segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

PRÉMIO COSME DAMIÃO - Os melhores de 2007

1 - Vanessa Fernandes, uma campeã à Benfica.
2 - Nélson Évora, um campeão à Benfica.
3 - Ricardinho, o jogador de futsal que é um dos melhores do mundo.
4 - Aleksander Donner, com ele o andebol do Benfica voltou a brilhar.
5 - Rui Costa, regressado às grandes exibições e elevado a candidato presidencial.~
6 - Camacho, voltou em grande e a estrela não empalidace.
7 - Luís Filipe Vieira, passou incólume à falta de resultados.
8 - Simão, saiu por grande verba e continua desejado.
9 - Shéu, Chalana, João Alves, Rui Águas, Pietra, a mística de volta (e Bento, que saudades!)
10 - Eusébio, o rei está de volta.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Ser Presidente do Benfica

José Ferreira Queimado, antigo presidente do Benfica, faleceu no passado domingo, tinha 94 anos. Não foi um presidente carismático como Borges Coutinho ou Vale e Azevedo. Não foi um populista (no bom sentido) como Luís Filipe Vieira ou, em certo sentido, também Vale e Azevedo. Não foi um empreendedor como Fernando Martins ou, também, Luís Filipe Vieira. Não foi um presidente de “transição”, para lideranças mais musculadas, como Manuel Damásio ou Manuel Vilarinho. Não foi um “mecenas” como Jorge de Brito, nem um “hiato” como João Santos. Não foi um histórico como Maurício Vieira de Brito ou Joaquim Bogalho, nem um campeão europeu como Fezas Vital.
Mas foi um presidente que encarnou, como nenhum, uma característica fundamental para se ser líder: o bom senso. Além do mais, Ferreira Queimado era um benfiquista puro, um homem bom, um aglutinador de vontades. Talvez seja o primeiro nome que vem à cabeça de muitos benfiquistas quando nos queremos lembrar de um presidente do Benfica, antes até do de Borges Coutinho. E isso quer dizer alguma coisa.
Vem isto a propósito não só da homenagem que aqui se presta a José Ferreira Queimado mas também acerca do futuro presidente do Benfica. Quem para suceder a Luís Filipe Vieira? E esta pergunta só passou a ser pertinente porque foi o próprio Vieira que atirou a sua sucessão para cima da mesa, ao, inadvertidamente, elevar Rui Costa à categoria de presidenciável.
Tem razão Leonor Pinhão, hoje na “A Bola”, quando diz que no Benfica quem escolhe os presidentes são os sócios, numa tradição democrática que faz parte da matriz genética do clube. Claro que esta tendência democrática nem sempre produziu bons resultados, mas isso só foi comprovado “a posteriori” e os sócios sempre souberam emendar a mão. Não tememos, portanto, a vontade popular. Ao contrário de outros clubes, com outras tradições, arriscamos errar porque sabemos que nada pode substituir o sufrágio directo e universal.
Por isso, cara Leonor, o presidente do Sporting pode dizer o que quiser, não pode é alterar a realidade. Tem razão também António-Pedro Vasconcelos ao criticar o presidente do Benfica pelo périplo realizado à América Latina para contratar reforços (que, pelos vistos, falharam). Das duas, uma: ou Vieira coloca um director desportivo (figura que não existe no organigrama do clube) a fazer esse papel, como fazem os grandes clubes europeus; ou vai ele, mas não se expõe. Divulgar uma tal iniciativa é erro de palmatória.
Voltando à liderança. Mais do que discutir nomes na praça pública, é preciso definir um perfil de líder. A característica fundamental, incontornável, única exigível para se ser presidente do Benfica é só uma: bom senso.

Camacho pede tempo...

A entrevista que José António Camacho deu ao jornal “O Jogo”, publicada no dia de Natal, é elucidativa por quaisquer ângulos que se queira analisar. Diz Camacho, numa frase que o jornal puxa para manchete, que “renovo para ser campeão europeu”. O que quer o treinador espanhol dizer?
Conhecido pela sua avareza em emitir frases grandiloquentes, Camacho, por uma vez, quebrou essa regra. Foi para fazer as pazes com os adeptos, depois daquela “boutade”: “Benfica tem de ser grande como o Porto”, nas véspera do último jogo da “Champions” contra o Shaktar? Foi para entreabrir as portas da saída, sabendo que elevando a fasquia até ao limite sempre poderá argumentar que não tem “ovos” para atingir a meta proposta? Foi para pressionar a Direcção a abrir os cordões à bolsa? Foi para forçar a renovação com um argumento psicológico de peso em cima da mesa?
Qualquer resposta a estas questões é susceptível de explicar a afirmação de Camacho. O que é certo é que o treinador espanhol, em quase 6 páginas, fala de quase tudo. Se meias palavras, como é seu timbre, explica os ocasos de Cardozo, as intermitências de Di Maria e Freddy Adu, a época de Rui Costa, o “caso” Mantorras e do “caso” Léo, o atraso pontual face ao FC do Porto, as arbitragens.
Mas, curiosamente, não fala de José Veiga e do seu livro. E, mais do que este tabu, o que é de realçar mais na entrevista são dois facto evidentes: a amizade a Luís Filipe Vieira e o pedido, subliminar, de tempo. Leram bem, Camacho pede tempo…

