quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O TÍTULO EM 2009: BOM ANO PARA TODOS


O "O INFERNO DA LUZ" DESEJA A TODOS UM FELIZ ANO NOVO/2009. E A TODOS OS BENFIQUISTAS UM 2009 COM O TÍTULO DE CAMPEÃO. SIM, O TÍTULO!!!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Uma no cravo, outra na ferradura

Bem sei que em tempo de férias natalícias, as notícias são raras. O problema agrava-se nos jornais desportivos. Ora, jornal desportivo que se preze sem notícias do Benfica é igual a monte de papéis sem valor, desprezado nas prateleiras dos quiosques. Esse perigo, nenhum dos nossos diários da bola quer correr.
Até aqui, tudo bem. O que já não é normal (ou será? é inventarem-se notícias para vender papel nestas alturas de míngua de fontes. Das duas uma, ou a invenção é gratituita, estilo “atirar o barro à parede”, ou as fontes consultadas são tudo menos idóneas.
Ontem, o Record noticiava que Suazo não iria disputar o jogo com o FC Porto, no Dragão, a 8 de Fevereiro. Segundo o jornal, o jogador hondurenho será convocado para o jogo da sua selecção contra a Costa Rica, a 11 de Fevereiro. Ora, ainda segundo o mesmo jornal, como os regulamentos da FIFA obrigam o clube a disponibilizar os jogadores 5 dias antes da partida, Suazo estaria assim fora do clássico.
Hoje, a “A Bola” dá uma versão diferente. Afinal, Suazo joga no Dragão. O hondurenho apenas tem de estar disponível para o jogo da selecção 48 horas antes, o que lhe permite jogar contra o FC Porto.
Outro exemplo. Diz a “A Bola”, em notícia de capa: “Quique Flores quer um novo médio-centro”. Diz o “O Jogo”: “Águias não vão reforçar-se”. Para mentira, mas é verdade. E a questão mantém-se: quem está a mentir? quem está a falar verdade?.
Tudo isto parece de somenos, mas não é. E uma coisa é certa: se os leitores são prejudicados, o Benfica também o é…
Já agora, o “O INFERNO DA LUZ”, que também tem as suas fontes, arrisca dizer: Suazo joga contra o FC Porto; o Benfica está no mercado para tentar retocar o plantel.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Luís Garcia por Di Maria


A poucos dias de abrir o “mercado de Inverno”, o Benfica está nas bocas do Mundo. Como sempre, aliás. Do que vamos tratar não é sobre o castigo a Nuno Gomes, nem sobre a fraudulenta arbitragem protagonizada por Pedro Henriques, mas sim das mexidas que se adivinham no plantel do Benfica.
O “mercado de Inverno” promete. Rui Costa já afirmou que não pretende nenhuma “revolução”, mas acertos e retoques são quase obrigatórios. Desde logo, a questão dos laterais. Para atacar o que resta de primeira volta e toda a segunda, o Benfica precisa de reforços para as laterais, direita e esquerda.
O mercado brasileiro deve ser o escolhido, e a abertura para ceder Léo ao Fluminense ou ao Santos deve ter como contrapartida a contratação de um lateral-esquerdo, jovem e de provas dadas, para fazer companhia e concorrência a Jorge Ribeiro.
Depois, a ala direita. Só Maxi é curto. Também é preciso reforçar esta posição, sob pena de bater o infortúnio à porta e termos que remendar esta posição em altura crítica do campeonato. É melhor prevenir que remediar.
Quique já disse que não precisa de mais nenhum guarda-redes. E é verdade, não precisa. Com Moreira, Quim e Moretto, a posição está assegurada, … para a competição interna.
Passemos ao meio-campo. Aqui, era importante descobrir alguém que pudesse “fazer” de Pablo Aimar. Mais um nº 10 era preciso. Claro que um jogador com estas características não se encontra facilmente, não deve estar livre e o seu preço é sempre proibitivo. Três razões para parecer quase impossível contratar alguém que “pense” o jogo quando Aimar estiver indisponível. Carlos Martins é um jogador com outras características e também tem estado fisicamente inferiorizado.
Impossível? Talvez, se o nosso director desportivo não se chamasse Rui Costa. Assim, tudo é possível.
Mas a grande “troca” deste mercado de Inverno no Benfica deve ser a de Di Maria por Luís Garcia. O “delantero” do Espanhol de Barcelona está, de novo, no mercado. O clube espanhol está no 18º lugar da Liga espanhola, nos lugares de descida, e precisa de encaixar dinheiro.
É certo que Luís Garcia, que esteve nos planos do Benfica no início da temporada, é o melhor marcador da equipa, com 3 golos, mas não quererá cair na segunda divisão e tudo está a tentar para ser libertado.
O sucesso desta operação não pode ser separado do que suceder a Di Maria. O extremo argentino, jogador de selecção, é pretendido pelo Real Madrid, embora não possa ser utilizado na “Champions”.
Os “merengues” estão na disposição de pagar por ele 21 milhões de euros, dos quais 90% para o Benfica e 10% para a Gestifute, de Jorge Mendes. Com esta verba, o Benfica estava em condições de dispor de 9 milhões de euros para ir buscar Luís Garcia, um dos “pedidos” de Quique Flores.
Certo, certo é que Rui Costa vai ter um mês de Janeiro muito agitado, mesmo sem nenhuma "revolução" em curso, como todos desejamos.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

