terça-feira, 30 de junho de 2009

À espera de Falcao

Depois da via espanhola, o Benfica virou-se para a via argentina. Em termos linguísticos, ficamos no castelhano. Em termos futebolísticos, espera-se, e estamos convencidos de que assim será, Saviola, Aimar e Schaffer, terão uma produção superior a Reyes e Balboa.
Certo é que a via sul-americana parece que veio para ficar na Luz. A esquadra argentina lidera, com os três já referidos mais Di Maria. Depois, Falcao, colombiano mas a jogar na Argentina. Aliás, este atacante do River Plate, tem um currículo de goleador impressionante. Em 5 épocas nos “milionários” de Buenos Aires, marcou 26 golos em 72 partidas e 9 golos em 17 jogos internacionais (Copa Sul-Americana e Taça dos Libertadores). Pode ser o companheiro ideal para Cardozo, também ele um sul-americano, tal como Maxi Pereira.
Ontem começou a nova temporada na Luz, com o Dia 1 de um caminho para o título. Aqui deixamos aquela que pode ser a equipa-base do futuro campeão nacional:
1 – em aberto; 2 – Maxi; 3 – Luisão; 4 – David Luiz; 5 – Schaffer; 6 – Ruben Amorim; 7 – Aimar; 8 – Ramires; 9 – Cardozo; 10 – Falcao; 11 – Saviola
Claro que ainda há Reyes, Di Maria, Nuno Gomes, Sidnei e Patric (o que pode ajudar a deslocar Maxi mais para o meio do terreno). Enfim, muitas opções para uma época exigente e que se quer de sucesso. Uma coisa parece evidente – o esquadrão sul-americano domina em pleno.

Post-Scriptum: qual é a equipa, portuguesa ou não, que se pode dar ao luxo de meter dois titulares na selecção brasileira (Luisão e Ramires), tida como a melhor do Mundo, e que acaba de ganhar a Taça das Confederações?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Bettencourt começa mal

Uma final de juniores em futebol, entre Sporting e Benfica, tem feito a abertura dos jornais televisivos. A razão não é desportiva, mas a violência que se gerou entre adeptos das duas equipas nas bancadas da Academia de Alcochete.
Após a refrega, que, felizmente, não descambou em algo de muito grave, cada um dos clubes envolvidos responsabilizou o outro pelos desacatos. Eis os factos. Vamos agora fazer uma reflexão séria sobre os acontecimentos.
O Sporting imputa culpas e responsabilidades a adeptos do Benfica que entraram tarde na Academia e logo criaram os desacatos. Visionando as imagens televisivas o que se vê, sem margem para quaisquer dúvidas são adeptos do Sporting, já instalados nas bancadas amovíveis, a lançarem pedras aos adeptos do Benfica que estavam a chegar ao recinto do jogo.
Mas onde eu verdadeiramente quero chegar é a este ponto: como pode o organizador do jogo, o Sporting, sacudir a água do capote? Desde logo, uma questão: é admissível que o Sporting tenha marcado este jogo, cuja lotação há dias estava esgotada, para um sítio sem condições de albergar tanta gente, ao ponto de terem montado bancadas amovíveis? Estava o Sporting convencido de que nessas precárias condições de segurança tinha mais hipóteses de “pressionar” o trio de arbitragem para retirar dividendos menos lícitos? Porque é que ao contrário do que fez o Benfica, que marcou o seu jogo com o FC Porto para a Luz e não para o Seixal, o Sporting não marcou este para Alvalade?
É claro que o Sporting não vai responder a estas perguntas, desde logo porque nenhum “jornalista” foi capaz de as fazer a qualquer responsável sportinguista. Mas não fica bem a um clube que acaba de eleger uma nova direcção apostar já num diferendo com o Benfica.
É que também é estranho que o novel presidente leonino, José Eduardo Bettencourt, esteja já a ensaiar uma singular forma de liderança, qual seja a de mergulhar no meio dos adeptos, em fase de tumulto, certamente para melhor os conhecer e com eles melhor dialogar.
Começa mal o Sporting esta nova fase da sua liderança, até porque o estilo populista não calha bem no perfil de Bettencourt. Esperamos que o novo líder leonino não se tenha sentido “apertado” depois das responsáveis e bem-educadas palavras que o Presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, lhe dirigiu em recente entrevista televisiva, quando referiu não ter dúvidas de que seria um parceiro na luta pela verdade desportiva.
Convinha que José Eduardo Bettencourt clarificasse a sua posição e dissesse ao que vem. Para que desfaça a má impressão destas últimas horas.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ganhar e ganhar