sábado, 22 de dezembro de 2007

Feliz Natal

O "O INFERNO DA LUZ" deseja aos seis milhões de benfiquistas um Feliz Natal (vá lá... e para os outros também) e um Ano de 2008 cheio de golos "nacionais".

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Não voltes a um lugar onde foste feliz?

“Não voltes a um lugar onde foste feliz”, diz a sabedoria popular. O que se está a passar com Camacho neste seu regresso à Luz apenas serve para confirmar este conselho. Depois de uma primeira passagem, em 2002/2003, onde conseguiu levar o Benfica ao segundo lugar, e, no ano seguinte, a novo segundo lugar na Liga, a que juntou a vitória na Taça de Portugal, derrotando na final do Jamor o então todo-poderoso FC do Porto de Mourinho por 2-1, Depois de 11 anos, este era o primeiro título nacional conquistado pelo Benfica. O treinador espanhol voltou com a aura de um D. Sebastião.
A bordo de um avião particular aterrou em Tires e o seu primeiro treino foi presenciado por mais pessoas que o recente jogo do Benfica no Restelo para a Superliga. Para trás tinha deixado o banco do Real Madrid, por não aceitar submeter-se aos caprichos das estrelas merengues, os “galácticos”: Zidane, Figo, Beckam, Ronaldo, Roberto Carlos, entre outros. Ao bater com a porta na cara de Florentino Perez, o então visionário presidente do Real Madrid, Camacho aumentou mais a sua imagem de homem com mão de ferro, impertubável aos ditames presidenciais.
Na Luz, entretanto, passavam Giovanni Trapattoni, que foi campeão, Ronald Koeman e Fernando Santos. Nenhum durou mais de um ano. Camacho regressou. “Não voltes a um lugar onde foste feliz?”. Cabe ao espanhol contrariar a sabedoria popular.

Foto em http://www.mundolusiada.com

Um jogo com 45 minutos

Nuno Gomes, autor do 3º golo, é o melhor marcador do Benfica. (foto em www.slbenfica.pt). Benfica - 3, Estrela da Amadora - 0 (14ª jornada).


Desta vez, as palavras de Camacho surtiram efeito ao intervalo. O Benfica da segunda parte do jogo contra o Estrela da Amadora nada teve a ver com a equipa abúlica, sem chama e sem alma, dos primeiros 45 minutos, que parecia estar a fazer um “remake” do encontro no Restelo contra o Belenenses.
O 0-0 ao intervalo espelhava essa nulidade. Onze jogadores equipados de vermelho, mais pareciam pais natais antecipados do que as gloriosas “papoilas saltitantes”. Surpreendentemente, para a segunda parte não vem Rui Costa nem Nélson, e para os seus lugares entram Di Maria e Nuno Gomes. O Benfica é outro. Um golo a abrir, de Christian Rodriguez, outro a seguir, de Cardozo, mais um a fechar, de Nuno Gomes. E mais alguns podiam ter entrado, como aquele que Cardozo teve nos pés, sobre a hora de terminar a partida.
Onze jogadores que durante os primeiros 45 minutos pareciam que apenas estavam à espera do táxi que os levasse ao aeroporto para partirem para prolongadas férias de Natal, acharam por bem encherem-se de brios e fazer uma segunda parte mais condizente com a camisola que envergam.
O “man of the match”, como dizem os ingleses, foi, calculem, Binya, o jogador camaronês que Fernando Santos queria emprestar, curiosamente, ao Estrela da Amadora, e que Camacho, em boa hora, resolveu manter na Luz. Pelo menos esse crédito, deêm ao espanhol. Bom Natal.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

"Call Girl"

António-Pedro Vasconcelos e Soraia Chaves: "Call Girl" tem tudo para ser um campeão de bilheteira - um realizador "campeão" (ou não fosse benfiquista) e um elenco de luxo. (foto em
http://www.iol.pt/cinema/
Foi ontem a ante-estreia do filme de António-Pedro Vasconcelos (A-PV), "Call Girl", com Soraia Chaves no papel principal. O "O INFERNO DA LUZ" deseja que este filme seja, como tudo indica, um campeão de bilheteira, como aliás foram todos os realizados por A-PV, como "Oxalá", "O Lugar do Morto", "Jaime", "Os Imortais" .
O engraçado e curioso é que no actual panorama cinematográfico português estejam dois realizadores benfiquistas em compita pelo primeiro lugar. António-Pedro Vasconcelos, com "Call Girl", e João Botelho, com "Corrupção", apesar deste último não ter assinado o filme.
Um campeonato da Segunda Circular unicolor. Tivesse o Benfica esta "performance" nos relvados e, se calhar, nem os "apitos dourados" nos paravam.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Crónica do Peão: Carta aberta a Beckenbauer *