A revolta do Rui é a NOSSA revolta

Rui Costa deu voz à indignação dos benfiquistas. Fez bem. “Há limites para tudo”, disse a “A Bola”. Ninguém quer que o nosso director desportivo se torne um dirigente “arruaceiro”, como o próprio disse que não o será, em entrevista à Benfica TV.
Mas os benfiquistas também não querem que o silêncio sobre os prejuízos que a equipa sofre em campo por decisões erradas da arbitragem sejam entendidos como um sinal de que “quem cala consente”.
Não, definitivamente não. Desde o início da época que o Benfica tem sido perseguido pelas arbitragens. Não devemos ter medo das palavras. Em Vila do Conde, na 1ª jornada, foi escamoteado um penálti sobre Aimar, e desde aí tem sido um fartar vilanagem.
Rui Costa conhece bem os bastidores do futebol português. Sabe que, ao contrário de outros países e de outros campeonatos, em Portugal é importante não ficar encolhido quando as malfeitorias do “sistema” nos tocam à porta.
Habituados a ser subservientes ao poder, os “homens do apito” não percebem posturas mais civilizadas e mais cordatas. Rui Costa é um homem do futebol mundial. Trata por tu os grandes nomes dos relvados e dos gabinetes presidenciais.
Mas tem de perceber que Itália não é Portugal. Aqui, a civilização ainda tarda a chegar ao futebol português. Rui Costa quer mudar mentalidades. Ainda bem. O Benfica quer mudar mentalidades, quer um futebol mais transparente, mais sério, mais civilizado.
Isso não quer dizer que não perceba as regras do jogo. Em Portugal, as regras do jogo ainda são aquelas que vigoram há muitos anos, como se viu no final do jogo entre o FC Porto e o Marítimo. O túnel das Antas só mudou de nome, agora é túnel do Dragão, mas os métodos são os mesmos.
O Benfica tem de dizer presente nesta “guerra”. Queremos ser diferentes, mas não queremos passar por burros, nem coitadinhos. Enquanto o futebol português não for uma casa de gente séria, Rui Costa tem de dar a cara em defesa de um clube e de um grupo de trabalho que exige a denúncia de todas as malfeitorias, como a que se consumou na Luz, contra o Nacional.
Não calaremos a indignação e a revolta. As tréguas acabaram. Exigimos arbitragens justas, sérias, idóneas. Rui Costa foi a voz da indignação e da revolta dos benfiquistas. Gostamos de o ouvir. Que a voz nunca lhe doa.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Roubo na Catedral

Benfica - 0; Nacional - 0 - Em tempos idos, José Maria Pedroto chamava-lhes “roubos de Igreja”, expressão que ficou célebre, embora tenha servido mais para anatemizar o Benfica perante os adeptos portistas e começar a construir o “sistema” do que para manifestar legítima indignação perante qualquer erro arbitral.
Depois do que vi ontem à noite na Luz, lembrei-me da frase de Pedroto para, glosando-a, dizer que o que o árbitro Pedro Henriques fez ao anular um golo limpo ao Benfica não foi um “roubo de Igreja”, mas sim um “roubo na Catedral”.
Já nos descontos, com muita gente dentro da área, a bola andou ali aos trambolhões até tabelar no corpo de Miguel Vítor estendido no chão (penálti) e ressaltar para o pé de Cardozo, cujo pontapé fulminante levou a bola como uma bala para dentro da baliza do Nacional da Madeira. Golo limpo, golo anulado. Vá lá saber-se porquê…
Acreditar que um erro deste tamanho resulta de incompetência, de lapso involuntário, de falha humana por defeito de visão ou por qualquer outra lacuna, técnica ou física, é acreditar no Pai Natal.
Pedro Henriques tem boa imagem junto da opinião pública, e boa imprensa. Já o apelidaram de o árbitro mais “inglês” de Portugal, em virtude do critério amplo que utiliza ao ajuizar os lances. A carreira de militar deu-lhe a áurea de incorruptível e de não pressionável.
Tudo isto é verdade, mas ontem Pedro Henriques manchou a sua folha para sempre. Quero acreditar que ficou perturbado por isso e mesmo desnorteado. Sentiu o erro tremendo que tinha acabado de cometer.
Só isso explica que, segundo relatos públicos, tenha expulso Nuno Gomes depois do jogo acabar, por alegadas palavras menos próprias do avançado do Benfica. Pedro Henriques, nesse gesto, demonstrou a sua baixeza e a sua falta de carácter.
Nuno Gomes tem vindo a passar momentos difíceis na sua vida familiar, por causa da doença de seu pai. Apesar isso, não pediu dispensa para não jogar. Ontem, mesmo afectado, ajudou o Benfica, com a sua determinação, a sua coragem, o seu carácter. Tudo aquilo que Pedro Henriques não tem.
O que escrevi não invalida que o Benfica tenha feito uma má primeira parte. Onde foi notória a falta de um 10, dada a ausência de Aimar (no banco) e de Carlos Martins (lesionado). A segunda parte foi algo melhor, mas mesmo assim longe do que o Benfica pode e deve fazer.
Quique diz que não acredita no mercado de Inverno, mas vai ser preciso retocar o plantel, sem fazer “revoluções”, como muito bem disse Rui Costa. Fugiram dois pontos, mas vamos em primeiro. E candeia que vai à frente, alumia duas vezes. Foto: José Manuel Ribeiro (Reuters)
Ficha do jogo
12ª Jornada
Benfica - 0; Nacional da Madeira - 0
Estádio da Luz (Lisboa)
Árbitro: Pedro Henriques (Lisboa)
Benfica: Moreira; Maxi, Luisão, Sidnei e Jorge Ribeiro; Yebda, Katouranis, Ruben Amorim e Di Maria; Suazo e Cardozo.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Bom Natal: a prenda chega em Maio