Bagão Félix, António-Pedro Vasconcelos (A-PV), Manuel Damásio e Rui Rangel têm algo em comum – em declarações recentes elogiaram a gestão de Luís Filipe Vieira no Benfica. Agora estão todos igualmente do mesmo lado, mas na crítica a Luís Filipe Vieira. O que mudou, entretanto?
Tenho de Bagão Félix a imagem de um homem sério e cordato, benfiquista de alma e coração. Conheço pessoalmente A-PV, por quem tenho estima e muita consideração. Considero Manuel Damásio um dos maiores, senão o maior, erro do Benfica. Rui Rangel nada me diz, para além de saber que é colunista no “Correio da Manhã”.
Confesso que não percebo o que une estes homens, para além do seu benfiquismo. Ambição de poder? Bagão já provou, e bem, o político; A-PV é amigo de Moniz; Damásio vive na ilusão do regresso; Rui Rangel terá as suas expectativas.
Em artigo ontem publicado no jornal PÚBLICO, A-PV faz o panegírico de José Eduardo Moniz, que, numa atitude de honestidade intelectual, refere ser seu amigo. Porém, comete um grosseiro erro ao considerar Vieira um presidente a prazo. Porquê a prazo?
A 3 de Julho, realizam-se as eleições no Sport Lisboa e Benfica. Concorrem Luís Filipe Vieira e Bruno Carvalho. O que ganhar não será nunca um presidente a prazo, na ideia de A-PV. Será sempre um presidente de mandato, que é de 3 anos.
O que A-PV não diz é que JE Moniz queria, presume-se, ser “nomeado” presidente. Sem ter de passar por essa chatice dos votos. A coragem supostamente demonstrada na conferência de imprensa onde “anunciou” a sua não candidatura, faltou-lhe para avançar de peito feito.
Pelo menos, de falta de coragem não se pode acusar a candidatura de Bruno Carvalho. Independentemente de outros méritos, permite o combate de ideias e projectos, essencial à democracia. E presta ao Benfica e a Luís Filipe Vieira um bom serviço.
Vieira, o presidente-candidato ou candidato-presidente, tem tudo o que Moniz, Bagão, A-PV, Rangel, Damásio não têm. Tem quase uma década de bons serviços prestados ao Sport Lisboa e Benfica.
Precisa, no entanto, destes pelo menos 3 anos para que a História o perpetue na galeria dos maiores, junto a Bogalho, Maurício Vieira de Brito, Borges Coutinho – as vitórias no futebol em doses consecutivas.
Vieira sabe disso. A memória dos homens é muitas vezes injusta. Se não ganhar, de nada valerá recordar tudo o resto, que foi muito e que foi muito importante e que foi decisivo para a sobrevivência do clube.
A partir de 3 de Julho, só resta ganhar. Vieira merece-o!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Gato escondido com rabo de fora