Caro Franz:
Tenho guardado, religiosamente, o artigo que escreveste em 28 de Dezembro de 2006, já lá vai quase um ano, publicado no jornal Record. Reli-o depois daquela sabotagem feita pelo árbitro Olegário Benquerença, num célebre Benfica – FC Porto, ao não validar o golo de Petit, depois da bola entrar na baliza de Baía. Voltei a lê-lo agora, depois de uma reportagem sobre as bolas com “chip”. Li-o sempre com o interesse devido às opiniões de um Kaiser do futebol. Retenho-me sempre numa passagem, assaz curiosa. Dizes tu que sempre que vais a Londres és confrontado com a dúvida sobre se no célebre terceiro golo inglês da final do Mundial de Inglaterra, em 66, a bola transpôs, ou não, a linha de baliza. E dizes mais: que um jornalista inglês te confidenciou que recentes métodos de alta sofisticação provam que a bola não entrou mesmo.Neste ponto, tens a frase que me suscitou esta reflexão: a derrota alemã nessa final foi “uma dor que superei há muito tempo”. Que dor, Franz? Não foi à dor física de um braço ao peito, com que jogaste parte daquela final, a que te referias. Foi a uma “dor” mais forte que transportaste durante anos – a derrota com um golo “fantasma”.Mas, pensa bem. O que foi essa “dor”, comparada com a de Eusébio, banhado em lágrimas, agarrado a Manuel da Luz Afonso, a sair de Wembley, nesse mesmo Mundial de 66. Lembras-te Franz, da “batota” inglesa de obrigar Portugal a viajar 400 quilómetros de comboio para disputar a meia-final com a Inglaterra? Achas que Eusébio já superou essa “dor”? Ele, o Pantera Negra, que, ao contrário de ti, nunca mais teve outra oportunidade para se sagrar campeão do Mundo, como um campeão como ele merecia.E que me dizes da “dor” de Cruyff, em 74, lembras-te? Como te poderias esquecer daquela louca final do Mundial da Alemanha? Um Olímpico de Munique boquiaberto com o banho de futebol que a tua selecção, Franz, levou de uma Holanda, mágica “laranja mecânica” que assombrou o Mundo. Ganhaste, mas foi como se tivesses perdido. Achas que Cruyff já superou essa “dor”, ele, o mágico da camisola 14, que nunca ergueu a “Jules Rimet”?E a “dor” de Sócrates, naquela maravilhosa “canarinha” do Mundial de Espanha de 82, que “morreu” às mãos da cínica Itália de Paolo Rossi? E a “dor” de Maradona, afastado pela FIFA do Mundial de 94 nos EUA, ao ser apanhado no controlo anti-doping?O que foi a tua “dor” comparada com as de Eusébio, Cruyff, Sócrates ou Maradona? O que foi a tua “dor” comparada com a nossa, os que amam o futebol-arte? Nós, os que nunca superamos a “dor” da derrota dos “Magriços”, em 66, da “Laranja Mecânica”, em 74, do “Escrete”, em 82, da “Celeste”, em 94. Podes perceber, Franz, a diferença entre esta “dor” e a dúvida sobre uma bola que entrou, ou não?

* Publicado, por mim, em http://mestresdofutebol.blogspot.com

domingo, 16 de dezembro de 2007

Imperdoável

Rui Costa comandou o jogo, mas a sua voz nunca foi ouvida dentro do campo. O que mais se pode dizer? (foto em www.slbenfica.pt)

Se o que aconteceu ontem à noite no Restelo não tiver consequências na vida interna do Benfica, então Artur Jorge tinha razão quando disse há uns largos anos atrás, numa célebre entrevista ao "Expresso", que "o Benfica é um circo". Nem sabem o que me custa dizer isto, mas, mais do que a derrota por 1-0 frente ao Belenenses, foi o falta de brio, de carácter, de profissionalismo da generalidade dos jogadores que equiparam de encarnado que é imperdoável.
Petit bem pode vir pedir desculpas; Camacho bem pode dizer que falhou na mensagem, tudo o que vierem agora acrescentar é inútil e escusado. A impunidade não pode continuar e cabeças vão ter de rolar no imediato.
Quando se fala na dificuldade da renovação de Léo, é de rir como não se fala na falta de um lateral-direito minimamente razoável. O que sabemos é que a culpa não pode morrer solteira. Guardem os milhões dos reforços para mais tarde e tratem é de arrumar a casa. Um último desabafo: onde está o Camacho enérgico, o verdadeiro "sargentão", a que todos nós estávamos habituados?