"O INFERNO DA LUZ" DESEJA A TODOS OS BENFIQUISTAS UM BOM E FELIZ NATAL E QUE RECEBAM NO SAPATINHO A PRENDA MAIS DESEJADA: A FAIXA DE CAMPEÃO.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Aprendam a lição

José Augusto, a velha glória, “magriço”, protagonista de páginas de ouro do futebol português, no Benfica e na Selecção, colocou o dedo na ferida, como aqui se demonstra. Premonitoriamente, quase adivinhando o descalabro, disse ontem, antes do jogo com o Metalist para a Taça UEFA, que o discurso do treinador espanhol Quique Flores, ao dizer que o objectivo era a “Champions” (o que na prática significava que bastava ser segundo no campeonato) não era representativo da história gloriosa do clube.
José Augusto sabe do que fala. Ele foi um dos elementos da mais poderosa linha avançada do futebol português de todos os tempos, e uma das linhas avançadas mais célebres do futebol mundial: Eusébio, Coluna, Simões, Torres e José Augusto. Foi protagonista de inúmeras noites europeias de glória. Bi-campeão europeu, o célebre extremo tem hoje na estrutura do Benfica um papel acrescido de importância junto das bases (isto é dos sócios e adeptos) pois foi recentemente eleito presidente da Associação das Casas do Benfica, pelo que as suas palavras merecem muita reflexão.
“Primus inter pares”, “Campeão entre campeões”, José Augusto exigiu mais ambição e dirigiu as suas palavras ao treinador espanhol. Horas depois, numa Luz vazia e fria, o Benfica escreveu uma das páginas mais negras da sua história ímpar.
Não vale a pena dizer que há que ser racional e pensar que era impossível atingir a marca de 8 – 0. José Augusto explicou que isso não é assim e em futebol tudo é possível. Mas pior é que ninguém vai apagar da história este resultado nem este desempenho, como não apagou os 7-0 de Vigo, nem as eliminações do FC Porto aos pés do Wrexham ou do Artmedia.
No final do jogo, Quique modificou o discurso. Ainda bem que o fez. A cultura de exigência, transmitida no discurso presidencial de Natal, ainda não foi totalmente absorvida, mas precisa de o ser rapidamente, antes que seja demasiado tarde.
Na tribuna, a cara de poucos amigos de Rui Costa dizia tudo. O director desportivo, depositário da alma benfiquista, que recebeu de Eusébio, José Augusto, Vítor Martins, João Alves, Diamantino e Chalana (para só falar daqueles que continuam presentes no dia-a-dia do Benfica) tem muito para falar com Quique Flores.
A poucos dias de um jogo de importância vital, contra o Nacional da Madeira, na Luz, é tempo de cerrar fileiras, de levantar a cabeça, mas também de reflectir muito. Ninguém espera outra coisa que não seja o título. Ambição nas palavras e nos actos, é o que os benfiquistas exigem. Para não ter de começar tudo de novo.

PS1Este texto ignora o resultado de ontem à noite na Luz. O futuro começa segunda-feira à noite, na Catedral.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Pela boca (às vezes) morre o peixe

Myron Markevic. Quem? Pois é, o nome não diz nada a quem segue o futebol europeu. Aliás, este treinador do Metalist nem existe no “quem é quem” do futebol. Porquê então estarmos a falar desta criatura?
É que, na conferência de imprensa de ontem a projectar o jogo de hoje da Taça UEFA contra o Metalist, Myron Markevic disse que pensar que o Benfica podia ganhar por 8 – 0 (a marca mínima para aspirar a seguir em frente) era uma “piada e uma anedota”.
O senhor está no seu direito de dizer o que quiser, mas podia ser polido, diplomático e sensato, já que inteligente sabemos que não é. Não contente com isto, Markevic ainda disse que o Benfica devia ter pensado no apuramento mais cedo e não agora, no último jogo da fase de grupos.
Eu sei que cada um toma o chá que lhe dão em pequenos, mas as palavras ficam com quem as profere. É difícil e é uma missão quase impossível, mas gostaria de ver a cara e ouvir as palavras do senhor Markevic no final do jogo, se o Benfica espetasse 8 – 0 ao Metalist. Pode ser que pela boca morra o peixe...
Por outro lado, gostaria também que alguém do Benfica metesse o treinador Markevic na ordem mas às vezes parecem mais entretidos a responder a jogadores como Óscar Cardozo que apenas mostrou que é um grande profissional e que não gosta de ficar no banco. Quanto a Myron, não é difícil adivinhar que com esta postura, a sua carreira no futebol europeu não vai deixar grandes marcas positivas.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Cartas do Diabo (11)