Luís Filipe Vieira desdobrou-se em entrevistas nestes últimos dias. Depois da SIC foi a vez do jornal “A Bola”. Com Moniz fora da corrida, Vieira, mesmo assim, não baixou a guarda. O director-geral da TVI foi o alvo de algumas revelações que o Presidente do Benfica achou por bem fazer.
Desde já, uma conclusão a tirar é que Luís Filipe Vieira não temia José Eduardo Moniz e, pelo contrário, estava suficientemente preparado para uma campanha que tinha todos os ingredientes para ficar histórica.
Do que se queixou Moniz – falta de tempo para preparar o “assalto ao poder” na Luz -, Vieira nunca se queixou. Aliás, como diz o povo, homem prevenido vale por dois. Nos últimos dias ficamos a saber que o Movimento de que Moniz era o porta-estandarte estava há muito organizado.
Só assim se compreende que Moniz não tenha ficado minimamente surpreendido quando Veiga lançou o seu nome e, posteriormente, fez questão de ser filmado à saída de uma reunião com o homem-forte da TVI – um erro estratégico que pode vir a sair caro a Moniz no futuro.
A estratégia estava montada. Vieira seria desgastado diariamente até Outubro. Com o clube em tal turbulência, não era crível que a equipa de futebol tivesse a tranquilidade necessária para iniciar o campeonato nas melhores condições.
Nada podia falhar. Moniz seria levado ao colo, com a ajuda de alguma comunicação social, até à liderança da mais importante instituição portuguesa. Ninguém, porém, esperava o rasgo de génio de Vieira, habituado a esquivar-se das facadas nas costas, de antecipar as eleições.
Ora, a conferência de imprensa de José Eduardo Moniz, onde anunciou a sua não candidatura (ninguém anuncia que não se candidata), foi menos para os benfiquistas e sim para aqueles que esperavam que a “galinha dos ovos de ouro” lhes caísse nas mãos – os grandes interesses económicos que ambicionam controlar os direitos televisivos do Benfica.
O tiro saiu-lhes pela culatra. Mas Luís Filipe Vieira sabe que ainda só ganhou uma batalha, embora importante. A “guerra” ainda não acabou. O Benfica é dos benfiquistas. Agora e sempre!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Habemus Jesus!

O alegado campeão das "gaffes" deu um show de confiança, segurança e nervos à prova de aço. O treinador empírico e intuitivo revelou, em reportagem da Sport TV, que é um treinador organizado, metódico, estudioso, com tudo o que fez em 19 anos de profissão registado em dossiers. O básico, primário e de português pouco elaborado, foi de uma acidez elegante quando fintou a casca de banana que um jornalista lhe quis colocar ao lembrar a sua passagem pelo Sporting como jogador: "Tinha 15, 16 anos, e você só referiu um dos 19 clubes onde joguei", respondeu.
O típico homem do futebol português foi de uma sagacidade notável ao fingir que não ouviu quando lhe perguntaram se se sentia fragilizado ao ser contratado por uma direcção demissionário e prestes a ir a votos.

O "nosso" Jorge Jesus ainda teve tempo para dar uma estocada fatal em Bernd Schuster, treinador do Real Madrid quando defrontou o Belenenses de Jesus: "Com a equipa dele tinha dado 3 de avanço e acabava aos 5".

Foi este homem, cujos olhos brilharam quando falou do pai, que o Benfica foi buscar para regressar a casa: ser campeão. Eu acredito em Jesus!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Uma entrevista histórica

