quinta-feira, 8 de maio de 2008

Svennis

Sir, para os outros. Svennis, para os amigos. Volta para casa, pede-lhe o “Record” de hoje. Que volte, igual a si próprio. Eriksson é um nome mágico, mas cuidado! Os regressos são sempre coisas complicadas, que o diga Camacho.
De momento, ainda tudo parece estar em aberto, mas Sir Sven-Goran Eriksson ambiciona vir, o Benfica, o seu Presidente e o seu futuro director desportivo, querem fazê-lo regressar. Assim seja!
O que Eriksson não pode é ser, nem parecer, uma segunda escolha. Por isso, Carlos Queiroz nunca existiu. Ok? Com Eriksson voltamos a uma liderança carismática, que impõe respeito. Voltamos a ter no banco um senhor do futebol mundial, um treinador “à Benfica”.
De Svennis lembro-me de tantas histórias felizes. Mas lembro-me, sobretudo, daquele final de mês de Abril de 1991, numa tarde primaveril, na Antas. O Benfica jogava o título com o FC Porto. À boa maneira de “Chicago anos 30”, o FC Porto lançava a sua habitual estratégia de terror, com declarações de Artur Jorge, o então treinador, Octávio Machado, adjunto, e Hernâni Gonçalves, preparador físico.
Eriksson manteve-se impertubável, como um gentleman. Recordo-me que a equipa viajou de comboio, desde Santa Apolónia, e ao despedir-se dos adeptos que se aglomeravam na estação, o sueco disse apenas: “Adeus, até ao nosso regresso, como campeões”.
A chegada ao Porto e às Antas foi digna de um filme de terror. A história é conhecida: recepção com pedras e os jogadores a equiparem-se no corredor, vigiados pelo famoso guarda Abel, por causa de um cheiro infecto no balneário. Eriksson foi impedido de dar a habitual palestra antes dos jogos. Jorge de Brito, que liderou a comitiva na ausência de João Santos, teve de sair do estádio escondido numa ambulância.
Lembro-me, como se fosse hoje. Na superior sul do estádio das Antas, uma tarja dizia: “Ides sofrer como cães”. A 15 minutos do fim, com 0-0, Svennis levanta-se do banco, coisa rara, e manda aquecer César Brito. O avançado da Covilhã, jogador mediano, entra e em poucos minutos faz dois golos, um de cabeça depois de um canto de Valdo e o outro também a passe do médio brasileiro. Benfica campeão. Eriksson não falou no final, delegou em Toni. Volta para casa Svennis!

6 comentários:

  1. www.eusebiomais10.blogspot.com

    O SLBenfica apresenta um treinador de curriculo aparentemente inatacável. Infelizmente esse treinador tem actualmente 60 anos, um fraco por mulheres novinhas, um ordenado superior a todo os avançados do plantel, e nos ultimos tempos mais apetência por investimentos imobiliários no Algarve do que propriamente por sucessos desportivos. Neste ponto, tem aliás muito em comum com o nosso Presidente. Erikson diz-se que revolucionou o futebol português nos final dos anos 80 e apesar de andar arredado destas bandas há práticamente 15 anos, há coisas que não mudam e ele ainda se deve saber equipar no túnel das Antas. Erikson mudou mentalidades, diz-se que na forma como abordava o treino (a sistematização táctica se preferirem), como forçava a competição interna entre o plantel, e também na prática das comissõesinhas. Erikson foi pioneiro na prática de comprar sempre através do mesmo empresário com a respectiva repartição de lucros. A nova estrutura do futebol benfiquista reune todas as condiçóes para ser um sucesso. Basta para isso amordaçar o presidente e dar-lhe a pasta de vendedor de kits. Aproveitar a experiencia, sensatez e benfiquismo do Rui Costa para liderar tudo o que tenha a ver com a formação e protecção do plantel. Preservar a mistica benfiquista salvaguardando valores como Sheu, Aguas, Chalana, Alves, Pietra e quem sabe promovendo Petit. Assegurar a disciplina e a competitividade com uns duros dentro do balneário como Álvaro e Mozer. E aproveitar os conhecimentos tacticos e capacidade de gestão e liderança de um grande treinador que terá certamente os adeptos e a imprensa do seu lado. Se a isto juntarmos os milhões de um Berardo qualquer e isto pode fazer-se... ou não... basta para isso que LFV mantenha a verborreia habitual, que Rui Costa entre por caminhos obscuros e que Erikson venha gozar a sua reforma dourada. Aceitam-se apostas... eu estou pessimista.

    www.eusebiomais10.blogspot.com

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  2. IdL

    Excelente recordação... isso é que importa agora recuperar.

    Assim se contribui para recuperação da mistica... e o Sven é boa opção.

    So lamento isto: http://geracaobenfica.blogspot.com/2008/05/voltando-ao-futebols.html

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  3. Lamento corrigi-lo mas o 1º golo do César Brito é depois de um centro do Paneira.
    Quanto ao regresso de Eriksson, creio que será uma má escolha. Quando veio era um jovem treinador que ninguém conhecia, ambicioso à procura de títulos. Há quanto tempo não ganha nada? Apenas ns Lázio ganhou algo e aos anos. Pior mesmo, só se regressar o seu adjunto preferido.
    Será que não há na Europa um treinador jovem, ambicioso e com vontade de triunfar? Será que os dirigentes pagos a peso de ouro não conseguem descobrir ninguém? Em Itála, França, Espanha não haverá ninguém? Precisamos de sangue novo, de ambição, de garra, de um Eriksson com 35 anos!!!

    Pedro Cerdeira

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  4. Falta só acrescentar que o árbitro desse jogo foi o Carlos Valente... o 12.º jogador do Benfica. Eu estava lá e lembro-me.

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  5. Infelizmente continuamos, o BENFICA como o país, a sofrer de sebastianismo. O valor de Eriksson não é discutivel o que eu discuto é se é do valor que ele tem que o BENFICA precisa. Eu acho que o BENFICA precisa de alguém com valor e ao mesmo tempo fome de titulos glória e protagonismo. Laudrup?

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  6. Caro Pedro Fonseca
    Sendo o Pedro um grande defensor do nosso Presidente, não acha que continuam as asneiras.
    Senão vejamos, não podia esperar mais uma semana para fazer esta deslocação e assim já não desestabilizava a equipa para o jogo com o Setubal, não metia Eriksson em sarilhos, protegia Rui Costa que ao contrário do que tenta dizer, já é mesmo o Director.
    Além disto será que não é uma péssima estratégia fazer o encontro com o Sueco no mesmo hotel onde este vive em Manchester, devendo este encontro ser secreto?
    Parece-me que vai continuar tudo igual. Sou adepto de um treinador novo e não de velhos (Eriksson, Lippi, Zaccheroni). Eu apostava em Didier Deschamps.

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