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Mourinho no Liverpool: vai uma aposta?

Rafael Benitez e José Mourinho: um novo duelo em perspectiva, agora pelo lugar no banco dos "red devils", em Anfiel Road.
Fabio Capello, despedido do Real Madrid, apesar de campeão, vai treinar a Selecção de Inglaterra. Avram Grant renovou o contrato, por 4 anos, com o Chelsea. Carlo Ancelotti parece de pedra e cal no AC Milan. O Inter de Milão fez uma prova quase imaculada na Liga dos Campeões e vai na frente isolado do Cálcio – Mancini intocável.
O Manchester de Ferguson e o Arsenal de Wenger, nem pensar – os ingleses são demasiado conservadores para se desfazerem assim dos seus treinadores – e que treinadores!
O Barcelona está, de novo, imparável – apesar de Ronaldinho. Rijkaard pode dormir descansado. O Real Madrid também vai de vento em popa: 1º no grupo da Liga dos Campeões; 1º no campeonato espanhol. Que mais se pode pedir a Schuster?
E na Alemanha? O Bayern, esse colosso escondido na Taça UEFA, está na frente do campeonato – os teutónicos não vão muito em chicotadas psicológicas. Ottmar Hitzfeld está para durar.
Ironia do destino, não há nenhum grande clube europeu que se possa dizer que esteja a passar um mau bocado, como acabamos de ver. Quem sobra? Alguns emblemas poderosos mas sem historial, como Roma, Werder Bremen, Sevilha, Lyon, Valência. Ou seja, ninguém à medida de José Mourinho. Ninguém? Bom, se virmos melhor, faltam na lista dois clubes cuja dimensão corresponde ao estatuto e à ambição do treinador português: Liverpool e Juventus.
A Juventus, a famosa “Vecchia Signora”, ainda recupera do cataclismo que foi a descida de divisão, envolvida no escândalo do “Totocalcio”, mas está a fazer um bom campeonato, e depois de Didier Deschamps, um dos mais geniais meio-campistas da história da Selecção francesa, e que continua a impor-se como um treinador da nova geração, a ter levado de novo à divisão máxima do calcio, é agora comandada por outro proscrito do Chelsea, Cláudio Ranieri.
Sobra o Liverpool. O clube inglês, treinado por Rafael Benitez, um inimigo de estimação de Mourinho, tornou-se na “besta negra” do Chelsea na Liga dos Campeões, enquanto Mourinho foi o treinador dos “bleus”.
O Liverpool vem de fazer uma sofrível fase de grupo da “Champions”, tendo-se apurado “in extremis”, e na Premier League está num modesto lugar, já afastado do título. Se os “reds” de Anfield Road forem eliminados nos oitavos-de-final da “Champions”, quem sabe? E seria sempre caso para dizer que quem ri por último ri melhor…

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Fica!!!

Léo.............. FICA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (foto em www.fintaeremata.blogspot.com)

Ainda, Léo...

"Concordo. Infelizmente parece que o Camacho não gosta muito dele. A confirmar-se a saida, será um (mais um) erro tremendo. Na minha opinião, precisamos é de um defesa direito. Só espero que, se ele sair não acabe no Porto... "

Cumprimentos Gloriosos,

Vitor Esteves

comentário enviado por email

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

O INFERNO nos Jornais

In "Jornal de Notícias" de 12 de Dezembro de 2007

Crónica do Peão: Lindos, mas vazios...