Luís Filipe Vieira acaba de protagonizar na RTPN, no programa “Trio d´Ataque”, uma entrevista histórica e para a história do Benfica e do futebol português.
O Presidente do Benfica e candidato a um terceiro mandato consecutivo à frente da maior instituição portuguesa, abriu o livro e explicou porque o clube de Cosme Damião está hoje mais preparado que nunca para enfrentar os desafios futuros.
Os benfiquistas têm hoje um clube com as suas infra-estruturas desportivas completamente realizadas – quem em Portugal pode assumir o mesmo? Sem nunca chamar a si todo o mérito, numa demonstração de grandeza moral, antes sublinhando os importantes papéis de Manuel Vilarinho e Mário Dias, Vieira foi categórico: “A obra está aí, ninguém a pode negar”.
Rui Moreira, na sua pior prestação de sempre do programa, foi cilindrado por Luís Filipe Vieira, quando o comentador portista tentou desajeitadamente utilizar uma afirmação de Varandas Fernandes, putativo candidato, que endereçou a paternidade do estádio ao empresário Vítor Santos, o conhecido Bibi.
“Se calhar está à espera que Vítor Santos lhe financie a campanha”, atirou Vieira, e Rui Moreira emudeceu. Ou melhor, acrescentou duas piadas de mau gosto, como a de dizer que o Benfica é o clube do regime só porque António-Pedro Vasconcelos disse que a pressão de um presidente do Benfica era idêntica a de um primeiro-ministro.
Ao Rui Moreira cabe perguntar se o seu clube alguma vez teria a grandeza democrática para acolher na sua casa tais comentadores – um do Sporting, outro do FC Porto e um benfiquista desalinhado? Não lhe teria ficado nada mal se sublinhasse esse ponto…
A-PV foi elegante como sempre. Crítico da gestão desportiva de Vieira, permitiu ao Presidente do Benfica a estocada da noite: “É uma ofensa para mim e para a minha família ligarem-me a esse clube (FC Porto)”, disse, lembrando que A-PV referiu num anterior programa não ser Vieira um indefectível benfiquista por alegadamente ser sócio do FC Porto.
Vieira puxou dos seus galões de mais de 50 anos de sócio, contra os 10 de A-PV e disse que não tem nada a ver com o facto de existir uma ficha de sócio com o seu nome no dragão: “Rasgem-na, façam o que quiserem. Não sei quem paga as quotas, nem porque tal ficha existe”, sentenciou Vieira. A-PV emudeceu e mostrou-se vencido. Esta “estória” teve um definitivo ponto final.
Parafraseando Manuel Vilarinho, Luís Filipe Vieira tinha acabado de golear não por 9-1, mas por 10-0. Mas a brilhante exibição não se ficou por aqui. Defendeu e apoiou Rui Costa; penalizou-se pelo despedimento de Fernando Santos; garantiu o Benfica ecléctico e auto-suficiente, demarcando-se de Manuel Vilarinho; elogiou a postura de Quique Flores; confirmou Jorge Jesus e remeteu para o treinador a responsabilidade da frase: “vamos ser campeões” – evitando a acusação de populista.
Outros pontos altos tiveram a ver com José Veiga, que nunca foi a causa da antecipação das eleições. “Ele não é benfiquista, pelo que nunca poderá ser presidente do Benfica”. E colocou os pontos nos is, sobre a responsabilidade de cada um na conquista do título de 2004. “Quem contratou Simão, Petit, Nuno Gomes, Luisão”? A resposta é bem clara para os benfiquistas: Luís Filipe Vieira.
E, por fim, a questão do futebol: “É muito difícil Jesus falhar”, garantiu, acrescentando que todas as decisões do futebol são partilhadas e colegiais, enfatizando o papel de Rui Costa nesta matéria.
Quanto aos próximos dias, uma boa novidade: “Vamos contratar mais 2/3 jogadores para constituir uma equipa super-competitiva e destinada a alcançar o máximo”. A partir do dia 3 de Julho, o futuro é do Benfica.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Aposta certa



Diz o povo e com razão que mais vale cair em graça do que ser engraçado. Vem isto a propósito das loas que se cantam sobre a qualidade da formação do Sporting. Ora, este ano, o Benfica tem vindo a destacar-se nos diversos escalões de jovens: juniores, juvenis e iniciados.

Nesta última categoria, agora denominada de juniores C, acabamos de nos sagrar campeões nacionais; em juvenis (juniores B) estamos em segundo lugar, a 3 pontos do fcporto, que recebemos na próxima jornada no Centro de Estágio do Seixal, com tudo em aberto; e em juniores A, levamos 3 pontos de vantagem sobre o segundo, a 3 jornadas do fim. Melhor era impossível. Agora é aproveitar esta fornada fantástica de jovens jogadores e aperfeiçoá-los até chegarem à equipa principal. Parabéns à estrutura de formação do Benfica! Foto em www.slbenfica.pt

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Mira Amaral no lugar de Vilarinho

Manuel Vilarinho podia ficar na história do Benfica como o homem que venceu Vale e Azevedo e, assim, salvou o clube de continuar a caminhar para o abismo. Ficar recordado por este momento decisivo colocaria Vilarinho num lugar especial na galeria dos presidentes.

