quinta-feira, 29 de abril de 2010

É o amigo de Mourinho


Face à actual máquina de jogar futebol que é o Benfica, qualquer árbitro serve para o jogo de Domingo. Vítor Pereira nomeou o amigo de Mourinho. O tal que em 2004 não viu a bola rematada por Petit entrar na baliza de Baía. Espera que agora Olegário esteja na posse de todas as suas faculdades.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Amanhã logo se vê


Quem vai arbitrar no Dragão? A resposta é conhecida amanhã. Esta escolha tem suplantado nas conversas de café e de tertúlia televisiva o “caso” Falcao, ou o “caso” Jesualdo ou mesmo a dúvida sobre a utilização ou não de Cardozo.
Percebe-se. O Benfica tem perdido os campeonatos no Dragão. Não por jogar pior, não por ter equipa menos competitiva, mas pela influência directa das arbitragens. Foi assim o ano passado, quando uma grande penalidade inventada a 15 minutos do fim, por simulação de Lisandro, fez com o fc porto empate um jogo que o Benfica dominou durante 90 minutos.
A vitória teria colocado o Benfica bem à frente do campeonato e possivelmente teria arrecadado o título. O árbitro: Pedro Proença.
Em 2006,o Benfica de Fernando Santos veio ao Dragão fazer sofrer o fc porto. Depois de estar a perder por 2-0, chegou ao empate. Quando, já nos descontos, o fc porto fez o 3-2, num lance precedido de lançamento lateral irregular. O árbitro: Lucílio Batista.
Como se vê, Benfica e fc porto têm que se preocupar com a nomeação do árbitro para o jogo de domingo. O Benfica porque tem sido sistematicamente penalizado no Dragão. O fc porto porque sem as ajudas da arbitragem não teria ganho os jogos referidos.
A minha aposta vai para Pedro Proença.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Emoções a dobrar

Benfica - 5; Olhanense - 0 (28ª Jornada). O título está à distância de um clique, um ponto, uma vírgula, um grão de areia. É muito? É pouco? As emoções não são mensuráveis, nem quantificáveis. A ordem de grandeza da emoção de cada benfiquista, quando o pequeno ponto cair para o nosso lado, será certamente da dimensão do nosso clube: o maior do Mundo.
E então, as emoções dos milhões e milhões de benfiquistas espalhados pelos 4 cantos do Mundo inundarão Lisboa e Porto, Coimbra e Faro, Newark e Lausanne, Beja e Toronto, Paris e Genebra, Cidade do Luxemburgo e Luanda, Maputo e Cidade da Praia, Joanesburgo e Fall River.
Um ponto apenas para o Mundo benfiquista entrar em ebulição. Uma ebulição que se sente nos corações prontos a explodir quando Cardozo marcou 3 à Olhanense, essa espécie de Porto B, pronta para vir atirar às pernas dos nossos artistas.
A lição estava encomendada, mas Delson foi ingénuo de mais. Depois, a classe de Aimar e Di Maria, mais o killer instinct de Cardozo fizeram o resto. E para hoje sobrou ainda a euforia de sermos campeões europeus em futsal (Benfica - 3; Interviú de Madrid - 2). O Pavilhão Atlântico foi uma amostra da festa que se prepara para a Luz, daqui a 15 dias.
Foto: Francisco Seco (AP/Photo)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O carregador de piano