Estádio da Luz, domingo às 20.45 h, Benfica – Académica – 12.000 espectadores (jornal O JOGO); 10.000 espectadores (jornal A BOLA). Pode um jogo de futebol disputar-se a um Domingo às 20.45 horas?Num estádio com capacidade para 65 mil pessoas, com menos de 45 mil, a Luz torna-se um local confrangedor, um monstro de cimento, frio e vazio. O contrário do que foi e deve ser sempre o Estádio da Luz: um Inferno.Depois do jogo com o FC do Porto, de triste memória, ouvi diversos comentários de benfiquistas e não benfiquistas, com um denominador comum: a Luz não mais vai encher até final da época.Permito-me discordar. Se a equipa conseguir ultrapassar as próximas duas eliminatórias da Taça UEFA, estou certo que a Luz voltará a encher para os quartos-de-final e, assim o espero, para as meias-finais.Porém, há que garantir uma afluência média constante, acima das 50 mil pessoas, ao longo de toda a época. Tal objectivo traz vantagens não só financeiras como competitivas. Não é a mesma coisa jogar num estádio quase vazio ou numa Luz fervilhante e infernal. A força anímica que injecta nos nossos jogadores é proporcional ao temor que provoca nos nossos adversários.O que fazer? Desde logo, terminar com a ditadura das televisões, chamem-se elas Sport TV, SIC, TVI ou RTP. Ninguém convence famílias a irem ao estádio com jogos ao domingo à noite.Depois, praticar preços competitivos – um assunto que devia merecer a atenção da direcção da Liga de Clubes, agora que está preocupada com a situação financeira dos clubes.Pergunto-me: que receita terá feito o Benfica (bilheteira + “cachet” televisivo)? Essa verba não seria superior se o jogo tivesse sido no domingo à tarde, sem transmissão televisiva, e com, provavelmente, 50 mil nas bancadas?Eu sei que esta é uma velha questão. Mas, apesar de velha, está longe de estar resolvida. Não aprendemos com os erros e, pior, nem sabemos copiar o que de bem feito se faz lá fora, principalmente em Inglaterra. Assim, continuaremos a caminhar alegremente para o abismo. Lembrem-se dos estádios de Leiria, de Aveiro, de Coimbra e do Bessa. Lindos, mas vazios…

Publicado, por mim, no blogue http://mestresdofutebol.com

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Não deixem sair o Léo

O último grande defesa-esquerdo do Benfica chamou-se Veloso, um jogador raçudo, nada técnico, competitivo. Tem um recorde notável: foi o jogador que mais vezes vestiu a camisola vermelha em jogos da 1ª Divisão, como então se dizia. Esteve 15 anos na Luz, de 1980/81 a 1994/95. Veio do Beira-Mar, onde era “trinco”, mas no Benfica recuou para defesa-direito – no lado esquerdo jogava outro jogador lendário, Pietra.
Em 1981, chegou ao Benfica um jogador chamdo Álvaro, vindo da Académica de Coimbra. Como júnior, tinha sido campeão nacional por uma equipa chamada Cracks de Lamego, sua terra natal. Era como Veloso, raçudo, nada técnico, competitivo. Jogador de antes quebrar que torcer, pegou de estaca, o actual técnico do Olhanense. Formou uma ala esquerda memorável e inesquecível com Chalana, o “pequeno genial”, tanto no Benfica como na Selecção, cujo momento alto foi o Euro 84, em França. Nunca saiu de Portugal, como Veloso.
Quando saiu para o Estrela da Amadora, Veloso teve de ir ocupar a esquerda, ele que era jogador de um só pé, o direito. Depois de Álvaro (e depois de Veloso, apesar de não ser o seu “habitat” natural), muitos laterais-esquerdos se sucederam no Benfica, a quem perdemos a conta, o nome e o destino.
Anos a fio, ninguém conseguiu colmatar essa pecha, com notórias desvantagens competitivas, e no Terceiro Anel, suspirava-se por Álvaro. Até que, em 2005/06, vindo do Santos (Brasil), chegou Léo. Um jogador como Álvaro e como Veloso, raçudo, com um pouco mais de técnica, competitivo. Quase três anos depois, pode dizer-se que o Benfica encontrou um lateral-esquerdo “à Benfica”, profissional honesto e competente, jogador de equipa, lutador incansável. Como Álvaro e Veloso. Não deixem sair o Léo.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Cardozo + 2

A homenagem que se impõe (www.ojogo.pt)

Camacho resolveu ontem à noite frente à Académica, na Luz, para a Taça de Portugal, experimentar um sistema táctico que permitisse a colocação de dois homens na frente. Cardozo apareceu, assim, com o apoio de Nuno Gomes, numa versão apenas experimentada a espaços pelo treinador espanhol. Renitente a grandes variações tácticas, Camacho criou a si próprio uma grande dor de cabeça.
Apostando sistematicamente em apenas um homem na frente – Nuno Gomes ou Cardozo – apoiado por dois falsos extremos, mais concretamente, dois “interiores” (na gíria dos anos 70), Christian Gonzalez e Maxi Pereira, Camacho rompeu com a tradição e ganhou, dando razão a quem defendia que o paraguaio “Tacuara” rendia mais com um homem ao lado.
E na verdade assim foi, com Cardozo a assinar dois golos e uma mão cheia de momentos de finalização. O paraguaio sentiu-se como peixe na água neste sistema táctico, com muitos remates e também assistência, estando permanentemente em jogo.
Agora, Camacho vai ter de pensar o que fazer para a próxima jornada, no Restelo, frente ao Belenenses: ou voltar ao seu sistema preferido, com um homem na frente, ou assumir que as características do ponta de lança Óscar Cardozo rendem mais com o apoio de um outro avançado. Um conselho a Camacho: não se muda o que está bem…
Taça de Portugal: Benfica - 3, Académica - 1
(Estádio da Luz, 9 de Dezembro de 2007)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Coluna D´Águias Gloriosas