Viva,

Pois é. O Benfica tem sido dominado há anos pela comunicação social e por erros de arbitragem. A teoria de que com a equipa certa, com os jogadores certos, com o treinador certo vamos lá, é uma teoria FALIDA, como tenho repetido.
O Benfica não ganha ao Leixões nos 90 minutos, nem nos 120 minutos, por várias razões. Porque o adversário joga acertado e continua em momento de grande confiança. Porque choveu em boa parte do jogo e isso torna o nosso jogo mais dificil de assentar (este aspecto piora quanto melhor for a nossa equipa e agora temos uma, talvez a melhor equipa dos últimos anos). Porque o árbitro geriu os ritmos de jogo assinalando faltas contra o Benfica que não são, e porque não assinalou algumas a favor do Benfica que eram. Porque o árbitro foi condescendente disciplinarmente com alguns jogadores do Leixões e não o foi com alguns jogadores do Benfica. Porque o árbitro não assinalou 1 penalty a favor do Benfica.
Isto é, meu caro: você e toda a nação benfiquista têm de se habituar a perder pontos com equipas que jogam bem. E aí nada a fazer só há que dar mérito ao adversário. Ganhar TODOS os jogos, meu caro, nem com o Eusébio. A questão é que hoje a comunicação social COBRA do Benfica como não cobra do Sporting e do FCPorto. O Benfica praticamente só pode ganhar a Liga. Sim. E o Sporting o que pode ganhar mais? A "Champions"? Por amor de Deus, já li hoje tanta coisa acerca disto que fico banzado. Então a época do Sporting pode ser melhor que a nossa, eles que estão 3 pontos abaixo e 4 derrotas internas a mais?
A facilidade com que a depressão chega aos benfiquistas é apenas reflexo da comunicação social que temos. Os da TVI deram-se ao desplante de nem passarem as palavras graves do treinador do Maritimo: "O Xistra pediu desculpas ao Caneira quando lhe exibiu um cartão amarelo. E o 1º golo do SCP nasceu de uma falta assinalada a favor do SCP quando era favorável ao Marítimo".
Estamos a falar do mesmo Xistra que apitou em Guimarães como se sabe, expulsando o Reyes por 2 faltas de "caca", perdoando uma patada no Suazo, uma entrada a pés juntos sobre o Aimar e um penalty sobre o Aimar.
O que fez a Direcção do Benfica ou o Rui Costa? ZEROOOOOO .... e como quem cala consente, o Olegário voltou a arbitrar o jogo com o Leixões, voltou a errar a favor do Leixões e nós é que fomos eliminados, apesar do Moretto ter feito 1 única defesa em todo o encontro.
Ou seja. Quando a gente assiste domingo a domingo ao escandaloso critério disciplinar dos árbitros, ao 7º ou 8º penalty sonegado ao Benfica em apenas 14 jogos (taça e liga), e ninguém protesta, o que quer que se faça? Há-de haver algum jogo que a equipa não consegue ser superior a tudo isso. Voltou a acontecer com o Leixões.
Mas espere lá. O Leixões não era a grande revelação do campeonato? Ah. Foi quando ganhou ao FCPorto e ao Sporting, ou seja até jogar com o Benfica, agora não é tanto. Quem faz a diferença? A comunicação social, ou não?
Há 15 anos que digo o mesmo: com esta arbitragem nem com 11 Cristianos Ronaldos ganhamos a Liga. E NINGUÉM do Benfica faz nada. Falem, porra, falar não paga imposto e o Paulo Bento fala como ninguém e quem foi ouvido na CD da Liga foi o Rui Costa por qualquer coisa que se passou com o árbitro do Setúbal (mais um roubo, expulsão perdoada a 10 minutos do final a um setubalense).
Eu acredito que você deve pensar "será que este gajo só vê árbitros"? Claro que não. Mas pergunto: onde é que você viu um jogador do FCPorto levar uma patada na cara e o adversário não ser expulso? O que aconteceu ao Sougou, da Académica, na entrada a pés juntos sobre o Fernando, do FCPorto? Porque é que Jorge de Sousa se enganou tanto contra o Setúbal e a favor do FCPorto nas faltas a meio campo (comentário de "A BOLA")? Porque razão Bruno Paixão não assinalou penalty a favor do Braga contra o Sporting após carga de Postiga sobre Meyong? Porque razão não assinalou penalty a favor do FCPorto contra o Sporting por atropelamento de Hulk por parte de Rui Patrício? Porque razão o Olegário não viu o leixonense jogar a bola com o braço no jogo da Liga e não viu o Nuno Gomes primeiro ser agarrado pela perna e depois ver a bola cortada com um braço pelo adversário? Porque razão na mesma situação o Elmano Santos marcou penalty a favor do FCPorto contra a Académica?
Há coisas que SÓ SE PASSAM COM O BENFICA. E a Direcção do Benfica não faz NADA. O ano passado foi igual. Já disse e repito: o Benfica só ficou em 4º porque o Sporting teve MAIS 7 penaltys do que nós, a quem nos foram ROUBADOS uns quantos em vários jogos (Leixões 2 vezes, Guimarães na Luz, Braga na Luz, Boavista no Bessa, etc). E agora? Estamos melhor cá dentro, em parte é verdade. Mas fizemos uma época miserável na UEFA depois do brilharete da eliminação do Nápoles.
O Benfica para ganhar com consistência tem de actuar em 3 vertentes: modelo de jogo (agora sim, está bem, nunca 2 pontas de lança enquanto jogarmos com médios alas de raiz), comunicação social e arbitragem. Enquanto o Benfica não fizer força e mostrar que sabe o que os árbitros andam a fazer e o que os jornalistas andam a escrever... Porque razão os 5 do Barcelona ao Sporting não foram 1ª página da BOLA e RECORD, mas os 5 do Olimpiacos ao Benfica já foram?
Enquanto nós não lhes mostrarmos que já não andamos a dormir, é isto que você vê e expressa: só se pensa em ganhar, entra-se em depressão por cada insucesso, saturamo-nos rapidamente de treinadores e certos jogadores, há intranquilidade que impede o sucesso, etc, etc

