogos.
O que vimos, porém, foi o contrário. André Gralha cometeu um erro grave, com influência no resultado, ao invalidar um golo ao Olhanense, contra o Sporting; Olegário Benquerença cometeu 4 (4!) erros graves, com influência directa no resultado – 2 fora-de-jogo assinalados ao Benfica e de golo iminente (o segundo resultou mesmo em golo), e 2 grandes penalidades não assinaladas e cuja evidência torna desnecessária qualquer argumentação.
Posto isto: que diferença faz termos um sistema de nomeação de árbitros, em que, supostamente, quem nomeia deve escolher os melhores, segundo critérios que vão desde a experiência ao bom senso, para os jogos mais importantes; ou um sistema de sorteio em que todos os árbitros de 1ª categoria estão habilitados para arbitrar qualquer jogo?
Que diferença faz ter André Gralha ou Olegário Benquerença?
Com uma vantagem: retirava-se o poder a quem nomeia (e Vítor Pereira já mostrou não ser merecedor desse poder) e evitavam-se os jogos de bastidores para escolha dos árbitros. Porque não, então, o regresso ao sorteio? Pior não ficava…

Post-Scriptum: Se isto não é assim, porque é que Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga (ilustrado na foto que publicamos, como o Homem-Sombra, não sai da sombra e explica os critérios de nomeação e se pronuncia sobre a torrente de erros e de cartões a prejudicar o Benfica?

4 comentários:

  1. só concordo com o sorteio se for condicionado: Jorge Sousa não pode apitar jogos do Benfica e do Porto porque irá sempre errar a favor do último!

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  2. No ano passado deu entrevistas, saiu a público e outras merdas.

    Este ano, já não pia!

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  3. Duas ideias:

    1- trazer árbitros russos par os jogos do Benfica;
    2- convencer as equipas adversárias a não comparecerem

    sem isto, asseguro-vos, eu, o futuro do vosso clube enegrecerá.

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  4. É por isso que o futebol é fantástico!! As pessoas ligadas à arbitragem são as mesmas, os árbitros quase os mesmos, falta o Lucílio que deu uma taça ao Benfica, portanto, fico confuso com este choradinho.

    Diga-me uma coisa, este Benquerença não é o mesmo que o ano passado não viu uma agressão vergonhosa do Luisão a um jogador do Nacional, ou melhor viu e deu amarelo???? e que nesse jogo marcou um penalty inexistente a favor do benfica sobre o Aimar????

    Tenha vergonha!

    Quando isto mudar, o sr. vai estar calado como o ano passado.

    Esta falta de coerência só o diminui intelectualmente, isto é apenas futebol, não precisa de se associar aos tristes e lamentáveis comunicados que em nada prestigiam quem os produziu.

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