O actual presidente da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica resolveu deitar tudo a perder com um desempenho a raiar o absurdo na última segunda-feira à noite no programa “Prolongamento” da TVI 24.

Descontado o facto de Manuel Vilarinho possuir algumas idiossincracias que não lhe permitem tal exposição, o que se passou foi mau e foi grave. O voto de censura previsto para ser apresentado em Assembleia Geral tem o meu completo apoio. Vilarinho deve pagar publicamente pelo mal que fez ao Benfica e acabou por dar dois tiros nos pés e um na cabeça.

É apenas mais um triste exemplo de dirigentes do Benfica que não souberam comportar-se à altura das suas funções. E passa a ser, a partir de agora, mais um problema para Luís Filipe Vieira resolver.

O Presidente do Benfica sabe que tem muito a perder se integrar Manuel Vilarinho nas suas listas às eleições de dia 3 de Julho. Por isso, deve começar já a pensar em alguém que tenha a dignidade suficiente para ocupar um tal cargo.

Lanço daqui uma sugestão – gostaria de ver na Presidência da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica uma personalidade como o engº Luís Mira Amaral, ex-ministro e actual presidente do Banco Internacional de Crédito de Angola, em Portugal.

terça-feira, 9 de junho de 2009

A História observa-nos


3 de Julho, portanto. Mais vale cedo que tarde. As eleições no Benfica nunca foram actos meramente formais, nem obrigatórios estatutariamente, foram sempre momentos únicos de que o clube saiu mais forte e mais unido. Democrata na génese, o Benfica sempre viveu estes momentos com paixão e empenhamento.
Inquinar o início de uma época desportiva que pode ser decisiva para o futuro do clube com uma campanha que sempre eleva os níveis de décibeis de ruído era uma total irresponsabilidade. Agora, o actual Presidente do Sport Lisboa e Benfica, e naturalmente recandidato, tem uma pesada obrigação: devolver a esperança aos benfiquistas.
Luís Filipe Vieira sabe que os benfiquistas não têm a memória curta. A dívida de gratidão para com ele ainda não está completamente saldada. Mas também sabe que é preciso renovar, injectar sangue novo, reinventar comportamentos, acções, medidas, inovar.
O Presidente do Benfica não pode ignorar que essa nova esperança que ainda pode e deve protagonizar exige as mudanças que prometeu recentemente. E não deve ignorar que aqueles que ainda recentemente foram autistas e insistiram teimosamente em manter um rumo esgotado, sofreram pesada derrota.
Luís Filipe Vieira não quer ser mais um Presidente do Benfica. Tem (ainda) tudo para marcar positivamente uma época e deixar um legado respeitado e reconhecido. Mas a fronteira entre ser mais um e ficar para a História do Benfica é muito ténue e tudo se joga nos resultados desportivos.
A sua inteligência, argúcia e determinação são qualidades já demonstradas. Falta ver até que ponto às vezes o poder cria autismos que não nos deixam ver a realidade e levam a situações injustas e irrecuperáveis.

Post-Scriptum: Manuel Vilarinho, presidente da Assembleia Geral do Benfica, é um grande benfiquista, a quem o clube deve muito. Mas não devia ser sujeito a situações que o expõem ao ridículo e à chacota. Infelizmente não foi esse o caso ontem à noite na TVI 24.

domingo, 7 de junho de 2009

Destino: Ganhar

Campeões em basquetebol, 14 anos depois; vencedores da Taça de Portugal em futsal e na “pole position” para revalidar o título nacional; prestes a ser campeão nacional de juniores; em boa posição para fazer o mesmo em iniciados; e tudo em aberto em juvenis – o Benfica Global está pujante, vencedor e determinado em continuar a fazer do SLB o mais ecléctico, o mais popular, o mais genuíno clube português e o maior do Mundo em número de sócios.