As grandes equipas são feitas de diversos tipos de jogadores: os génios, as vedetas, os goleadores. E jogadores com diferentes perfis e mentalidades: os introvertidos, os extrovertidos, os carismáticos, os ensimesmados, os refilões, os amuados.
No Benfica, existem todos estes tipos e perfis, que Jorge Jesus tem gerido com paciência, mão de ferro e mestria. Mas existe apenas um que tem um tipo de perfil raro: Ruben Amorim. O ex-belenenses é benfiquista a sério desde pequenino; é um carregador de piano; é polivalente; é profissional de mão cheia; é recatado e discreto.
Nos dois últimos jogos, foi ele que abriu e fechou o campeonato. Na Luz, contra o Sporting, com o jogo meio encravado, rompeu pelo seu flanco, entrou na área, centrou para Di Maria, que colocou em Cardozo: 1-0 para o Benfica. Em Coimbra, fez o 1-3, com um pontapé certeiro a passe de Di Maria, que evitou o 2-2.
Ruben Amorim não é carismático, não é génio, nem é vedeta. Mas talvez seja a ele que o Benfica deve um resto de campeonato que é quase um passeio. O Jornal "O Benfica" dá-lhe amanhã um destaque mais que merecido. Talvez que depois do título de campeão, o prémio fosse a chamada à Selecção, e ficaríamos mais fortes para o Mundial. E mais civilizados.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O senhor 250 mil euros

Académica - 2; Benfica - 3 (27ª jornada da Liga). Weldon chegou ao Benfica não como ilustre desconhecido, mas como uma espécie de “patinho feio”, para fazer número, num grupo recheado de vedetas, nomeadamente na frente de ataque.
Acresce que os benfiquistas lembravam-se bem dele, depois daquela noite miserável, no Restelo, fez gato sapato da nossa defesa e marcou um golão. Tudo servia para que a sua contratação fosse olhada de soslaio e com desdém.
A sua única vantagem era ter sido indicado por Jorge Jesus, então a ganhar já estatuto intocável na Luz. As primeiras páginas de jornais não falavam, no entanto, dos seus golos nem da sua velocidade (um “pique” único no futebol português, como não se cansava de dizer Jesus), mas do seu baixo custo: 250 mil euros – até este facto serviu para lhe diminuir as capacidades.
Weldon não se deixou abater. No primeiro jogo do campeonato, com a euforia já a tomar de assalto a racionalidade dos benfiquistas, Weldon foi o salvador do Benfica (e de Jesus?), quando o escândalo parecia abater-se sobre a Luz, com o Benfica a escassos minutos do fim a perder com o Marítimo de Carvalhal.
Depois, Weldon eclipsou-se, numa demonstração do carácter de Jesus, para quem não há filhos nem enteados, mas só profissionais. Reapareceu em grande no jornada 25ª, contra a Naval, na Figueira da Foz, para resolver mais um jogo que ameaçava tornar-se outro escândalo.
A perder 2-0, foi o brasileiro que colocou o Benfica outra vez na rota do título, com 2 golos. Lesionou-se e não foi a Liverpool (e se fosse?). Regressou ontem, em Coimbra, para carimbar mais 2 golos, e fechar talvez de vez as contas do campeonato. Saravá meu amigo Weldon!
Foto: Paulo Duarte (AP/Photo)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Cuidado, ele é perigoso


Óscar Cardozo é um caso singular neste Benfica. Transferido do Newell´s Old Boys´, da Argentina, para o Benfica em 2007/2008, por mais de 10 milhões de euros, tornou-se no jogador mais caro da história do nosso clube.
Na primeira época, com Camacho, marcou 13 golos, mais 3 na Liga dos Campeões; em 2008/2009, com Quique Flores, numa época em que foi completamente ostracizado pelo treinador, com quem se começou a incompatibilizar logo no início, marcou, ainda, assim, 17 golos no campeonato. Em ambos os casos foi o 2º melhor marcador do campeonato e o 1º do Benfica, em duas épocas miseráveis onde não fomos além do 3º lugar.
Esta época, num sistema de jogo ideal para as suas características e com um treinador que confia nas suas potencialidades e percebe a sua maneira de estar, Cardozo já vai em 21 golos só no campeonato, sendo ainda o melhor marcador da Liga Europa, com 9 golos.
Praticamente assente que estará no Mundial de 2010 a representar a Selecção do Paraguai, Cardozo é um caso único de empatia com os sócios, os adeptos e o Terceiro Anel. Poucos, na Luz, se podem gabar de ter uma canção a si dedicada pelos adeptos.
Pude ouvi-la gritada a plenos pulmões pelos benfiquistas que lotavam o metro no final do Benfica – Liverpool, da Liga Europa, perante o olhar estupefacto dos adeptos do Liverpool: “Cuidado! Ele é perigoso! Ele é o Óscar Tacuara Cardozo”.
Domingo, em Coimbra, num jogo que será mais uma final, Cardozo pode estar ou não, devido à entrada violenta que sofreu de um defesa do Sporting, dentro da área, no último jogo da Luz – uma grande penalidade contra o Sporting a que o árbitro fechou os olhos.
Se não estiver, alguém (Kardec, por exemplo), irá substituí-lo a grande altura, estou certo. Mas se não estiver, o que mais me irá doer é se tal ausência pode prejudicá-lo naquilo que mais merece – ser o melhor marcador do campeonato. Todos esperamos que não!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Bom, o Mau e o Vilão