Cumprimentos,
Gaspar Costa
Sócio do SL Benfica

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Obsessão Benfica

Um jovem jogador do FC Porto, já imbuído do espírito da casa, afirmou hoje que “o Benfica é a nossa obsessão”. Já todos tínhamos entendido isso há muito tempo. Desde os cânticos insultuosos, jogue o FC Porto com quem jogar, ao Benfica, até às provocações baratas do “líder supremo”, no dragão a “obsessão” está identificada desde décadas.
Poderíamos estar aqui a teorizar sobre o assunto e encontraríamos em muitos compêndios de psiquiatria pistas para a doença. Cura já não há. O FC Porto é um clube regional, mas gostava de ser nacional. O destino traçou-lhe o caminho e cerceou-lhe a ambição. Os seus dirigentes foram de vistas curtas e os adeptos aceitaram a sentença. O complexo de inferioridade é que continuou a germinar dentro de portas. O jovem jogador do FC Porto, autor da frase acima citada, mais não fez do que dar voz a esse complexo.
Mas esta obsessão tem outras facetas e outros protagonistas. Também hoje se ficou a saber que a Federação tenciona modificar o regulamento da Taça de Portugal. Não deixa de ser irónico que esta intenção seja pública após a eliminação do Benfica da Taça.
Os responsáveis da Federação equacionam mesmo introduzir uma fase de grupos, a exemplo do que acontece na Taça da Liga. Sem o Benfica em prova, a preocupação dominante em sede federativa é a diminuição galopante das receitas dos jogos, sendo que 1/3 reverte para os cofres à guarda de Gilberto Madaíl.
É esta a força do Benfica. É esta força que tem de ser respeitada por todos os intervenientes do futebol português. É esta força que nos dá a confiança de que, por muito que tentem, ninguém pára o Benfica.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Uma vergonha que precisa ser denunciada

Leixões - 0; Benfica - 0 (5-4 em grandes penalidades), Taça de Portugal. O futebol português é uma vergonha. Os árbitros portugueses são uma vergonha. O que se passou mais uma vez ontem à noite em Matosinhos, no Estádio do Mar, deve obrigar o Benfica a uma posição dura.
O senhor Olegário Benquerença, que não validou um golo ao Benfica depois da bola ter entrado na baliza de Baía, fez mais uma vez a vénia ao "sistema". Para a história fica a eliminação do Benfica frente ao Leixões para a Taça de Portugal, nos penáltis, mas fica também na memória dos adeptos uma página negra do futebol português.
Três penáltis claros por assinalar na área do Leixões, sendo que o penálti sobre Nuno Gomes é algo que ultrapassa qualquer tipo de tolerância. Para além disso, e depois de 7 amarelos no Funchal, na última jornada do campeonato, o Benfica volta a ser massacrado com cartões amarelos, desta vez foram 5. Não contente com isto, o senhor Olegário deixa por mostrar o segundo amarelo ao defesa direito do Leixões, Vasco, após faltas consecutivas sobre Reyes.
Praticamente fora da UEFA e agora fora da Taça de Portugal, o Benfica tem de concentrar-se completamente na Liga, o principal objectivo da época. A equipa esteve empenhada e lutadora, mas contra 14 elementos não é fácil.
Não basta saber jogar futebol em Portugal, ainda é necessário ter uma postura fora dos relvados que imponha respeito ao "sistema". O que se viu em Matosinhos ontem à noite não pode ficar sem uma resposta. Dura e definitiva.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Quim e o futuro da época

Quim esteve nas bocas do mundo, na semana passada. O guarda-redes do Benfica culminou uma sequência menos feliz de jogos na selecção e no Benfica com uma exibição desastrosa frente ao Vitória de Setúbal na Luz.
Não foi só o resultado (2-2) a deprimir os benfiquistas. Com esse empate, o Benfica perdia uma oportunidade de ouro de ascender ao primeiro lugar do campeonato, mais de três anos depois. Para agravar a situação, o segundo golo, ao cair do pano, foi um daqueles frangos monumentais que nem o próprio Quim deve conseguir explicar.
Os dias posteriores ao jogo devem ter sido terríveis para o guarda-redes do Benfica. Fui dos que defendi, desde a primeira hora, que Moreira devia ir para a baliza, no jogo seguinte, com o Marítimo, no Funchal – um dos jogos mais complicados do campeonato.
Quique escondeu a decisão até ao último momento, e fez bem. E depois tomou a decisão mais acertada, com a escolha de Moreira, como se confirmou. Isso não quer dizer que Quim, que não ficou no banco dos suplentes, deva ser crucificado. Nem pensar.
Convém dizer que Quim nunca foi um bem-amado na Luz, mas o carácter e a personalidade do antigo guarda-redes e capitão do Sporting de Braga permitiu-lhe ascender, por mérito próprio ao lugar de nº 1 do Benfica e da Selecção.
Quim também nunca teve boa imprensa. Talvez a sua falta de carisma, a sua excessiva discrição, o seu temperamento moderado, de homem de poucas falas e muito reservado, nunca tenha ajudado a cimentar uma estreita relação com os “media”.
Seja como for, repito, Quim não deve ser crucificado, e se muitos tentam prejudicar o Benfica através da “execução pública” do nosso guarda-redes, os benfiquistas devem estar atentos e unidos na defesa de Quim.
É por isso que esteve bem Quique Flores, ao sair em defesa de Quim e ao protegê-lo da voragem daqueles que o querem já “morto e enterrado”. Estou certo que é da maneira como o treinador e o grupo de trabalho souber preservar, proteger e defender Quim, nesta fase difícil da sua carreira, que se pode jogar muito do futuro da época.
O balneário tem de estar blindado, os jogadores têm de ser solidários, o treinador não pode isolar ninguém. Só assim se cria espírito de corpo, de união e de solidariedade. É reconfortante ver que o grupo de trabalho está a seguir nesta direcção. E aqui, o papel de Rui Costa é, mais uma vez, decisivo.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O lugar do Rui