Quarta-feira, 5 de Dezembro de 2007

Introdução: O blogue "Coluna D´Águias Gloriosas", http://colunadaguiasgloriosas.blogspot.com/, fez o favor de transcrever o "post" que aqui deixei sobre a reacção de João Pinto, o ex-nº 2 do FCP, ao "desentendimento entre Nuno Gomes e Jesualdo Ferreira, no final do jogo de sábado entre o Benfica e o FCP. Registo e agradeço. Sou dos que pensam que todos não somos demais para defender o Sport Lisboa e Benfica, seja em que circunstâncias for. "E Pluribus Unum".

Os truques, incongruéncias e manhas do FCP
O Número Dois - O desaguisado entre Nuno Gomes e Jesualdo Ferreira, no túnel de acesso aos balneários da Luz, no final do encontro de sábado, é um mero “fait divers”, cuja importância foi hoje exponenciada por João Pinto, o ex-nº 2 e actual treinador-adjunto do FC do Porto.Disse João Pinto que “Nuno Gomes não joga no clube que gostaria” (jornal “O Jogo”); “Foi um garoto” (jornal “A Bola”) “Foi um malcriadão e um cobarde” (jornal “A Bola). Recapitulemos, sábado, no final do Benfica – FC do Porto, segundo os jornais desportivos, o treinador do FC do Porto, Jesualdo Ferreira, reagiu mal a algumas “bocas” vindas da bancada. Nuno Gomes, testemunha do momento, ter-lhe-á dito: “Não cuspas no prato onde comeste”, numa alusão ao facto de Jesualdo ter trabalhado na Luz vários anos.João Pinto resolveu agora prolongar a novela, dando voz a uma nova estratégia portista que passa agora por arranjar pretextos conflituais pós-jogos, incomodados, se calhar, com o clima de acalmia que reinou na semana que antecedeu o clássico.João Pinto, que viveu tantos e tão gratificantes momentos de elevação, civismo e boa educação, no célebre “túnel das Antas”, sentiu-se indignado com as palavras de Nuno Gomes. Fica o aviso e o alerta: cuidado com as palavras que se usam próximo dos delicados ouvidos de João Pinto.

posted by O INFERNO DA LUZ @ 12/03/2007
Post retirado com a devida vénia do http://oinfernodaluz.blogspot.com/

É que como não vi ninguém do Benfica falar nisto, e quando digo Benfica falo da SAD e Clube, achei por bem dar o devido realce a esta resposta dum benfiquista. É este tipo de resposta que eu refiro dois e três "posts" abaixo, em que digo que o Benfica hoje é anjinho e tenho saudades dos tempos de José Veiga na Luz. É que o tipo que disse uma vez "prognósticos só no fim do jogo" e ficou famoso porque correu mais atrás do José Pratas, na Supertaça em Coimbra para o aviar, do que da Taça dos Campeões Europeus, em Viena, de certeza absoluta que não ficaria sem uma resposta dura com Veiga no Benfica. Em que este talvez dissese que João Pinto tém mais Chá que Nuno Gomes, pois nos seus tempos de defesa-direito do FCP tomou muito Chá.....de Camomila claro está.....


Publicada por Coluna D'Águias Gloriosas

http://colunadaguiasgloriosas.blogspot.com

O prato, o livro, o escritor e a história dele



“Não cuspas no prato onde comestes”. A frase serve como uma luva para classificar o comportamento de José Veiga, ex-presidente da casa do FC do Porto no Luxemburgo, ex-agente FIFA, ex-administrador da Superfute, ex-administrador do Estoril-Praia, ex-accionista (?) do Estoril-Praia, ex-assessor da Administração da SAD do Benfica, ex-director-geral do Benfica, ex-indiciado por fuga ao Fisco (?), ex-empresário de Figo, ex-director-geral (?) do Swindon Town, actualmente escritor de novelas de ficção.
“Não dê lições de organização quem não sabe organizar a própria vida”, disse o Presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, referindo-se, sem o nomear, ao nóvel romancista. E ponto final.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Fé e paixão