É isto o Benfica – ganhar é o seu destino. Ganhar com coragem, determinação, ética, capacidade de luta e superação. A vitória poderia ter também ocorrido no andebol, não se desse o caso de termos disputado o jogo decisivo em condições impróprias para um desporto são e de verdade.

Nós disputamos jogos em pavilhões com condições dignas, como aconteceu no magnífico pavilhão de Ovar; já bem sabemos que outros precisam de criar as condições mais deploráveis, em “caixas de fósforos” para atingirem os seus objectivos.

Seja como for, o Benfica está aí – contra tudo e contra todos. Para ganhar e, assim, cumprir o seu destino. Foto em www.slbenfica.pt

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O nosso Álvaro

Álvaro Magalhães foi uma glória do Sport Lisboa e Benfica. Durante 9 anos foi o nosso lateral-esquerdo, tendo feito uma das asas esquerdas mais célebres de sempre do futebol português, com Fernando Chalana.
Esteve no Euro 84, em França, onde realizou, com Chalana, exibições esplendorosas, e no Mundial de 86, no México. Em ambas as competições foi sempre titular da Selecção em todos os jogos realizados.
Adjunto de Camacho, na sua primeira e notável época de Benfica, onde conquistou a Taça de Portugal ao FC Porto de Mourinho, foi depois adjunto de Trapattoni, em 2004/05, no último título de campeão.
Quatro vezes campeão nacional , outras quatro vencedor da Taça de Portugal e de uma Supertaça, Álvaro jogou ainda uma final da Taça dos Campeões Europeus, em 1988, contra o PSV Eindhoven e a final da Taça UEFA, contra o Anderlecht.
Com a camisola do Benfica disputou 263 jogos e marcou 9 golos. Este é o nosso Álvaro e não um qualquer franco-atirador que de comum só tem o primeiro nome.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Olha quem apareceu para jantar!!!

Um jantar de rotina entre os responsáveis máximos dos órgãos sociais do Benfica transformou-se em caso nacional. Segundo doutas especulações jornalísticas (ai a CMVM, ai, ai), Luís Filipe Vieira agendou o repasto com Manuel Vilarinho, presidente da Assembleia Geral, e Walter Marques, presidente do Conselho Fiscal, para os auscultar sobre uma possível antecipação das eleições, estatutariamente marcadas para Outubro.
A notícia do jantar, em hotel de Lisboa, correu célere e selectivamente, pelo que, mais do que estar a reflectir sobre o porquê do Benfica continuar a ser, infelizmente, um clube com paredes de vidro, é preciso perceber a quem interessa fomentar este tipo de espculações.
Ora, tratando-se de um encontro rotineiro entre os máximos responsáveis do Benfica, é natural que todos os assuntos sejam debatidos e discutidos. O que não é natural nem normal é que apenas jornais pertencentes a um grupo de comunicação social em "guerra aberta" com o Benfica tenham sido informados do mesmo, ao ponto de terem colocado fotógrafos à porta do hotel.
O raciocínio só pode ser um: passar a ideia de que Vieira quer eleições antecipadas, para evitar que homens como Veiga possam ter estatuto de elegível, é criar o cenário de um líder benfiquista acossado e fragilizado.
Independentemente da bondade ou não da ideia de antecipar eleições, o que a acontecer seria inédito no Benfica, a única coisa que estatutariamente está assente é que elas se realizarão em Outubro.
Seja como for, não foi Luís Filipe Vieira quem "inventou" as eleições em Outubro - foram os sócios do Benfica que assim o aprovaram estatutariamente. Querer colocar em cima do Presidente do Benfica o ónus de pretender gerir o "timing" eleitoral à medida das suas conveniências é uma forma encapotada de atirar areia para os olhos do benfiquistas.
Uma decisão deste tipo, a ocorrer, e não é crível que ocorra, passa pela decisão de Manuel Vilarinho, como Presidente da Assembleia Geral. Uma coisa é certa: quem teme agora não estar na posse de todas as premissas legais para ser eleito, devia ter pensado nisso há mais tempo. O Benfica é grande de mais para aceitar impulsos de última hora.
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