Benfica - 2; sporting - 0 (26ª Jornada da Liga). O Bom – uma segunda parte arrasadora, que deixou o Sporting atarantado e sem capacidade de resposta. Um Pablo Aimar ao seu melhor nível, que controlou o jogo e dinamitou a defesa dos “verdes”. Uma equipa do Benfica que não acusou a pressão e a responsabilidade e destroçou um conjunto sem pressão, sem ansiedade, sem qualquer responsabilidade.
26 pontos de vantagem sobre o velho rival e o mais que logo se verá. Um Benfica concentrado, solidário, eficaz e, a espaços, brilhante. Um Inferno da Luz à espera das grandes noites europeias – vibrante, eufórico, generoso no apoio incondicional aos seus/nossos heróis. Assim, vale a pena ir ao futebol!

O Mau – um Sporting a fazer o jogo da sua vida e, por isso, a raiar a violência. Um árbitro permissivo para com as entradas de João Moutinho, João Pereira, Miguel Veloso e Daniel Carriço.

O Vilão – Costinha, que também é cego e surdo. Só não é mudo porque ainda há pés de microfone no jornalismo português. Costinha é quem manda falar e calar. Carvalhal, coitado, não merecia tal tratamento. Será que é a isto que chamam o “modelo à Porto”? Foto: Armando França (AP Photo).

terça-feira, 13 de abril de 2010

Força rapazes !


Hoje à noite joga-se mais do que um derby. Joga-se aquele que ficou designado para a posteridade como o “derby eterno”. Joga-se um jogo único, entre as duas equipas que ostentam as cores da bandeira nacional.
No caso do Sporting, joga-se a honra, sempre saudada como se de um campeonato se tratasse, de derrotar o Benfica. Com uma diferença abissal de 23 pontos a separar os velhos rivais, os de Alvalade jogam a “vida ou morte”.
Ficar a 26 pontos (e sabe-se lá a quantos mais no final?!) ou derrotar o Benfica, na Luz, e tornar vertiginosas as próximas jornadas, para o Sporting, a opção é “tudo ou nada”. Darão a vida, e mais que fosse, para vencer.
O Benfica joga com a pressão contra um Sporting sem ansiedade. Mas joga também muito mais que um título. Joga, desde logo, a hipótese de ganhar 2 títulos numa época, algo que há quase 2 décadas não conseguia.
Joga a sua reabilitação total como clube mundial. Joga o acordar definitivo do “monstro”. Joga em busca da vitória para a entregar aos adeptos e sócios, como pediu Vieira. Joga o ser Benfica, a mística, a alma, a nossa fé.
Hoje à noite, na Luz, joga-se muito mais que um jogo. Para o Sporting será um “derby eterno”, mais um. Para o Benfica, o início de um ciclo de grandeza, mais um, que nunca deveria ter sofrido nenhum interregno.
Hoje à noite, joga o regresso do Benfica à hegemonia prolongada do futebol português. Força rapazes!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Em holandês nos entendemos