A presença de Rui Costa num dos bancos junto ao relvado do Estádio dos Barreiros no Funchal, bem próximo do evoluir dos acontecimentos e dos jogadores, foi alvo das mais diversas especulações.
O que fazia ele ali? Porquê o administrador da SAD no banco? Ah, também é o director desportivo? E depois? Será que estava ilegal, como quando entrou no relvado em Guimarães e em Coimbra?
As questões, mais ou menos anedóticas, foram muitas. Todas protagonizadas por adeptos dos nossos principais adversários. E, acreditem, que acho que todas estas interrogações têm razão de ser. É sinal de que estão preocupados com o Benfica.
Eu, que me habituei a ver Rui Costa evoluir nos relvados como um génio do futebol, depois de passar a usar fato e gravata no gabinete, nos treinos, na tribuna, ou no relvado a abraçar os jogadores no final do jogo, gostei de ver Rui Costa ali.
Não porque a sua presença bem perto do treinador e dos jogadores constitua um sinal de pressão reforçada e uma injecção suplementar de responsabilização, mas porque é ali o seu lugar.
Como gostam de dizer alguns “experts” do fenómeno desportivo, um jogo de futebol é decidido nos detalhes. E o Benfica tem perdido muitos jogos e muitos campeonatos por, às vezes, não estar atento aos detalhes.
No passado, o presidente do FC Porto sentava-se no banco de suplentes. A sua presença, aliada à imagem de senhor todo-poderoso do futebol português, foi, seguramente, factor decisivo para muitas e muitas vitórias do FC Porto.
Essa função foi, posteriormente, delegada em Reinaldo Teles, o fiel escudeiro, conhecedor como ninguém dos cantos no túnel das Antas. Quantos campeonatos, quantas vitórias foram conseguidas com base nos “sinais” emitidos por Reinaldo Teles?
Hoje, no FC Porto, os tempos são outros e, a face mais visível é o facto de nem Pinto da Costa nem Reinaldo Teles já estarem sentados naquele banco, embora a sua “longa mão” ainda faça muita mossa. Mas a crise envergonhada por que passa o FC Porto também tem a ver com estas ausências.
Não quero que o Benfica copie estes maus exemplos. Longe disso. Mas os adversários e os árbitros precisam de sentir bem perto de si a face da autoridade, da credibilidade, da defesa de princípios e de valores. E, principalmente, o rosto de quem está ali para não deixar que o Benfica seja prejudicado.
Gosto de ver Rui Costa ali. De mangas arregaçadas, como quem está também lá dentro a ajudar. Quem passa toda a semana junto ao plantel, não pode depois, no dia mais importante, ficar na bancada a gesticular quando as coisas correm mal. Nem vir a correr abraçar os jogadores quando as coisas correm bem, ou insurgir-se contra os árbitros quando correm mal.
Não sei se Rui Costa vai continuar a ocupar esse lugar. Imagino que esteja a reflectir nas vantagens e nas desvantagens. Eu sei que o caso do Funchal foi especial, até por causa das especificidades do Estádio dos Barreiros e da colocação dos balneários, mas acho que Rui Costa devia estar junto ao relvado nos próximos jogos. Seja qual for a sua opção, o Benfica tem muito a ganhar estando atento a estes detalhes. Muitas vezes são eles que ganham jogos e campeonatos.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A crónica

Vitória do Benfica: "Foi uma vitória fantástica de uma equipa fantástica, feita por um treinador fantástico, que escolheu um corpo técnico fantástico, que soube aproveitar as fantásticas instalações de campus do Seixal, escolhidas por um director desportivo fantástico, que foi escolhido por um Presidente fantástico, eleito por adeptos fantásticos que os têm apoiado sempre".
AJC: "Excelente jogo, mas calma. Pezinhos bem assentes no chão, muita solidariedade, humildade e sempre em apoio da equipa. Tudo isto será necessário para lutar e vencer sempre contra 14.Estes árbitros são simplesmente miseráveis, mas já sabemos isso. Temos que ser sempre muito melhores que os outros para conseguir ganhar. Não nos basta ser melhores temos que ser muito melhores. É necessário transmitir isto aos jogadores para que eles, de posse desta informação, possam dar um pouco mais de si e serem solidários.
JRAugusto: "O comentário principal que deve ser feito, até porque ganhámos, é à actuação do árbitro, filho do famoso Soares Dias. Tantos e tão injustificados e ridículos cartões amarelos aos jogadores do Benfica. Moreira. com o Benfica a ganhar 3 a 0, leva um amarelo por perder tempo!!! Ruben Amorim, leva amarelo sem tocar em ninguém. Katsouranis leva amarelo por nada, mas que o impede de jogar o próximo jogo. Afigura-se-me que a tentativa do árbitro era equilibrar o nº de jogadores depois da inevitabilidade da expulsão do Marcos. E as agressões violentas e com marcas ao Reyes e nas costas do Aimar? Nem amarelo mereceram".

