sábado, 2 de junho de 2007

Zoro e a dignidade

Marc Zoro quando se preparava para entregar a bola ao árbitro e para abandonar o relvado, após os insultos racistas vindo das bancadas. Adriano, do Inter, tenta dissuadi-lo.
Tommy Smith e John Carlos fazem a saudação do "black power" nos Jogos Olímpicos do México, em 1968. A mensagem de Martin Luther King. (Fotógrafo desconhecido)
Marc Zoro é a primeira grande contratação do Benfica para a próxima temporada. O defesa central costa marfinense do Messina, clube italiano que acaba de descer de divisão, vem rotulado como um dos melhores da Série A na sua posição. Para além da valia técnica e táctica e a melhoria qualitativa que vai emprestar a um sector do Benfica (a defesa) em claro défice, Marc Zoro não é um atleta qualquer. Há pouco mais de um ano, o defesa do Messina fez, por momentos, recordar o “black power”, que marcou os Jogos Olímpicos do México de 1968. Por momentos, Marc Zoro foi uma espécie de Tommy Smith e John Carlos, os atletas americanos que, na foto, confrontaram o “status quo”. Também, naquela tarde em Milão, Zoro ergueu-se contra a humilhação e reagiu contra os insultos racistas da bancada pedindo ao árbitro para terminar o encontro ou abandonaria o relvado. Esta atitude teve importantes repercussões em vários aerópagos internacionais, como o Parlamento Europeu. O Benfica acaba de contratar um excelente jogador e um cidadão exemplar.
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