Quando Figo, 10 nas costas da camisola branca madridista, subiu ao relvado do Camp Nou, e recebeu a mais violenta vaia ouvida num estádio de futebol (talvez só comparada à que Durão Barroso ouviu na inauguração do Estádio da Luz), isso quer dizer alguma coisa. “Pesetero” lhe chamaram, e ele, dedos tapando os ouvidos, desejou esconder-se nos braços da sua Helen.Quando em Madrid, no Santiago Bernabéu, os “Ultra Sur”, assobiam o génio de Ronaldinho, isso quer dizer alguma coisa. Ou em Barcelona, os “Boixos Nois” vituperavam a magia nos pés de Zidane, isso queria dizer alguma coisa.E em Ibrox Park, quando os adeptos do Glasgow Rangers aplaudem as derrotas do Celtic, sejam elas contra o Dundee ou contra o Benfica – e nem lhes falem em Henrik Larsson – isso quer dizer alguma coisa. E no Celtic Park, os católicos do Celtic entoam cânticos em delírio quando os protestantes dos Rangers saiem do estádio de cabeça baixa – isso quer dizer alguma coisa. “You w´ll never walk alone”.E em Milão, no S. Siro, (para uns), Giuseppe Meazza, (para outros), algum dia se viu os “interistas” saudar o estilo único de Altafini, ou de Mazzola, de Baresi, Van Basten ou Rijkaard? E os “milanistas”, heresia das heresias, nunca se atreveriam a levantar-se perante qualquer sublime jogada de Fachetti, Bergomi ou Recoba. Isso quer dizer alguma coisa…Talvez só em Anfield, os adeptos do Kop tenham assistido conformados às cavalgadas de Best, de Cantona ou de Giggs. E em Old Trafford, os indefectíveis dos “red devils” não tenham lançado cadeiras a Dalgish, Souness ou, agora, a Gerrard.Será que só em Inglaterra se gosta de futebol? Será que em Madrid, Barcelona, Milão ou Glasgow esse maravilhoso jogo não é apreciado devido à cega fé clubística/religiosa/política? Que ideia!!!Quando em S. Siro o perfume do futebol de Platini era insultado, isso não significava que os “milanistas” não adorassem o espectáculo. O que eles não suportavam era a invencibilidade da “Vecchia Signora”, a então inacessível Juventus.Nem em Turim, quando espetavam o dedo do meio na direcção de Maradona, os adeptos eram contra o genial “el pibe”. Não consentiam era que o modesto Nápoles, do pobre Sul, se guindasse ao primeiro plano do Calcio, por obra e graça do pequeno “cebollita”.Em Madrid e Barcelona, raízes mais fundas, de carácter político, justificam a animosidade, ódio mesmo, entre os “blancos” e os “azul grená”. Mas esse sentimento não destrói o amor ao futebol-espectáculo. Se assim fosse, como explicar que no Bernabéu esse mago careca, D. Alfredo Di Stéfano, vindo das Ramblas, fosse parar onde ainda hoje mora, ao coração madridista. E Figo? Ou, em sentido inverso, Samuel Eto´o?Não concebo, assim, que, quando estou no meu lugar na Catedral da Luz me digam que ali estou unicamente pela fé e não pelo futebol. Claro que estou pela fé. E pelo futebol. Pela magia que nasce dos pés de Rui Costa, como nasceu dos pés de Chalana. Uma magia que eu prefiro à de Quaresma, seja vestido de azul às riscas ou envergando a camisola das quinas. Quem disse que o futebol tem Pátria

"Crónica do Peão", publicada por mim no blog http://mestresdofutebol.blogspot.com/ - onde só se respira futebol.

Um Benfica à Benfica

Óscar Cardozo, o herói do jogo, com dois golos. (Foto em www.slbenfica.pt)


Foi um Benfica à Benfica que hoje à noite fez-nos recordar as grandes noites europeias. Na Ucrânia, com cerca de 10 graus negativos, contra um Shaktar Donetz que já não tem nada a ver com as antigas equipas de Leste, mais técnico que físico, dada a equipa estar recheada de jogadores brasileiros de classe, o Benfica respondeu “à Benfica”. É certo que o resultado de 1-2, que nos leva à Taça UEFA, foi melhor do que a exibição, mas à luz deste pragmático futebol de índole resultadista, é um momento de alegria.
E de descompressão. Depois da derrota frente ao FC do Porto, este resultado, arrancado com muito querer e muita raça, veio na melhor altura. Camacho, como disse no texto anterior, soube liderar a equipa, embora se espera que não repita a frase lamentável que proferiu.
Foi um Benfica grande, como nos grandes momentos. E não escondemos uma pontinha de nostalgia quando vimos, no final do jogo, no relvado, Chalana e Shéu a abraçar os jogadores vermelhos. Estes sabem, de cor e salteado, o que é ser grande.
Um palavra de enorme satisfação para todos os jogadores, que deram tudo. Uma nota especial para Óscar Cardozo – como ele já merecia esta felicidade; para Rui Costa – quem sabe nunca esquece. Agora, todos os sonhos são possíveis…

Importa-se de repetir...!?