Mário: "Grande vitória. A vitória da classe, da garra, da vontade, da genialidade dos nossos jogadores. É nesta táctica que Quique deve jogar, com Aimar atrás do ponta-de-lança, com Katsouranis solto, com um trinco cá atrás a fechar e com o grande Suazo lá na frente a rasgar as defesas todas. Grande Benfica. De salientar que o Marítimo era a defesa menos batida do campeonato.Viva o Benfica".

Hugo: "A expulsão tornou fácil uma vitória que se avizinhava complicada.De qualquer forma, nada que retire brilhantismo ao resultado alcançado pelos nossos jogadores... Há que continuar na senda das vitórias...Saudações benfiquistas".

Zé Amaral: "Depois das decepções recentes (espero que tenham servido para aprender alguma coisa e não para atirar as culpas para o Quim) todos os (verdadeiros) adeptos do SLB, mais que esperar, exigiam uma vitória redentora, e ela surgiu, contundente e sem espinhas, arrancada de forma categórica num Caldeirão dos Barreiros vestido de vermelho e a rebentar pelas costuras. Bem sei que se calhar é ser muito optimista, senão mesmo sonhador, mas talvez agora os "Benfiquistas" mais incrédulos passem a acreditar nesta equipa e a apoiar como ela merece: no estádio.Finalmente Quique pôde dispor as peças certas nos lugares certos, e este SLB cheio de personalidade e "ganas" não engana, foi o que já se vira em Guimarães, a diferença é que aqui fomos nós quem jogou em superioridade numérica...Agora, mais uma vez, exigimos que a Águia volte a exibir as suas garras e a próxima paragem é Matosinhos, onde mora o adversário mais difícil desta Liga. Aguardando ansiosamente novos desenvolvimentos nos próximos capítulos".
Ficha do Jogo
11ª Jornada
Estádio dos Barreiros (Funchal)
Marítimo - 0; Benfica - 6
Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto)
Benfica: Moreira; Maxi, Luisão, Sidnei e David Luiz; Katouranis, Bynia, Ruben Amorim, Reyes; Aimar e Suazo.
Golos: Reyes, Suazo (2), Luisão e Nuno Gomes (2)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Uma vitória extraordinária

Comente aqui a extraordinária vitória do Benfica sobre o Marítimo, por 6-0, no Funchal. A crónica segue dentro de momentos, abrilhantada com os vossos comentários. Viva o Benfica!
FOTO: Duarte Sá (Reuters)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

À espera de um torcicolo


Quim ou Moreira? Moreira ou Quim? A dúvida está instalada na opinião pública e entre os adeptos do Benfica. E Quique, a quem cabe a decisão final, já resolveu o dilema ou continua com dúvidas? E não há ninguém que arranje um torcicolo ao treinador espanhol do Benfica? Imaginação precisa-se.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

É tempo de dizer basta!

O sportinguista Vítor Pereira utiliza critérios muito estranhos na nomeação de árbitros para os jogos da Liga. Na próxima jornada, os 3 "grandes" são arbitrados por juízes da AF Porto (Soares Dias, Jorge Sousa e Paulo Costa). Nota zero para ele.
Vítor Pereira, o sportinguista que preside à Comissão de Arbitragem da Liga, disse há alguns dias que não podia ir ao mercado de Inverno contratar árbitros: “São estes, e não outros, com que tenho de contar”, disse, na altura, naquele que foi o maior atestado de incompetência passado aos árbitros portugueses, que me lembre.
Não caindo nos exageros hipócritas de Paulo Bento, não custa admitir que a qualidade da arbitragem portuguesa não é digna de reconhecimento. Mas, a bem da verdade, Vítor Pereira não tem ajudado nada.
Numa breve análise às nomeações feitas para os jogos dos 3 “grandes”, decorridas 10 jornadas, há um dado que ressalta: os jogos de Benfica (4), FC Porto (3, mas menos 1 jogo) e Sporting (4) foram maioritariamente arbitrados por membros da Associação de Futebol do Porto – com a curiosidade de na próxima jornada (11ª), os 3 clubes serem arbitrados por juízes da citada associação.
O problema talvez não seja geográfico, embora seja pouco crível que, num quadro de 25 árbitros, a competência para arbitrar os “grandes” recaia, quase em exclusivo, nos homens de negro oriundos da AF Porto.
O problema, se calhar, está naquilo em que tenho vindo a insistir: o “sistema”, cujos rostos Dias da Cunha identificou (Pinto da Costa e Valentim Loureiro), mantém-se na posse dos cordelinhos. Para justificar esta tese, nem sequer me dou ao trabalho de apurar de onde vêm os delegados e os observadores aos jogos.
Basta-me ler na imprensa a iniquidade dos relatórios redigidos pelos observadores sobre o desempenho dos árbitros e respectiva pontuação. Lembro-me sempre de uma expressão que sintetiza este estado de coisas: a realidade ultrapassa a ficção.
Vítor Pereira sempre pode argumentar que a AF Porto é a que tem, conjuntamente com Lisboa e Setúbal, o maior número de árbitros no quadro principal (5). Mas, que diabo!, em Vila Real, Braga, Santarém, Aveiro, Coimbra, Madeira e Portalegre, nenhum árbitro é suficientemente capaz e competente para arbitrar o Benfica? Ou seja, em 12 associações com árbitros no primeiro escalão do futebol português, apenas 1/3 disponibilizou membros para arbitrar o SLB. Curioso, não?
Depois do Rio Ave (penálti sobre Aimar não assinalado), do Leixões (penálti por assinalar por mão de leixonense na sua grande área), do V. Guimarães (expulsão injusta de Reyes e expulsões perdoadas a Andrezinho e Flávio Meireles), da Académica (Reyes massacrado por faltas sem qualquer advertência para os jogadores da Briosa), da Naval (penálti sobre Ruben Amorim não assinalado), do V. Setúbal (carga sobre Cardozo no limite da grande área não assinalada e expulsão perdoada a jogador setubalense por agressão a Reyes), é tempo de dizer basta.
Quanto ao senhor Vítor Pereira, lamentamos mas não podemos ir ao mercado de Inverno contratar outro presidente da Comissão da Arbitragem da Liga.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Natal é em Dezembro