O árbitro holandês foi amigo do jogador holandês do Liverpool, Kuyt, no primeiro golo ilegal dos reds em Anfield, frente ao Benfica, para os quartos final da Liga Europa. Jorge Jesus podia ter previsto tudo, mas não previu este entendimento entre compatriotas que veio do pequeno país dos diques.
Como gostam de dizer: Deus fez o mundo e os holandeses a Holanda – podemos nós dizer: Jesus fez a estratégia que não rebentou o dique holandês. E até um brasileiro, Júlio César, resolveu meter água, talvez traumatizado com o que se passa no Rio de Janeiro.
Holandeses à parte, a vitória do Liverpool começou na Luz, na semana passada, quando um árbitro não-holandês, resolveu fazer vista grossa a mais duas grande penalidades contra os reds. E assim se fez uma eliminação. Quem vai ter de pagar as favas, quem vai? O Sporting, claro, na terça-feira, na Luz. Foto: Tim Hales (AP/Photo)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Um nas pernas, outro na cabeça

Benfica – 4; Naval – 2 (25ª jornada da Liga). 24 horas passadas sobre mais uma vitória para a Liga, contra a Naval, o que fica ainda na memória de quem a ela assistiu foi a força anímica de uma equipa que mesmo a perder por 2-0, e com um intenso jogo contra o Liverpool ainda nas pernas e outro contra o mesmo Liverpool, na próxima 5ª, já na cabeça, foi capaz de fazer uma “remontada”, como dizem os espanhóis, fantástica.
Assisti ao jogo a muitos quilómetros de distância e a viagem não me permitiu escrever este post mais cedo, por isso, não me alongo em considerações sobre o jogo, que já foi muito esmiuçado.
Registo apenas que para Liverpool, Jorge Jesus pode e deve contar com Weldon – cuja velocidade e poder físico podem ser uma arma forte de contra-ataque – e com Éder Luís, que seria uma surpresa, mas cuja capacidade técnica, poder de drible e velocidade poderiam fazer mossa no último reduto dos “reds”. A ver vamos…  Foto: Paulo Duarte (AP/Photo)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

2 + 2

Benfica – 2; Liverpool – 1 (1ª mão dos quartos de final da Liga Europa). Duas grandes penalidades assinaladas; duas grandes penalidades perdoadas. Cardozo, fosse o árbitro corajoso, e teria tido uma noite para mais tarde ser recordada em toda a Europa. O 7 não vacilou da marca do pénalti, e deu razão a Jorge Jesus, e desmentiu aqueles que dizem que o avançado paraguaio treme na marca máxima quando o resultado está por decidir.
Gostava de saber quem aguentava tal pressão, em jogo contra o Liverpool, e com quase 65 mil nas bancadas numa histeria alucinante? Tacuara não falhou, das duas vezes, e faz com que o Benfica entre em Anfield, na próxima 5ª feira, com uma vantagem – mínima, mas vantagem.
Agora, é esperar por uma noite igual à de 4 anos atrás, quando Simão e Miccoli calaram o inferno de Anfield e colocaram o Benfica nos quartos da Champions, garantindo um 0-2 que colocou a Europa de boca à banda. Estamos confiantes, porque com esta equipa, com este treinador, com este público, o céu é o limite. Tremam “reds devils”, a nossa paragem é em Hamburgo. Foto: Hugo Correia (Reuters)

Post - Scriptum: Foi a primeira vez que vi a águia Vitória falhar o seu voo, não conseguindo aterrar sobre o símbolo do Benfica. O que parecia agoiro foi só coincidência, mas aqui deixo a minha saudação ao grande Juan Bernabé, o que ele deve ter sofrido com o falhanço e com o dramatismo do jogo a seguir...
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