“Temos de ser grandes como o Barcelona”. Era impensável esta frase sair da boca de um madridista, mesmo que ele se chamasse José António Camacho, “el macho”. Era impensável que algum treinador do Real Madrid ousasse pronunciar tal dislate, mesmo que ele se chamasse José António Camacho, um homem de “cojones”, como o demonstrou na passagem pelo banco “blanco” quando bateu com a porta do Santiago Bernabéu, opondo-se à “louca” gestão de activos (como agora se diz) do presidente Florentino Perez.
Mas Portugal é um país de brandos costumes e Camacho resolveu “pisar o risco”. “Temos de ser grandes como o Porto”, disse o espanhol – uma frase que, sintomaticamente, o jornal “O Jogo”, “puxa” para manchete.
Ou Camacho não aprendeu nada da última vez que esteve no Benfica, ou há algo de muito misterioso por detrás destas declarações. Aliás, o treinador espanhol nem precisava de vir conhecer a realidade deste clube “in loco”, bastava fazer um apelo à sua memória de jogador mítico do Real Madrid, em que chegou a defrontar o Benfica numa final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, para nunca se deixar cair em afirmações estúpidas.
É com erros como este, glosados à exaustão por opinadores “engagés”, que as derrotas se começam a desenhar antes de subir ao relvado. Esperemos que Camacho se redima deste lapso, chamemos-lhe assim, e que lidere a equipa, como ele sabe fazer, em mais uma gloriosa noite europeia, hoje na Ucrânia.

O INFERNO nos Jornais

in jornal "O JOGO", de 4 de Dezembro de 2007

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

O Número Dois

O desaguisado entre Nuno Gomes e Jesualdo Ferreira, no túnel de acesso aos balneários da Luz, no final do encontro de sábado, é um mero “fait divers”, cuja importância foi hoje exponenciada por João Pinto, o ex-nº 2 e actual treinador-adjunto do FC do Porto.
Disse João Pinto que “Nuno Gomes não joga no clube que gostaria” (jornal “O Jogo”); “Foi um garoto” (jornal “A Bola”) “Foi um malcriadão e um cobarde” (jornal “A Bola). Recapitulemos, sábado, no final do Benfica – FC do Porto, segundo os jornais desportivos, o treinador do FC do Porto, Jesualdo Ferreira, reagiu mal a algumas “bocas” vindas da bancada. Nuno Gomes, testemunha do momento, ter-lhe-á dito: “Não cuspas no prato onde comeste”, numa alusão ao facto de Jesualdo ter trabalhado na Luz vários anos.
João Pinto resolveu agora prolongar a novela, dando voz a uma nova estratégia portista que passa agora por arranjar pretextos conflituais pós-jogos, incomodados, se calhar, com o clima de acalmia que reinou na semana que antecedeu o clássico.
João Pinto, que viveu tantos e tão gratificantes momentos de elevação, civismo e boa educação, no célebre “túnel das Antas”, sentiu-se indignado com as palavras de Nuno Gomes. Fica o aviso e o alerta: cuidado com as palavras que se usam próximo dos delicados ouvidos de João Pinto.

sábado, 1 de dezembro de 2007

A assobiadela a Rui Costa

A assobiadela a Rui Costa na Luz, contra o FC Porto, é a imagem mais forte de uma primeira parte em que os "andrades" subjugaram o Benfica, através de um meio-campo que sabia o que estava a fazer. Com um portista caído, Rui Costa resolveu atirar a bola para fora, depois de os responsáveis do clube nortenho terem tornado público que, em situações semelhantes, não o fariam. O "fair play" tem, na verdade, muitas cores. Em 1995, numa Luz também cheia, Rui Costa, com a camisola da Fiorentina, foi aplaudido depois de marcar um golo ao seu clube de sempre. Os tempos mudaram, também na Luz.
A primeira parte do embate contra os portistas pôs a nu as debilidades do plantel do Benfica. Restava acreditar que a segunda parte trouxesse uma equipa de raça, à Camacho. Mas não houve raça, houve atabalhoamento. Não houve discernimento, houve ansiedade. Uma quantidade incrível de passes falhados e, mais uma vez, oportunidades de golo perdidas, principalmente por Nuno Gomes. Luís Filipe é uma nulidade. Que saudades de João Pereira, agora que fez mais uma excelente exibição pelo Braga frente ao Bayern de Munique!...
Camacho tardou nas mudanças e, agora, resta aguardar pelo mercado de Janeiro. O árbitro do Porto, Jorge Sousa, na dúvida beneficiava os azuis.

Foto: Nacho Doce (Reuters)

O dérbi de Portugal

Faz hoje 100 anos que se disputou o primeiro Benfica-Sporting, o dérbi eterno. Um dérbi de paixão e emoção; um dérbi de Portugal ou não fossem as cores das duas equipas as cores da bandeira nacional.
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