Imaginemos que era Paulo Bento, e não Quique Flores, o protagonista da conferência de imprensa de ontem à noite, na Luz, depois do Benfica – V. Setúbal. “Mais uma vez fomos prejudicados pela arbitragem. Espero que os nossos adeptos deixem de ser simpáticos e passem a criar um mau ambiente para os árbitros”, diria Bento. “Foi um acidente de percurso”, disse Quique. Será que isto faz toda a diferença? Mais à frente o saberemos.
Para já, o que faz toda a diferença é a forma de Quim, em comparação com o ano passado. O nosso guarda-redes está a passar por uma grave crise de confiança, que teve como picos o jogo da Selecção contra o Brasil e o jogo da passada quinta-feira, na Grécia, contra o Olympiacos. Ontem, ao não agarrar uma bola fácil, permitiu o primeiro golo do Setúbal. E quanto ao golo do empate nos descontos, nem vale a pena comentar.
O que fazer? Na próxima jornada, no Funchal, contra o Marítimo – um jogo crucial -, não há que ter dúvidas: Moreira na baliza, já. Até para defender Quim e possibilitar um trabalho de reforço de confiança. Quim é um homem de forte carácter e não se vai deixar abater por isto.
Mas os lapsos de Quim não podem branquear o erro clamoroso, grave e com influência no resultado cometido pelo árbitro Vasco Santos, da AF do Porto (porquê?), que não expulsa um jogador do Setúbal (Sandro) por agressão a Reyes, deixa continuar a jogada, e depois vê o seu auxiliar anular um golo limpo a Suazo. Seria o 3 – 1 e a história completamente diferente.
Se Quique não quer ser Paulo Bento, o que se aceita, compreende e aplaude, então é importante que seja Rui Costa, o director desportivo, que já disse que é ele que tem de dar a cara por tudo o que se passa no futebol do Benfica, a marcar presença na conferência de imprensa e a dizer algumas verdades.
Aliás, Rui Costa já fez saber junto do árbitro aquilo que qualquer benfiquista pensa dele. Eu gostava que para além da troca de palavras no túnel, o nosso director desportivo desse voz à enorme revolta que germina no seio dos benfiquistas.
Para que não se tente branquear esse autêntico “roubo de igreja” cometido por Vasco Santo, na Luz, com o fraco desempenho de Quim ou de outros jogadores do Benfica. Já basta de fazer o papel de bonzinho. Espírito de Natal, sim, mas sem exagerar. Foto: Armando França (AP Photo)

10ª Jornada
Benfica – 2; V. Setúbal – 2
Estádio da Luz
Árbitro Vasco Santos (AF Porto)

Benfica: Quim; Maxi, Sidnei, Miguel Vítor e Jorge Ribeiro; Katsouranis, Carlos Martins, Ruben Amorim e Reyes; Suazo e Cardozo.

Golos: Katsouranis e Suazo

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Tinha previsto escrever um texto sobre a minha “ideia” de Benfica. O tema obrigava a algum tempo de reflexão, a que não me submeti, e a alguma investigação, que por falta de tempo negligenciei. Esta temática fica, assim, para posterior momento.
A semana, aliás, foi marcada pelo desastre de Atenas. O que, curiosamente, me fez recuar até à minha infância, ao momento onde, pela primeira vez, senti fervilhar dentro de mim a chama imensa e percebi com absoluta nitidez que só podia ser benfiquista. Foi em 1971, tinha 8 anos, e o Benfica tinha acabado de perder por 4 – 1, em Munique, contra o Bayern.
As derrotas, mesmo as mais pesadas, são muitas vezes, detonadoras de catarses necessárias. Porque será que as guardamos mais tempo no nosso subconsciente? Serão elas a verdadeira prova da nossa fé inquebrantável? Será que o orgulho ferido nos faz mais fortes, mais determinados? Será que da humilhação nasce a revolta?
Será, com certeza, tudo isto. Mas, o certo é que não sou nem mais nem menos benfiquista depois de Atenas, nem isso ocorreu depois de Vigo. As derrotas, mesmo as mais pesadas, são meros episódios de uma história gloriosa, de feitos e conquistas. Sem elas, não havia nenhum apelo: “levanta-te e caminha”. Não havia o gesto de sacudir o pó da camisola, levantar a cabeça, encher o peito de ar e lançar, de novo, o ataque.
Hoje à noite, na Luz, vamos receber os nossos heróis, de Atenas e de Nápoles, e mostrar-lhes que é nas derrotas que se veêm os campeões. Hoje à noite, na Luz, contra o Vitória de Setúbal, vamos regressar ao nosso lugar, ao primeiro lugar, certos de que é nas derrotas, mesmo as mais pesadas, que arranjamos, de novo, forças para retomar o trilho que fez a nossa história: o caminho da vitória. Somos o Primeiro.
publicado por Pedro Fonseca in blogue "Novo Benfica"
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